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Mochilões e Mochilinhas

3 dias na Chapada dos Guimarães e Nobres

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Dia 1 (sexta-feira) – 17/01/2014

Já pensando no feriado de 20 de janeiro no Rio, pesquisamos algumas destinos e encontramos uma passagem baratíssima para Cuiabá pela Gol. Pagamos R$192 ida e volta, em horários bem otimizados. Sempre tive vontade de conhecer a Chapada das Guimarães, aliás, todas as Chapadas do país, então pensei que seria perfeito para nós….e foi! 🙂

Chegamos em Cuiabá na sexta-feira perto de 1 da manhã. Detalhe: o aeroporto não fica em Cuiabá e sim em uma cidade vizinha chamada Várzea Grande. Se quiser ir a Cuiabá, o taxi te leva por uns R$50, pois é um pouco longe. Para esta única noite na capital mato grossense, optamos por nos hospedar no Diplomata Hotel ao lado do aeroporto com o transporte de graça do/até o aeroporto, já que pegaríamos o carro no sábado pela manhã. Quando chegamos no aeroporto, ficamos impressionados com a quantidade de obras ao redor. Tudo estava um caos por causa das obras para a Copa do Mundo! Pegamos o transfer até o hotel, fizemos check in e fomos descansar. O hotel é bem simples e foi bem barato, claro.

 Dia 2 (sábado) – 18/01/2014

Acordamos por volta de 9h, tomamos um café da manhã bem razoável, fizemos check-out e pedimos para que nos deixassem na Localiza, que é bem ao lado do hotel. Só não fomos andando porque as obras realmente deixaram a rua caótica, mas dá para ir andando se você não se importar com a poeira. Pegamos nosso carro básico e seguimos para a Chapada com o mapa que pegamos no hotel. Como já havia lido no site do Mochileiros bastante coisa sobre a Chapada, estava bem animada com a viagem. O Celo nem tanto, mas mesmo assim tentou ficar otimista. Peguei o contato da guia Márcia – (065) 9241 7582 –  no relato de um rapaz e antes da nossa viagem, fiz questão de ligar e reservar os passeios com ela. Achei melhor reservar os passeios com antecedência, pois há lugares na Chapada que só podem ser visitados com guia. Sabendo que nós teríamos sábado, domingo e segunda somente até 15h, ela me aconselhou a seguinte programação:

  • Sábado: pegar a estrada com calma e parar em vários pontos entre Cuiabá e a Chapada, sendo eles: Rio Claro, Salgadeira (estava fechada), Véu de Noiva, Cachoeirinha/Cachoeira dos Namorados e Alto do Céu.
  • Domingo: Caverna Aroe Jari, Lagoa Azul e Caverna Kiogo Brado ou Circuito das Cachoeiras.
  • Segunda: Flutuação em um rio em Bom Jardim (Eu já havia decidido isso, depois de algumas pesquisas na internet.)

Seguimos então para a Chapada com toda a tranquilidade do mundo. Tivemos que passar por Cuiabá e achamos a cidade bem agradável, apesar de não termos parado em nenhum lugar para explorar melhor. A estrada é de boa qualidade, os motoristas dirigem de forma respeitosa e o visual depois de alguns minutos de estrada é maneiríssimo. Tivemos que parar no meio para tirar algumas fotos, claro:

Paramos no primeiro lugar indicado pela guia, o Balneário Rio Claro. Que lugar lindo, gente! Você estaciona o carro, anda uns 3 minutos e se depara com um rio bizarramente transparente com muitos, muitos peixes. E o melhor, pouca gente tomando banho. \o/ Ficamos encantados e logo entramos na água, que estava com uma temperatura perfeita. Ficamos uma hora por lá, descansando e tirando muitas fotos.

Seguimos para a outra parada indicada, o Balneário Salgadeira, mas infelizmente estava fechado. Seguimos para o seguinte, que era a Cachoeira Véu de Noiva, cartão postal da Chapada dos Guimarães. A entrada também é gratuita, mas você tem que caminhar uns 15 minutos do estacionamento até o mirante. Isso é nada, porque o visual é incrível e a energia do lugar também. Demos a sorte de ver vários pássaros voando enquanto estávamos no mirante, principalmente araras azuis! Tem noção do que é isso? Esses animais são lindos e estavam ali a alguns metros de nós. Foi muitoooo emocionante.

Aproveitamos a estrutura do lugar e compramos água e uns biscoitos de banana frita deliciosos para enganar a fome.

