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Mochilões e Mochilinhas

5 dias conhecendo Buenos Aires e Tigre

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Começando um mochilão sozinha de 30 dias por Buenos Aires e Tigre…

1° dia – sábado (14/05/2011)

Cheguei em Buenos Aires com apenas um mochilão nas costas e super excitada com a ideia de viajar sozinha por 30 dias. Ao chegar no aeroporto de Buenos Aires, depois de ser encarada por praticamente todos por causa do tamanho da minha mochila, procurei por ônibus que me levassem até à cidade e acabei pegando o Manuel Tienda León.

Adorei! Frescão com cadeiras confortáveis e ar condicionado (ou aquecedor, no meu caso) e o melhor, bem mais barato que taxi. O bus parou em uma espécie de terminal rodoviário perto do meu albergue (HI Recoleta Hostel), que ficava em Recoleta, e de lá peguei um transfer compartilhado até meu albergue. Ao chegar nele, me deparei com um lugar meio baixo astral, com computadores bem velhos, bem diferente do que esperava de um albergue. Expectativas de mochileiro de primeira viagem, sabe? Enfim…meu quarto tinha 12 camas em beliches duplos e apenas UM banheiro com algumas cabines para banho e vasos. Coloquei minhas coisas no locker e saí apenas com o necessário na minha mochilinha.

Antes de dar os detalhes, aqui vai o mapa com as atrações que visitei nesses 5 dias:

Me encantei com o bairro de Recoleta…Prédios coladinhos uns nos outros com arquiteturas misturadas e sempre com plantas nas varandas ou janelas. As ruas são extremamente limpas e arborizadas e o clima de outono deixou o lugar muito agradável, principalmente com pessoas bem vestidas por todos os lados.

Andei até a praça do cemitério onde estava tendo um feira de artesanato e um show de comediantes, com espectadores sentados na grama na maior tranquilidade. Até tentei assistir um pouco ao show, mas confesso que não achei muito interessante.

Entrei na Paróquia Nuestra Senora del Pilarque é bem bonita por fora e por dentro, e depois fui ao Cemitério de Recoleta, onde fiz o tour gratuito que já estava rolando. Vi o túmulo da Evita e muitos outros, mas o que marcou mesmo foi o de uma mulher que acordou dentro do caixão e tentou sair, mas como ele era de cerâmica e pesado, ela não conseguiu e morreu asfixiada. Dizem que algumas pessoas escutaram os barulhose depois quando foram lá verificar, só encontraram as marcas das unhas na cerâmica. Um horror, né?

Saí do cemitério meio pra baixo, claro, e entrei no Centro Cultural Recoleta para tentar relaxar um pouco. Não entendi nada da exposição que estava rolando, com copos e águas dentro deles…ainda bem que era de graça.

Depois entrei na loja MORPH, bem lindinha por sinal, com várias coisas bacanas de decoração e passeei pelo mini shopping Buenos Aires Design.

Voltei para o albergue, entrei no computador carroça para dar notícias para família e amigos e acabei conhecendo duas colegas de quarto, uma do Uruguai e outra da Alemanha. Tomei meu primeiro banho em banheiro compartilhado (bem quente, pelo menos) e dormi pela primeira vez com meninas desconhecidas ao lado. Sobrevivi, gente! 🙂

2° dia – domingo (15/05/2011)

Acordei, tomei banho, tomei um simples café da manhã no albergue e saí com a minha nova amiga uruguaia para pegarmos o trem para Tigre, cidade a menos de uma hora de trem de BsAs (Buenos Aires). Ela já ia para lá porque ia voltar para Montevideu passando por Tigre e eu queria ir por causa do parque de diversão, que só abre aos finais de semana. Fomos então andando do albergue até a Estação de Trem Retiro. Achei a estação bem dark, mas pelo menos limpinha.

Existem dois trens que saem de BsAs até Tigre, sendo um bem arrumado (Tren de La Costa) e outro bem basicão. Como ela já estava acostumada com o segundo, fomos nele mesmo. Ele é mais barato que o outro e é mais simples também, com pessoas bem humildes. Sentamos ao lado de uma argentina que não parava de puxar assunto e a minha amiga uruguaia…foi difícil acompanhar a conversa!

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Depois de 40 minutos de viagem, chegamos a Tigre. Que cidadezinha fofa! Passeamos um pouco por ela e fomos no Mercados Del Delta, dentro do Puerto de Frutos. O lugar é repleto de mini lojinhas com diversos tipos de produtos, basicamente artesanatos e tudo a preços bem acessíveis.

Fizemos umas comprinhas (pequenas mesmo, porque teria que caber no meu mochilão por 30 dias) e fomos depois para o Parque de la Costa, que estava mais cheio do que eu imaginava. Fomos na roda gigante, que tem uma vista bem legal, depois na montanha russa (bem maneira) e depois a ideia era ir no brinquedo de swing, em que a pessoa fica voando de um lado para o outro, como se fosse um pêndulo. Ao chegar lá, bem no final do dia, descobri que tinha que ter agendado um horário e não era mais possível voar naquele dia. Fica a dica!

