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Mochilões e Mochilinhas

30 coisas que aprendemos visitando o Marrocos

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O Marrocos nunca foi prioridade na nossa bucket list, mas quando vi que a RyanAir tinha passagens baratas para lá, foi só questão de tempo para convencer o Celo e realmente irmos! Comprei o guia TOP 10 Marrakech e achei uma mão na roda por causa das dicas, detalhes das atrações e mapas, tudo bem resumido. Aprendi muita coisa lendo o guia e blogs também, mas tem coisas que só aprendemos na prática, né?

Se quiser saber todos os detalhes da nossa viagem, leia este link aqui.

Aqui vão algumas dicas para vocês:

1) A cidade é segura.

Sei que viajar para países pobres dá um friozinho na barriga, mas quero registrar que achei Marrakech extremamente segura. Não vi nenhuma confusão e olha que a cidade não é lá muito organizada… Segundo o dono do nosso Riad, a segurança é um dos pontos altos do país, então pode viajar sossegado(a) para lá. Como em toda cidade turística, a gente tem sempre que ficar atento a batedores de carteira, mas isso todo mundo já sabe (espero, né…).

2) O trânsito é caótico, mas não vimos um acidente.

Acho que o que mais chamou a nossa atenção em Marrakech foi o trânsito. As ruas da parte antiga da cidade são bem estreitas e para nossa surpresa são mão dupla. Não existe faixa de pedestre ou faixa para bicicletas, então você vai ter que andar junto com as motos, mobiletes, tuk tuks, bicicletas e até jegues, sempre tomando cuidado para não tropeçar nas mercadorias expostas do lado de fora das lojas. Se quiser atravessar a rua, não conte com a gentileza dos motoristas para você ter a preferência: eles não dão. Ande sempre pela direita e reze para dar tudo certo. Nós quase fomos atropelados algumas vezes, assim como vimos alguns turistas quase sendo, mas incrivelmente não vimos nenhum acidente. Na praça principal da cidade, Praça Jemaa El Fna, não dá para entender o que é rua e o que é praça, então tenha atenção redobrada. Boa sorte! 🙂

3) A moeda é o Dirham, mas euros são aceitos em alguns lugares.

Nós levamos euros e trocamos uma parte no aeroporto (o AL BARID BANK tinha a melhor cotação) e outra parte em um banco perto da praça principal. As cotações que encontramos foram em média 1 euro – 10.75 dh, mas em algumas lojas eles aceitavam euros com a cotação de 1-10, que não é de todo ruim.

4) A cidade é quente e seca.

Graças a Deus Marrakech é seca! Imagina o calor de 40 graus com umidade (é só pensar no Rio de Janeiro no verão…um horror!)? Os gringos não iam aguentar (nós brasileiros estamos mais ou menos acostumados) e o turismo ia ser bem fraco, coitados. Eu achava que meio dia era o pior horário do sol, mas constatei que o momento mais insuportável era por volta de 15h/16h (nós fomos no final de setembro, não sei se isso muda de acordo com o mês). Se programe para estar na sombra ou então na piscina nesse horário e tudo vai ficar bem!

5) Beba muita água mineral.

O dono do nosso Riad disse que bebe a água da torneira e não passa mal, mas a gente não quis arriscar e achou melhor só beber água mineral engarrafada. Você vai encontrar garrafas de 1,5L ou 0,5L em qualquer esquina e costuma ser bem barato, então aproveite para se hidratar. Vimos gente passando mal com o calor, então já vá preparado para tomar uns 2L por dia fácil, fácil…

6) Se você for mulher, use roupas comportadas.

Por ser um país muçulmano, as mulheres marroquinas andam cobertas com burca e lenços, então qualquer mulher fora desse padrão chama MUITA atenção. Os homens encaram mesmo e até falam coisas quando passamos, então para evitar problemas, não use decotes e nem deixe as pernas expostas. Eu sei que o calor é complicado, mas acho que esse sacrifício vale a pena, né?

7) Não se assuste com as chamadas para reza (Adhan).