Seguimos para Cachoeirinha, que fica bem perto do ponto turístico anterior. A entrada custa R$20 (com R$10 de consumação) por pessoa e dentro deste complexo existem duas cachoeiras, Cachoeirinha e Cachoeira dos Namorados, além do restaurante que é bem famoso na região. Paramos o carro no estacionamento, caminhamos uns 10 minutos e chegamos na Cachoeira dos Namorados. Ficamos um bom tempo lá descansando e deixando a queda d’água massagear (ou machucar kkk) nossos corpos. Saímos de lá famintos e fomos para a Cachoeirinha, que fica em frente ao restaurante. Decidimos almoçar primeiro e depois cair na cachoeira, mas acabamos fazendo só a primeira parte do plano. Pedimos o prato mais famoso do restaurante (R$125 para duas pessoas, somente em dinheiro) e sucos deliciosos. Depois de alguns minutos de espera contemplando a cachoeira, nosso prato chegou e estava ótimo. Saímos de lá felizes, mas assustados com o preço.

Fomos em direção ao último ponto turístico indicado pela guia, o Alto do Céu. Dirigimos por uma estrada de terra bem ruim, passamos por um radar SINDACTA e chegamos em uma casa, de onde um rapaz saiu e cobrou R$10 por pessoa. Dirigimos mais um pouco, estacionamos e caminhamos uns 5 minutos até chegarmos ao mirante. Que visual! Dá para ver várias cidades, pastos, plantações e sentir uma paz deliciosa. Ficamos pouco tempo lá, infelizmente, porque começou uma chuva bizarra e ficamos com medo de raios (na Chapada a incidência deles é bem alta).

Fomos em direção à cidade da Chapada, rezando para a chuva parar porque o plano era acampar. Encontramos o Camping Oasis, que tínhamos reservado, mas desistimos de ficar lá depois que entramos para conhecer. Não gostei da energia do lugar…não sei explicar. Tentamos encontrar o outro camping indicado na internet, o Paraíso Alternativo, mas como ninguém atendia o telefone e nenhum morador conhecia o camping, desistimos da ideia de acampar e fomos em busca de pousadas. Achamos algumas com diárias baratas de R$120 com ventilador, mas a maioria não aceitava cartão e nós só tínhamos R$300 em dinheiro. Percebemos que na cidade não tem os bancos Santander e Itaú, onde temos conta, e entramos em pânico. Liguei para a Marcia para pedir indicações de outros campings e ela disse que morava do lado do Paraíso Alternativo e que poderia nos levar lá. Fofa, não? Ela nos encontrou no centro da cidade e fomos até o camping. Fomos bem recebidos pelo dono, que se desculpou dizendo que estava dormindo. Armamos nossa barraca, tomamos banho e saímos para passear. O bacana de lá é a pracinha principal da cidade, que é rodeada de restaurantes, barraquinhas e lojinhas. Passeamos um pouco, comemos tapioca e voltamos para o camping.

Dia 3 (domingo) – 19/01/2014

Fomos acordados pelo Júlio, um guia que apareceu no lugar da Márcia. Ela ligou para ele dizendo que não poderia fazer o passeio conosco e ele foi se apresentar. Decidimos fazer o passeio das cavernas e fomos nos arrumar. Tomamos café da manhã na Padaria do Trigo, que fica em frente à praça e pegamos o Júlio para seguirmos para as cavernas com o nosso carro mesmo.

Depois de alguns minutos na estrada, paramos no Mirante do Centro Geodésico, que é exatamente onde fica o Centro da América do Sul. O visual de lá é lindo e dá até para ver Cuiabá, que fica há muitos quilômetros de distância. O marco em si é tosco rs, mas o visual compensa.

Seguimos pela estrada até que entramos em uma estrada de terra entre as plantações de soja. Nunca tinha visto uma plantação deste tipo antes e o nosso guia sabia tudo sobre! Aprendi que quanto mais amarela a soja, mais perto da colheita está. Vimos alguns animais na estrada e finalmente chegamos na base turística das cavernas. Pagamos R$30 por pessoa para fazer a trilha e R$25 por pessoa para o almoço self-service. Graças a Deus, tudo no cartão…

Para fazer a trilha,  tivemos que utilizar caneleiras para protejer as pernas de possíveis picadas de animais. Imagina a minha cara quando me passaram esta informação. =O

Colocamos tudo e começamos a trilha bastante animados. Depois de uns 20 minutos de caminhada, chegamos na Ponte de Pedra e percebemos que nossa câmera estava com pouca bateria. Mole nosso. Voltamos para o carro e pegamos a GoPro. Voltamos para a trilha e quando chegamos novamente na Ponte de Pedra, o Júlio percebeu que estava sem lanterna…lá foi ele voltar para pegar uma com a mulher do restaurante. Ficamos descansando na única sombra que tinha no caminho, porque o calor estava de matar. Passei protetor 50, mas pareceu que não ia adiantar…

A trilha é bem diferente, porque tem vegetação de cerrado e tem floresta também. Andamos mais de 1 hora e finalmente chegamos a maior caverna de arenito do Brasil, a Aroe Jari. É impressionante o tamanho dela: são 1550 metros de extensão e no período da seca é possível entrar por uns 700 metros e ver as duas saídas dela. Como fomos na época da chuva, só entramos uns 100 metros que já foram suficientes para mim, porque é um breu danado lá dentro e eu fiquei com medo, confesso.