Saímos do parque e nos despedimos, pois ela tinha que continuar a viagem para Montevideu. Segui para o Puerto de Frutos e peguei um passeio de barco pela Delta do Tigre, comprado na hora mesmo.

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O passeio deve ter durado 1 hora e deu para ver as casas com arquiteturas bem diversificadas na beira do Rio, com vegetação alaranjada. Agradável o passeio, apesar de não entender 100% o espanhol da guia. Depois fui no cassino, mas só consegui jogar por 15 minutos, porque o cheiro de cigarro/charuto me deu uma baita dor de cabeça . Começou a anoitecer e como eu fiquei com medo de ficar rodando ali sozinha, peguei o Tren de La Costa (o arrumadinho) de volta para Buenos Aires, para ver se realmente era muito diferente. E como é! 🙂 Só vi turistas e o clima é bem mais agradável, descontraído. Tem uma parada na Estação de Mitre, onde a gente anda um pouquinho até pegar outro trem de Mitre até Buenos Aires.

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Algumas pessoas param na estação de San Isidro para fazer compras, mas não quis parar porque já estava tarde e achei que as lojas poderiam estar fechadas. Cheguei em BsAs por volta das 20h e andei até o albergue com um pouco de medo, confesso, mas não tive nenhum problema, graças a Deus.

3° dia – segunda (16/05/2011)

Depois do café da manhã basicão do albergue, saí sozinha me aventurando pela cidade com a minha mochilinha nas costas. Peguei o metrô em direção ao bairro de Palermo e desci na estação da Plaza Italia. Andei por ali e visitei primeiro o Jardim Botânico, que achei bastante arrumado e vazio, apenas com gatos circulando e dormindo.

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Depois de lá, tentei ir ao Zoológico, mas estava fechado (não abre nas segundas!). Segui andando, parei para tomar um sorvete de doce de leite e frutas da Patagônia na Sorveteria Jauja e simplesmente morri de tanta felicidade com ele. Melhor sorvete da minha vida…mais que recomendado.

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Achei Palermo um bairro muito agradável, bem residencial, organizado e arborizado. Adorei andar sem pressa por ele…

Entrei no Jardim Japonês e me surpreendi. É muito lindo, organizado ao extremo, com vegetação e laguinhos impecáveis. Valeu a pena gastar um tempinho relaxando e tirando fotos.

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Saí de lá e continuei andando pelos parques de Palermo (que bairro delicioso, repito!) e acabei entrando no ônibus turístico de Buenos Aires, que tem o esquema hop on hop off, sabe? Ele pára em todos os pontos turísticos da cidade e tem um áudio para cada um dos passageiros, com a possibilidade de escolha de idioma. O passe do ônibus é para o dia inteiro e custou 90 pesos (se comprar pela internet ainda ganha desconto!). O legal é que o passageiro faz seu roteiro, descendo e subindo onde quer, podendo passear pela cidade à vontade com segurança. Se você descer em um ponto turístico e não gostar dele, você pode pegar o próximo ônibus em 15 minutos, não precisando perder muito tempo no que não te interessa. Achei ótimo… tão ótimo que peguei o passe promocional de 2 dias, por 110 pesos. =D

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Fiquei no ônibus e decidi descer apenas em Boca (Caminito), já que tinha andado um tantinho e estava cansada. Depois de passar por praticamente todos os pontos turísticos sentada no ônibus, cheguei no bairro mais alegre da cidade! Casinhas coloridas, com artesãos e artesanatos espalhados ruas, repletas de bares e restaurantes típicos, com dançarinos de tango em praticamente todos.

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Sentei no La Yunta de Caminito e comi um sanduíche fabuloso, acompanhado de uma cerveja Quilmes geladinha. Fiquei assistindo à performance dos dançarinos até não achar mais tanta graça. Saí para passear pelas ruas do bairro e depois de algum tempo de passeio, decidi pegar o ônibus de volta, pois já estava anoitecendo e li nos guias que não é muito seguro passear por Boca a noite.

Desci na Calle Florida, a rua famosa de compras de BsAs, por onde não passa carros. São muitas lojas e camelôs estendidos no centro da rua e muitas pessoas andando, principalmente brasileiros. Entrei na Galerias Pacífico, que é linda por dentro e por fora, mas só tem loja cara… bom para passear apenas. Passei da livraria El Ateneu e na lojinha da Abuela Goye, para comer um alfajor recomendado pelo meu atual namorado, na época apenas amigo. Vale a pena…é melhor que o Havana.

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Voltei para o albergue e encontrei a  minha colega de quarto alemã, que iria embora de madrugada. Decidimos ir tomar umas cervejas por perto e achamos um barzinho bem transadinho perto do albergue (sorry, não lembro o nome), que foi indicado por um pedestre aleatório, provavelmente morador das redondezas. Tomei a bebida alcóolica típica da Argentina – FERNET COM COCA COLA– e quase passei mal de tão ruim que é…Bebi umas cervejas para tirar o gosto e voltamos para o albergue antes de ficarmos muito doidas e perdermos a hora do vôo dela.

