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Mochilões e Mochilinhas

4 dias em Bocas del Toro

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Dia 1 – quarta-feira (06/03/2013)

Existem duas formas de chegar a Bocas del Toro a partir da Cidade do Panamá – avião e carro/ônibus. Depois de ler que a viagem de ônibus demorava mais de 10 horas, acabei optando pelo avião.

A nossa viagem durou 1 hora e custou US80 o trecho, saindo da cidade do Panamá (aeroporto PAC, não o Tocumen) às 16h e chegando em Bocas às 17h.

Para saber mais sobre nosso passeio pela Cidade do Panamá, clique neste post.

O aeroporto PAC é pequeno e bastante arrumado. Paramos na loja de café local KOTOWA COFFEE HOUSE e o Celo tomou um café da cidade de Boquete que achou delicioso.

O avião desde a Cidade do Panamá

O nosso avião era pequeno, com hélices sem aquela proteção lateral, e estava lotado. Pegamos um pouco de turbulência, mas graças a Deus não foi nada demais.

Chegando em Bocas del Toro

Pousamos em um aeroporto minúsculo em Bocas e ficamos esperando as nossas bagagens aparecerem. Assim que saimos da sala de desembarque, fomos abordados por muitos vendedores oferecendo transfer para o hotel e para nossa surpresa, maconha. rs

Como tínhamos lido que a cidade era mini, decidimos ir andando mesmo, com nossas mochilonas nas costas. A primeira impressão da cidade foi péssima. Pronto, falei. Suja, com casas estranhas, caindo aos pedaços e esgoto a céu aberto. As pessoas pareciam índios e não foram muito simpáticas e nem falaram um espanhol fácil de entender. Ficamos chocados com a quantidade de lixo nas ruas. Deu bad trip total, como diz o Celo.

Nosso hotel em Bocas

Depois de algum tempo caminhando, achamos o nosso hotel (Hotelito del Mar) e ficamos felizes por ele estar bem localizado e ser bem mais bonitinho do que o resto da cidade. Só que tivemos um problema: agendamos pelo Booking um quarto triplo, com uma cama de casal e uma cama de solteiro, mas quando chegamos lá eram 3 camas de solteiro. Falamos com a moça da recepção e ela nos disse que naquela noite teríamos que ficar nele, pois não existiam outros quartos livres.

Jantando em Bocas

Como já estava anoitecendo, nos arrumamos e saímos para jantar no restaurante Ultimo Refugio,  muito bem recomendado na internet e pelo pessoal do hotel. Ele ficava a 5 minutos andando do nosso hotel, tinha uma atmosfera super aconchegante e uma comida maravilhosa. Comemos um ceviche gostosão de entrada e pratos principais com frutos do mar fora de série, acompanhados de cervejas panamenhas geladinhas. Jantar perfeito. Recomendamos demais.

No caminho de volta do restaurante para o hotel, passamos em uma cooperativa de barqueiros e agendamos o tour do dia seguinte para Cayos Zapatilla,Cayos Coralles e Isla Delfines. Voltamos para o hotel e apesar do barulho de um gerador de energia de um vizinho, conseguimos dormir sem problemas.

Dia 2 – quinta-feira (07/03/2013)

Acordamos cedinho, tomamos café da manhã no hotel (muffins e frutas) e fomos para a cooperativa, de onde o nosso barco saia. Eles atrasaram meia hora para sair, o que me deixou meio p da vida, mas acabamos nos distraindo no supermercado, comprando snacks e bebidas para o dia todo. Detalhe básico: todos os estabelecimentos comerciais da cidade são de chineses. Eles dominam o lugar, fiquei impressionada. Sendo assim, o preço que você encontrar em uma loja é o mesmo em qualquer outra, o que acaba sendo bom, porque poupa o nosso tempo procurando melhores preços.

Passeio de barco

Finalmente chegou a nossa hora de entrar no barco. Ficamos decepcionados com o barco e com o piloto, que falava um espanhol impossível de entender. Achamos que tinha muita gente no barco também, mas paciência né…lá fomos nós. Ainda estava nublado, infelizmente.