Ficamos apreciando a caverna até que a chuva começou a cair. E caiu, caiu, caiu… ficamos esperando passar, mas não rolou. Depois de quase 1 hora de espera, decidimos arriscar e pegar a trilha novamente em direção à Lagoa Azul. Andamos por mais uns 30 minutos e chegamos até a Lagoa Azul, que é incrivelmente linda. A água é transparente e quando há  certa profundidade e bate algum sol, o tom azul é simplesmente maravilhoso! Não é possível mergulhar, felizmente, porque assim a beleza do lugar fica intacta. Ficamos um bom tempo ali curtindo apreciando. (Sorry, as fotos da época não eram muito boas, mas você pode ver fotos melhores aqui)

Saímos em direção a outra saída da Caverna e vimos a água sair de lá em formato de cachoeira.  Andamos mais um pouco e nos deparamos com a Pedra do Equilíbrio, que é muito interessante de se ver. Em frente a ela tem uma outra saída da caverna, que segundo o Júlio, não é recomendado descer. Ficamos só olhando de cima. E para nossa felicidade e alívio, seguimos para a última caverna do passeio, a Kiogo Brado, que foi aberta recentemente (julho de 2013) pelo dono da fazenda. Detalhe: o cara é dono de tudo!  Mais alguns minutos de caminhada e lá chegamos. É linda também! (De novo, veja fotos melhores aqui se quiser)

Saímos de lá e a chuva continuava. Impressionante como não tinha fim. Achei até bom, por um lado, porque quase não senti calor depois. Andamos por mais de 1 hora até o início de trilha e quando chegamos finalmente no restaurante, a comida já estava pronta e servida, para nossa alegria. Trocamos de roupa, pois ficamos encharcados e matamos a fome com uma comida bem caseira deliciosa. Caiu super bem.

No caminho de volta à cidade, o Julio comentou que tinha uma casa no centro da cidade e que poderíamos ficar lá, já que ele não tinha conseguido alugar para ninguém. Aceitamos a proposta e fomos para o camping organizar nossas coisas e depois fomos para a casa dele, que é extremamente bem localizada. Tem 2 quartos, 1 banheiro, sala e cozinha e é do lado da praça principal.É bem aconchegante e ele disse que faz um preço camarada, então, aí vai o contato desse guia que passou o dia inteiro nos dando uma aula de conhecimento: (65) 9214-7711.

Dia 4 (segunda – feira) – 20/01/2014

Dormimos super bem e acordamos bem cedo para dirigir até Bom Jardim. Algumas pessoas falaram que demoraríamos entre 2 a 3 horas, mas acabamos fazendo em menos de 2 horas com o Celo pisando bem no acelerador.

Agendei o passeio de Flututação no Aquário Encantado através deste site, pagamos R$ 75 por pessoa e valeu cada centavo!!! O lugar é incrível com água transparente e muitos, muitos, muitos peixes. Ficamos 2 horas no passeio, sendo 1 hora no aquário mesmo e 1 hora descendo o rio. Infelizmente, não conseguimos ver tantos peixes no rio como vimos no aquário, mas achamos uma delícia sermos levados pela correnteza. É obrigatório o uso de colete salva-vidas e sapatilhas para mergulho, o que achei ótimo, porque tenho pavor de encostar o pé no fundo de rio (ou mar)…rs. Veja algumas fotos melhores que as nossas aqui.

Saímos do rio com a sensação de que cada quilometro dirigido valeu muito a pena. Almoçamos depois por lá mesmo, por R$25 por pessoa, uma comida deliciosa bem caseira. Aproveitamos para tomar banho e fomos direto para o aeroporto. Demoramos quase 2 horas para chegar ao aeroporto com o mapa que tínhamos em mãos. Talvez com GPS fosse mais rápido, claro, mas era o que tínhamos conosco, né?

Entregamos o carro na Localiza, pegamos carona com eles até o aeroporto (que é em frente, mas a rua está cheia de obras) e conseguimos embarcar sem problemas. O aeroporto é bem organizado e pequeno. Na sala de embarque, somente um lugar vendia lanches e era bem carinho, como em qualquer aeroporto no Brasil, né? Quando chegou a nossa hora de embarcar, tivemos o prazer de ir andando até o avião, pela pista de pouso mesmo. Saímos de lá com gostinho de “quero mais”, porque sabemos que tem muitos lugares maneiros para conhecer na Chapada e que não tivemos tempo. Além da Chapada, existe também o famoso Pantanal, né,  e imagino que muitos outros lugares menos turísticos que devem ser encantadores. Ah, o Mato Grosso…. <3


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