Se você ficar hospedado na parte antiga de Marrakech (Medina) como nós ficamos, você  vai ouvir um barulho chato e alto 5 vezes por dia, todos os dias da semana. Talvez dê para ouvir na parte nova da cidade também, não sei. Enfim…este barulho é o conjunto de vários homens falando em alto-falantes nos minaretes (torres das mesquitas) com o objetivo de chamar apenas os homens para rezarem dentro desses prédios. Os homens designados para essas chamadas são os muezins. É um barulho chato demais e muito frequente para o meu gosto, principalmente porque o primeiro chamado é perto das 6 da manhã (eu acordei um dia) e o último é perto das 22h.

8) Há gente querendo ganhar dinheiro o tempo todo.

Apesar de não existir violência na cidade, é bem comum encontrar gente querendo que você pegue um caminho errado para poder ser seu guia depois. Nós vimos muitos garotos indicando direção errada das atrações para os gringos e graças ao François, dono do nosso Riad, não caímos nesse golpe. Eles fazem isso para você se perder e eles irem depois te ajudar, claro que cobrando algo por isso. Não é para algo mais sério como sequestro, por exemplo. Então, aqui vai a dica do nosso anfitrião francês: nenhuma rua fecha por causa do horário de reza (nunca) e todos esses garotos/homens querem ganhar dinheiro, ou seja, não vai rolar ajuda grátis. Se você estiver realmente perdido (a), peça ajuda a algum vendedor de loja, pois é bem mais provável que seja de graça e que ele não tenha interesse algum em te levar para um caminho errado.

9) O atendimento em restaurantes é ruim.

Nós fomos em alguns restaurantes nos 4 dias em que estivemos na cidade e praticamente todos tinham atendimento ruim. Não é algo absurdo de ruim, mas é bem lento, sabe? Demoram para trazer os cardápios, demoram para pegar os pedidos, demoram para trazer a conta, mas pelo menos os pratos não demoram tanto para serem preparados e tudo que comemos estava ótimo. Compensa!

10) Os pratos são sempre os mesmos.

Em todos os restaurantes que fomos, vimos variedades de tajines e couscous e todas que pedimos (frango, cordeiro e carne) estavam ótimas. Além desses dois pratos típicos, provamos também briouettes (parecem esfihas), pastillas, a sopa Harira e o biscoito de côco (foto abaixo) de uma moça no meio da rua. Ah, o Celo provou o chá de menta deles e gostou também.

11) A maioria dos restaurantes para turistas tem wi-fi.

Caso esteja precisando de wi-fi, restaurantes são boas opções! Confirme sempre antes de entrar, mas já adianto que todos os nossos tinham. Eles não deixam as senhas no cardápio para qualquer um ver, mas sempre te dizem quando você pergunta já sentado na mesa. Naquela velocidade deles, né…

12) Os petiscos são deliciosos e de graça.

Em todos os restaurantes que fomos, os garçons trouxeram petiscos surpresas com as nossas bebidas. Pães deliciosos e azeitonas temperadas que caíam sempre bem com os sucos de laranja fresquinhos. Os dois sempre eram cortesia da casa, mesmo quando os restaurantes tinham entradas no cardápio.

13) É bem difícil achar bebida alcóolica nos restaurantes.

Nós lemos em alguns blogs que hotéis e restaurantes servem bebida alcóolica para os turistas (muçulmanos não podem beber), mas apenas UM restaurante que frequentamos vendia. Não sei se escolhemos mal ou se realmente é algo raro, mas fizemos questão de experimentar  os produtos locais…

14) As cervejas e os vinhos marroquinos são bons!

Experimentamos duas cervejas marroquinas – Casablanca e Spéciale – e por serem bem leves, caíram super bem no calor de quase 40 graus. Tomamos vinhos marroquinhos à noite no Riad e também eram gostosos. O dono do Riad nos explicou que como o Marrocos foi território francês por algumas décadas, os franceses trouxeram os conhecimentos de viticultura (produção das vinhas) e vinicultura (elaboração do vinho) e por isso a produção no país é boa. Aproveite!

15) Suco de laranja é a bebida mais comum.

Na praça principal da cidade, existem diversos quiosques de suco de laranja natural, mas eu confesso que tive medo de experimentar porque li alguns relatos de pessoas que passaram mal. Em compensação, tomei suco de laranja em todas as minhas refeições nos restaurantes e no Riad, e olhe, não provei um suco ruim…

16) Gorjeta de 10% é esperada.

