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Mochilões e Mochilinhas

2 dias em Natal, Pipa, Genipabu e Pirangi com amigas

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Dia 1 – sábado (31/05/2014)

Comprei a passagem do Rio de Janeiro para Natal em uma mega promoção da TAM (R$360 ida e volta) com mais duas amigas, para irmos visitar uma fofa que está morando no Nordeste há quase 2 meses. Objetivo da viagem: aproveitar ao máximo as belezas do RN e matar as saudades ao mesmo tempo! <3

Pegamos o vôo na sexta a noite e chegamos em Natal por volta de 2h30 da matina do sábado. Descemos no aeroporto Augusto Severo e o táxi até a casa de nossa amiga em Capim Macio deu R$50. Chegamos super animadas com o reencontro, mas nos obrigamos a ir dormir logo para aproveitar o sabadão que já começara. Acordamos às 9h e nossa anfitriã preparou deliciosas tapiocas de queijo coalho de café da manhã. Boas vindas perfeitas, ainda mais com a vista deliciosa do apê:

Depois de ouvirmos o taxista falar super bem da noite de Pipa, ficamos com vontade de dormir por lá no sábado e escolhemos um hotel no Booking, o Magia da Terra, que tinha um ótimo custo benefício, sendo o quarto para 4 pessoas por R$50 para cada. Arrumamos nossas coisas e pegamos estrada rumo a Pipa (1h30 ao Sul de Natal). No caminho, passamos pela orla de Ponta Negra, que é bem bacana com o Morro do Careca no canto direito e vários restaurantes transadinhos:

A estrada para Pipa estava bem OK até o momento que nos deparamos com este visual espetacular, olha:

SURREAL, gente! Coisa mais linda! Tiramos milhares de fotos, bebemos água de coco e nos acalmamos, porque a excitação estava só subindo! Continuamos na estrada e pouco tempo depois, paramos na Praia do Madeiro, já conhecida e recomendada pela nossa anfitriã. Paramos o carro em um estacionamento na beira da estrada (R$5) e descemos uma baita escada até chegarmos à areia. Assim que chegamos ao primeiro barzinho, Barraca do Jegue, fomos recebidas por uma francesa (Candice) super animada falando um português fofíssimo e ficamos por lá mesmo.

Pegamos uma barraca para nós (1 guarda sol enorme + 4 cadeiras de madeira deitadas) e começamos a comemoração pedindo caipirinhas/caipivodkas de caju e cajá, simplesmente SENSACIONAIS. Muitos ambulantes passaram por nós oferecendo bijus, comidas e souvenirs, mas o que chamou a nossa atenção foi o rapaz do SURF/ SUP.  Topamos na hora fazer as aulas com ele e em menos de uma hora depois da nossa chegada, estávamos no mar. A aula que ele deu foi na areia mesmo e depois colocou cada uma de nós com aquela prancha enorme e remo na água. Estávamos em um lugar com pouco vento e correnteza, mas mesmo assim ficar em pé pareceu tarefa impossível para mim. Minhas amigas até conseguiram depois de algumas tentativas, mas não rolou para mim. O meu medo de tubarão e outros animais me bloqueou e a única coisa que eu desejava ali era ficar sentada na prancha sem encostar na água. Fiz isso por um tempo e quando percebi, fui levada para uma área com vento e correnteza e de lá não consegui sair. Minhas amigas ficaram super a vontade mesmo com a correnteza, mas meu pânico não passou. Para piorar a situação, depois de quase meia hora no mar, vi um golfinho a menos de 5 metros de mim. Pânico total. Gritei horrores e elas vieram até mim, super animadas com a ideia de vê-lo novamente. Depois de muito tempo remando contra a correnteza e quase não sentindo mais os braços, o ajudante do rapaz que nos vendeu as aulas veio nos resgatar com o caiaque.  Disse que não podíamos estar ali e blablabla. Como se eu quisesse ter parado ali né…rs. Enfim. Uma de nós 4 depois fez surf e deu para pegar várias ondas maneiras naquela área que não tinha muita correnteza e vento.