4° dia – terça (17/05/2011)

Acordei, tomei o mesmo café da manhã dos outros dias e fui andando até o ponto mais próximo do ônibus turístico. Peguei-o e fui direto para o MALBA, mas ele estava fechado (saberia disso se tivesse lido o guia, mas quis fazer tudo na improvisação, aí deu nisso!).

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O jeito foi andar até a Rosa metálica, que é legal de dia, mas dizem que as cores à noite dão um toque especial. De lá, andei até o Museu da Evita, que achei sensacional por causa dos detalhes, filmes, fotos da Evita…foi um dos meus primeiros museus na vida e certamente me marcou.

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Depois andei até o Jardim Zoológico (desta vez aberto!) e perdi a hora lá, de tanta coisa legal que tinha para ver. Acho que achei legal porque não lembrava da última vez que fui a um zoológico, mas hoje em dia não pago de jeito nenhum para ver animais presos.

Peguei o ônibus turístico ali mesmo e desci no Teatro Colón, mas como o passeio guiado só ia sair em algumas horas, ão achei que valeria a pena esperar.

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Andei até o Café Tortoni, super indicado nos guias e bem tradicional. Achei maneirinho, mas muito caro. Tomei um água que custou R$5, só para ficar apreciando a beleza dele. Viajar sem dinheiro dá nisso..

Andei até a Plaza de Mayo e depois até a Casa Rosada Catedral Metropolitana de BsAs. Achei a praça meio estranha, com clima uma pesado, sabe, então achei melhor não ficar dando bobeira ali.

Voltei para o albergue pois tinha reservado um passeio para a casa de tango Sabor a Tango, com direito a uma aula, jantar e assistir ao show. Adorei tudo…a aula foi divertida, apesar de eu ter dançado com um turco que tinha acabado de conhecer, o jantar estava absolutamente divino e o show foi maneiríssimo, bem sensual. Me deixaram de volta no albergue e dormi muito bem. Quero voltar um dia acompanhada! <3 (update: voltei e realmente é bem melhor dançar com seu par).

 5° dia – quarta  (18/05/2011)

Último dia em Buenos Aires…como passou rápido! 🙁

Tomei banho, o mesmo café de sempre e fiz o checkout do albergue, deixando o mochilão em uma sala com as malas dos  outros hóspedes. A ideia era passear pela cidade o dia inteiro e no final do dia passar no albergue para pegar a mochilona e seguir para a rodoviária, onde compraria na hora a passagem para Córdoba. Nem cogitei andar pela cidade com 18 quilos nas costas, né…

Peguei novamente o ônibus turístico (tinha direito a andar nele por 48h desde a hora da compra e não por dois dias apenas, senão hoje não poderia andar mais) e desci na estação do MALBA, que desta vez estava aberto! Várias pessoas o indicaram e só tenho a dizer o seguinte: Quanta coisa doida! Fiquei uns 15 minutos nele e saí aliviada…não consigo entender arte moderna. Não adianta. Não entendo quadros brancos com um ponto amarelo no meio. O museu é bonito, mas não curti a exposição, sabe?

Depois de lá passeei em um shopping que tinha por perto, que tinha uma Zara nele, com preços bem bons. Aproveitei para comprar calças de moletom, pois seriam mais confortáveis para andar dia todo pelas cidades do que a calça jeans que levei.

Andei até o Roseiral (Rosedal) e fiquei bastante tempo passeando por ali. Tinha um lago por perto com muitos patos e outras aves..achei legal ficar apreciando, enquanto comia um lanchinho. Aproveitei para alugar uma bicicleta ali por perto e fui em busca da loja Seco indicada por uma amiga, para compra de galochas e artigos para chuva. Encontrei a loja, mas as coisas eram muito caras, daí acabei só visitando mesmo. Lanchei ali por perto para ganhar energia e pedalei de novo até o local da entrega da bike.

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Entreguei a bike no final do dia e voltei para Recoleta de taxi, porque não aguentava mais andar.  Desci perto do cemitério e aproveitei para tomar um sorvete de doce de leite na sorveteria Freddo. Bom também, mas o sorvete da Jauja foi melhor. 🙂

Passei pelo Alvear Palace Hotel e tive que entrar no saguão principal só para ver se era isso tudo mesmo que falvam. É realmente lindo por dentro!

Andei pela Av Callao, a principal de Recoleta, para tirar dinheiro e curtir pela última vez (pelo menos nesta viagem) o clima de Recoleta. Voltei para o albergue, peguei minha mochilona e fui direto para a rodoviária. Lá comprei o bilhete para Córdoba, cujo trajeto demorou umas 9 horas. Aproveitei para dormir do bus e assim economizei uma diária! 🙂


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