Autoexplicativo, né?

17) É bem raro ver mulheres trabalhando.

Em todos os restaurantes que entramos ou que passamos em frente, vimos apenas homens servindo as mesas. Pelo que percebi, 99% das pessoas que trabalham com o público em Marrakesh são do sexo masculino. Encontramos algumas mulheres tatuadoras na praça principal (umas loucas!!) e também fazendo limpeza no nosso hotel, mas tirando isso, nada mais. Acho isso bem triste, mas faz parte da cultura, né?

18) Os Riads são muito aconchegantes.

No centro da cidade, o tipo de hospedagem mais comum é o Riad. Ele é uma casa ou palácio tradicional e dentro sempre há um jardim e/ou pátio central sem telhado. Não há janelas externas, como nas casas que estamos acostumados a ver, mas esse vão central faz circular bastante ar e a temperatura dentro do Riad fica bem gostosa, mesmo nos horários mais quentes. Eu amei o nosso em vários aspectos (principalmente decoração) e vou falar mais sobre ele no post com o nosso roteiro pela cidade. Se quiser já ir vendo, ficamos no Riad Signature.

19) O café da manhã dos Riads é do tipo continental.

A única coisa que eu acho que podia ser melhor no nosso Riad é o café da manhã. No nosso, pelo menos, o café da manhã foi servido direto em nossa mesa e a gente recebeu poucas variedades, sabe? Eu sou daquelas que ama café da manhã e aqueles banquetes com mil variedades faz o meu dia, então se você encontrar um Riad assim, me avise para eu indicar aqui (e quem sabe voltar um dia).

20) Os souks (mercados) são muito interessantes.

Perto da praça principal da cidade está a região dos souks, que são mercados enormes com ruas se entrelaçando, formando um grande labirinto. Vou tentar descrever melhor…

Pense em uma rua estreita e stands colados uns nos outros dos dois lados dessa rua. Coloque um teto de piaçava ou algo parecido em cima desses stands. Coloque muitas mercadorias de um determinado tipo à venda e deixe apenas um ou dois vendedores atendendo. Agora adicione muita gente andando e falando ao mesmo tempo, sem controle de direção. Ah, além dos stands legalizados, há vendedores ambulantes circulando o tempo todo por essa rua. Para completar, imagine que todos os preços são jogados estupidamente lá para cima e que todos os compradores negociam os preços com os vendedores. Agora veja esse cenário todos os dias, o dia inteiro, até altas horas da noite. É muito movimento, é muita negociação, é muito calor, ou seja, é cansativo fisicamente e emocionalmente também. Tem que ir relaxado, pensando em negociar e passear com calma. Nós conseguimos descontos de 20/30 euros em alguns lugares, mas em outros nós tentamos baixar muito o preço e os vendedores se recusaram. Faz parte do jogo. Eu adorei os produtos, as cores, (alguns) cheiros, a movimentação, mas o Celo já achou um pesadelo…Vai de cada um, né?

21) Quase tudo é uma grande negociação.

Falei dos mercados acima, mas não é só lá que você vai precisar negociar: taxistas cobram valores absurdos para os turistas e você sempre deve perguntar antes de entrar no carro. SEMPRE. Eles até têm taxímetro, mas não usam com os turistas, então pergunte antes no Riad/hotel os preços justos para os destinos desejados e sempre tenha dinheiro trocado (eles nunca têm troco). Além dos taxistas, a gente teve que negociar também com os encantadores de cobras no meio da praça (só queríamos ver de longe e não pagar nada, mas rolou uma confusão) e em algumas lojas espalhadas pela cidade. Só não negociamos no Riad, atrações turísticas e restaurantes. Aí seria demais, né? 🙂

22) Táxi para o aeroporto tem preço tabelado.

Uma notícia boa para os turistas! Não precisa se estressar com a negociação do táxi para o aeroporto. O preço é tabelado e está bem a mostra no estacionamento do aeroporto (70 dh. na nossa época – set/2016). Nós reservamos direto com o Riad, mas acho que dá para fechar por esse preço no meio da rua também…não tenho certeza. Por via das dúvida, feche com o Riad, né?