Navegamos por quase 1 hora e chegamos na Isla Delfines, onde o vendedor do passeio garantiu que veríamos golfinhos. Balela. Vi foi nada. Ficamos quase 1 hora esperando algum bicho aparecer e nada. Foi decepcionante demais. Passeando de barco pelo lugar, vimos alguns bichos-preguiças nas árvores e ficamos mais animadinhos.

Depois de algum tempo neste lugar, continuamos navegando e fomos para Cayos Corales, onde paramos no único restaurante para reservar o nosso almoço. Ficamos lá meia hora e voltamos para o barco, para continuar viagem.

Depois de quase 1 hora de barco, chegamos a Cayos Zapatilla, uma ilha linda, linda, linda…

A água do nada ficou azul caribe e ficamos mega felizes. Finalmente parecia que o passeio valia a pena. Mesmo com o tempo nublado, a beleza do azul turquesa nos impressionou. Andamos por toda a extensão de terra da ilha, tomamos banho de mar, bebemos nossas cervejinhas e aproveitamos para estrear a GoPro embaixo d’agua. Que tarde deliciosa. Para nossa sorte, o tempo melhorou e o sol refletido na água deixou o lugar mais lindo ainda.

Ficamos algumas hora ali na paz, só curtindo o caribe lindão. Não queria sair dali de jeito nenhum, mas infelizmente, tivemos que voltar. Navegamos de volta até a região do restaurante, Cayo Corales, onde algumas pessoas pularam do barco para fazer mergulho. O Celo mergulhou e achou que não valia muito a pena, então fiquei no barco mesmo. Depois fomos até o restaurante e comemos uma comida maravilhosa, super caseira, que valeu muito a pena.

Descansamos um pouco e logo voltamos para o barco para retornarmos à vila de Bocas del Toro.

Chegamos no hotel e a camareira já tinha levado as nossas malas para o quarto com cama de casal, conforme eu havia solicitado.

Jantando em Bocas

Nos arrumamos e saímos para passear na cidade e achamos um lugar super transadinho, chamado Bocas Bambu. Tinha uma banda tocando músicas gostosas e achamos ideal para o momento, dado que não estávamos com muita fome e parecia barato. Bebemos uns drinks gostosinhos, pedimos pizza e cantamos Bob Marley com os outros clientes. Adoramos a noite!

Dia 3 – sexta-feira (08/03/2013)

 Acordamos um pouco mais tarde, tomamos café da manhã no hotel (os mesmos muffins e frutas) e tivemos o prazer de conhecer a dona do hotel, uma senhora americana bem interessante, eu diria. Ela falou bastante do lugar, das pessoas e nos deu dicas ótimas, que preciso repassar aqui.

Dicas da dona do hotel

Falou para fazermos os tours com a empresa JAMPAM, que realmente é bem mais organizada do que aquela cooperativa do dia anterior. Ah, que pena que só soube depois. Acabamos indo lá nesta empresa e pagamos o transfer para a llha de Red Frog. Barco mais vazio, piloto simpático, outro esquema. Pena que a viagem foi curta.

Ilha de Red Frog

Chegamos em Red Frog e como o tempo estava nublado, andamos pelas estradas da ilha com lama nos pés. Chuva, lama, chuva, lama. Eu particularmente não curto…rs.

Andamos a Red Frog Beach, tão linda em todas as fotos que vimos na internet, mas o tempo nublado fez a bichinha ficar bem comum. Andamos pela areia até o fim dela, até que fomos obrigados a entrar no mato, para pegar a trilha para a Wizard Beach. Depois de algumas tentativas de subir um morro completamente enlamaçado, desistimos da praia do mago e ficamos na praia principal mesmo.

Tomamos banho de mar, relaxamos na areia e quando dois menininhos passaram com sapinhos vermelhos em folhas, tive que pagar os dólares pedidos para finalmente ver os sapinhos que dão nome à ilha. São lindos! Por sorte, o sol abriu e a paisagem ficou linda. Curtimos demais o lugar.

Almoçando na praia

Depois de algum tempo fazendo nada, a fome bateu e paramos no único restaurante da praia, o Beach Bar & Grill. Pedimos uns wraps e peixes fritos, que enganaram direitinho a fome. Seguimos para a Turtle Beach, que fica bem pertinho da Red Frog. Lindinha também, mas preferi a Red Frog.