23) Cuidado com a tatuagem de henna.

Na praça principal, você vai encontrar muitas mulheres que fazem as famosas tatuagens de henna todas trabalhadas e que são realmente lindas. Elas são umas loucas e andam em sua direção com as seringas a mostra! Um horror!  Vimos muita gente fazendo tatuagem com elas, mas nós não quisemos arriscar porque o dono do nosso Riad disse que a tinta usada é uma mistura tóxica. Vimos essa informação em alguns blogs e no guia também, então para quê correr o risco, né?

24) Há gatos por todos os lados.

Vimos muitos gatos nas ruas e eles incrivelmente não têm medo dos humanos (um bom sinal!) e do trânsito caótico da cidade. Eles passeiam em paz pelas ruelas e deitam nos lugares mais diversos possíveis sempre com potinhos de comida, água e leite por perto. Em contrapartida, só vimos um cachorro durante toda a viagem…seria algo cultural?

25) Animais são expostos em jaulas e correntes.

Os gatos estão soltos, mas vários outros animais estão presos e são usados para arrancar dinheiro dos turistas. Vimos macacos acorrentados, lagartos e tartarugas enjaulados e cobras soltas no chão que os vendedores fazem questão de colocar nos pescoços dos turistas. Se você parar para ver qualquer um desses animais, eles vão cobrar por isso e você vai acabar contribuindo para esse cenário triste. Nós estávamos passando em frente a uma barraca com cobras e paramos para tirar uma foto da Naja. Não deu outra: o rapaz já veio oferecendo outra cobra para colocar no pescoço e é claro que tivemos que pagar por isso e para nos livrarmos do cara. Furada total…

26) As atrações turísticas costumam ser muito baratas.

Nós visitamos algumas atrações (vou contar todos os detalhes no post com o nosso roteiro de 4 dias por lá) e pagamos em média 1 euro por pessoa para entrar nelas, principalmente na parte antiga. Elas não são muito preparadas para os turistas, já que não dão panfletos explicativos e nem vimos placas explicando nada, então se você não tiver um guia (livro ou pessoa), você vai ficar perdido e vai apenas apreciar a arquitetura belíssima. Acho que vale a pena se informar antes ou então contratar um guia…

27) Seja discreto ao tirar fotos.

Vimos muitos marroquinos se esquivando de fotos dos turistas e confirmamos o que lemos em nosso guia: eles não querem ser fotografados. Se você se encantar com as barracas nos mercados e quiser tirar fotos dos produtos, tente ser o mais discreto(a) possível, porque é bem possível que eles cobrem pela foto tirada. Há inclusive algumas barracas com avisos de não tirar fotos. Por favor, respeite isso para evitar confusão.

28) Leve uma caneta para preencher o papel da imigração.

Dica mais que útil! Tanto na chegada como na saída do país, você vai precisar preencher um formulário e entregar para o cara da imigração. Eles são bem sérios e não deixam canetas disponíveis nas mesas, então para não perder tempo e ficar dependendo de outras pessoas, tenha uma com você nesses dois momentos.

29) A sala de embarque tem boas opções de restaurantes e lojas.

Se sobrar Dirhans com você assim como aconteceu com a gente, não de desespere: use no aeroporto (acho que não dá para trocar novamente para euro). Há alguns restaurantes e lojas na sala de embarque, então você não vai precisar voltar para casa com essa moeda estranha e pouco valorizada. No Duty Free, a gente até pensou em comprar Jameson com os Dirhans porque estava muito mais barato que em Dublin, mas o rapaz nos disse que eles só aceitam a moeda marroquina para produtos marroquinos. Nada como os bons vinhos marroquinos nessas horas!

30) O painel com os vôos e portões é confuso mesmo.

Nós demoramos um tempo para perceber que as pessoas estão sentadas esperando os seus vôos sem saber os seus portões de embarque. Eles só anunciam os portões em cima da hora do embarque, mas isso não chega a ser um problema já que o aeroporto não é muito grande. É só ficar atento e embarcar em paz!

É isso! Se quiser saber mais sobre o que o Marrocos tem a oferecer, dá uma olhada nos passeios oferecidos pela Civitatis abaixo:

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