Tirolesa na floresta

Como nós estávamos com o tour do Zipline (tirolesa) agendado para 15h30, saímos da praia direto para a base da empresa. Pegamos uma carona no meio do caminho de carrinho de golfe e chegamos um pouco atrasados, mas pelo menos eles nos esperaram.

Pagamos cerca de US50 pela tirolesa para cada um. Achei caro, mas depois que li que eram 7 tirolesas, 2 horas de tour, 13 plataformas e muitas outras coisas, achei que valia a pena. Saímos da base da empresa devidamente vestidos em um carro do tipo 4×4 e ficamos ouvindo os nossos guias que falavam gali-gali e patois, muito doidossss!

Começamos a fazer a trilha e logo chegamos a primeira plataforma de tirolesa. Congelei completamente e não consegui de jeito nenhum ir sozinha. Fiquei assim, pasme, durante o tour inteiro. Cheguei até a chorar, por causa da altura das plataformas. Eu tenho medo de altura normal, mas nunca aconteceu isso comigo antes. Sempre enfrentei meu medo. Dessa vez, com aqueles índios dando risada e falando idiomas que não entendia, não consegui sentir segurança nos equipamentos e não relaxei de jeito nenhum. Foi uma experiência horrível. O Celo adorou, assim como os outros turistas, mas eu não curti at all.

Quando chegamos na base da empresa, nos demos conta de que o último barco da empresa JAMPAM já havia saído da ilha e nos restava encontrar outro barco para voltar para a vila de Bocas. A sorte é que pegamos outro barco que estava esperando uns turistas e por sorte, tinha espaço para nós. Deu um alívio e ainda vimos um pôr do sol espetacular…

Ao chegarmos em Bocas, passamos na JAMPAM e pedimos o reembolso da volta. Nos deram sem problemas.

Jantando em Bocas

Fomos para o hotel, nos arrumamos e saímos para jantar. Dessa vez, fomos no restaurante El Limbo, bem pertinho do nosso hotel, porque lemos boas recomendações na internet e a dona do nosso hotel também elogiou. Foi uma delícia!

Restaurante na beira da água, com decoração agradável, comida gostosa, atendimento excelente e o melhor: um casal cantando MPB. Mundo pequeno, hein… um casal incrível que está viajando o mundo cantando música brasileira. E detalhe…eles não eram brasileiros. Acho que a mulher era colombiana e o homem era mexicano. Super hippies, com uma energia boa que só. Deu um tchan no nosso jantar, deixando a noite perfeita. =)

Dia 4 – sábado (09/03/2013)

Acordamos na hora que deu vontade, tomamos o mesmo café da manhã com muffin e frutas (única coisa que não gostei do hotel) e fomos em busca de transporte para Bocas del Drago, uma vila perto de Bocas del Toro. Acho que foi a dona do hotel que indicou para nós. Ela disse que tinha a Playa de Estrellas lá perto que era bem bonita, daí como tínhamos o dia livre, fomos explorar.

Ficamos esperando o ônibus comum junto com os locais, mas demorou pacas. Várias vans de turismo, oferecendo o mesmo percurso pelo dobro e até o triplo do preço, mas como não estávamos com pressa, esperamos na praça por ele. Pegamos o bus e ficamos impressionados com a qualidade do transporte, positivamente falando. Ônibus arrumadinho, acolchoado, com ar condicionado, piloto simpático e bom condutor. E o melhor…como a vila é tão pequena, o piloto conhece todos os locais e acaba ajudando-os com várias atividades. Por exemplo, parou em uma loja que vendia gelo e carregou o o gelo para a senhorinha, parou em outros lugares também e todos ficamos esperando, até que a situação estivesse resolvida. Coisa de doido. Nos divertimos…rs.

Chegando em Bocas del Drago

Depois de pouco tempo de viagem, chegamos no limite da estrada até Bocas del Drago. A estrada estava muito estreita para o ônibus passar, porque a maré estava um pouco cheia. Tivemos que descer e andar uns 5 minutos até chegar a Bocas del Drago. Um vila menor que Bocas del Toro, com um mercadinho com várias coisas bonitinhas dos índios Kuna. Finalmente comprei souvenirs pra levar para casa.

Isla de Pájaros

Andamos em direção ao píer para pegar um barco para Playa de Estrellas, porque o caminho por terra estava comprometido por causa da maré cheia. Pegamos um barco com um rapaz tão gente boa, mas tão gente boa, que resolvemos fechar o tour que ele nos ofereceu na hora. Além da Playa de Estrellas, veríamos a Isla de los Pájáros e um manguezal com túnel de árvores, super romântico.

Fomos primeiro para a ilha dos pássaros e foi um desastre. Achamos que íamos morrer. O mar estava muito violento e o barco era muito pequeno, muito mesmo. As ondas estavam bem grandes e cada porrada do barco nas ondas era uma dor no pescoço danada e um frio na barriga que não tinha fim. Quase desistimos no meio do caminho, mas ele disse que dava pra ir e que iria bem devagar para não ficarmos tão preocupados. Foi a única vez na vida que vi o Celo com medo de verdade. Nem bungy jump, nem favela no Rio de Janeiro, nem cachoeira violenta fizeram o bichinho ficar em pânico como ele ficou. Eu estava também, mas vendo ele daquele jeito, incrivelmente só me dava vontade de rir e eu acabei relaxando.

Chegamos vivos na tal ilha, mas como ela é completamente rochosa, ficamos ao redor dela, vendo a enorme quantidade de pássaros voando ao redor. Um espetáculo lindo demais. Não sei se faria de novo com a maré violenta, mas certamente faria se a maré estivesse calma. Tiramos algumas fotos e logo voltamos, rezando para chegarmos em segurança em terra firme. Ah, o nosso marinheiro foi um menino danado de 18 anos que também parecia bem assustado…rs. Enfim, não recomendo se o tempo estiver ruim.

Manguezal romântico

Depois fomos relaxar no mangue com árvores fazendo túneis e adoramos o lugar. Muito romântico mesmo. Passeamos com calma por ali, com o motor do barco desligado e o rapaz remando sem stress. Recomendo. Este manguezal fica mesmo ao lado da Playa de Estrellas, então vale a pena passar lá.

Playa de Estrellas

Depois desse passeio, ficamos descansando na Playa de Estrellas, que tem este nome porque possui milhares de estrelas do mar na beira da água. Coisa mais linda. Agendamos com o marinheiro um horário que desse tempo para pegar o último ônibus e ele foi extremamente pontual.

Na praia, paramos em um restaurante e pedimos uma comida caseira boaaaaaaaa que só.

Compramos algumas cervejas e ficamos a tarde inteira morgando, bebendo, tomando sol, mergulhando, fazendo vídeos com a GoPro. Foi o descanso perfeito. Não havia uma nuvem no céu, o que me fez passar protetor solar 500 vezes. Mandei bemzão, porque meu bronzeado ficou show e nem fiquei ardida. (coisa praticamente impossível para mim).

A água é tão transparente desta praia que é possível ver os peixes nadando se estiver deitada na areia. Coisa de louco! Valeu muito, muito, muito a pena. Recomendo fortemente.

Pegamos o barco de volta e em seguida o ônibus para o nosso hotel. Passamos antes em um supermercado e compramos algumas bobagens para beliscar no quarto. Arrumamos as nossas malas e dormimos cedo.

DÚVIDA – A dona do hotel disse que existe um restaurante muito pequeno com uma comida maravilhosa que vale muito a pena ir para jantar. Você tem que ligar para reservar, porque eles preparam a comida durante o dia. Não consigo me lembrar o nome de jeito nenhum, mas tentamos reservar durante todo o tempo que estivemos lá, mas não conseguimos, porque já estava lotado. Ou seja, deve ser BOM DEMAIS!!!! Se você souber qual o nome do restaurante, por favor, compartilhe conosco aqui nos comentários.

Dia 5 – domingo (10/03/2013)

Acordamos bem cedo e andamos até o Hostel Coconut, que fica bem em frente à praça principal.  De lá, o pessoal da Caribbean Tours nos levaria até Puerto Viejo.  Saímos pontualmente com mais alguns gringos e pegamos um barco até o continente. De lá, pegamos uma van e seguimos para a Costa Rica, em um trajeto um tanto estranho. Contei mais no post de Puerto Viejo.


Para saber mais sobre a nossa viagem de 30 dias pela América Central (Jamaica, Costa Rica e Panamá), clique nos links abaixo:

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