Voltamos para nossa barraquinha, pedimos bebidas e alguns petiscos e tudo estava maravilhoso. Pena que a quantidade não era lá essas coisas… Saímos de lá animadas para conhecermos a Praia do Amor, mas tivemos que encarar aquela baita escada na volta. Ao chegarmos no carro, minhas pernas e braços tremiam….rs. Seguimos para a tal praia, com a sensação de que todo mundo já tinha saído de lá (eram umas 16h), ainda mais depois que vimos o estacionamento vazio, vazio (R$5). Passamos por um albergue super cool que tem as camas fora de quartos, olha só que massa:

Quando chegamos na praia, nos deparamos com um visual maneiríssimo e com uma temperatura super agradável, já que o sol estava fraquinho:

Tiramos várias fotos e ficamos um tempo apreciando a brisa e o visual. Que energia boa esse lugar tem! Dicas dos passeios por lá, ó:

Saímos de lá e fomos em busca de nossa pousada. O nosso GPS não estava funcionando e o mapa do Booking também não ajudou muito, então o jeito foi pedir informação na rua, que acabou sendo a parte mais engraçada do dia. Impressionante como o povo é gente boa explicando, mas como não entendíamos o caminho que tínhamos que fazer. Era um tal de “sobe e depois desce”, “vira depois da parada” (parada = ponto de ônibus), “você vai ver o calçamento” (calçamento = asfalto) pra cá e pra lá, que nos perdemos muitas vezes, dando muita risada! Depois de mais de meia hora procurando, encontramos o nosso fofíssimo hotel.

Nos arrumamos para jantar e fomos pedir dicas para a simpática recepcionista, que era argentina mas havia se mudado da Espanha há menos de 8 meses. Ela nos falou de um restaurante na rua do hotel, antes de chegar à rua principal, que tinha comida artesanal. Pareceu (e foi) perfeito para nós. O nome do restaurante é Macoco e ele é uma gracinha. Pequenino, com decoração transadinha e o mais importante, comida deliciosa. Valeu muito a pena!

Fomos depois passear na rua principal da cidade, que é repleta de lojinhas e restaurantes fofos, super aconchegantes. Me lembrou Búzios (RJ), só que é menor e as pessoas que frequentam me pareceram menos arrogantes…rs. Passeamos bastante e depois voltamos para o hotel. Dormimos que nem pedras.

Dia 2 – domingo (01/06/2014)

Acordamos por volta das 8h, tomamos um café da manhã bem gostosinho e quando pusemos os pés para fora do hotel rumo à rua principal, percebemos que estava começando a chover.

Achamos melhor fazer o checkout e seguir de carro para as outras atrações que queríamos conhecer. Quase paramos na Praia de Pipa, mas acreditamos em nossa anfitriã que a praia não era nada demais e seguimos viagem rumo ao MAIOR CAJUEIRO DO MUNDO.

Update: uma leitora do blog me disse que o maior cajueiro do mundo fica na verdade no Piauí e é conhecido como ‘Cajueiro Rei’. Fui averiguar no Google e é verdade! Veja como são as coisas…

Antes de estacionarmos o carro, fomos abordados por um vendedor bem simpático que nos ofereceu um mergulho nas piscinas naturais de Pirangi com uma promoção do tipo Pague 3, Leve 4. Como nem tinha dado 11h e o passeio do mergulho com lancha duraria no máximo 2h, topamos na hora. Olha o visual da praia…

Fomos só nós 4 de turistas na lancha e quando chegamos nas piscinas, confesso que me decepcionei um pouco. O rapaz tinha dito que o lugar onde as lanchas paravam era diferente do lugar em que os grandes barcos paravam, o que me fez pensar que seria algo exclusivo. Não é. Todos mergulham no mesmo lugar. Descemos da lancha com os snorkels da empresa e fomos em busca dos peixes coloridos prometidos. Vimos pouquíssimos, talvez porque a água estivesse bastante movimentada com a quantidade de gente que estava lá. Só conseguimos ver muitos peixes quando um dos guias ficou dando comida para eles, o que foi bem bacana, mas nem um pouco natural. Aproveitamos para tirar várias fotos e foi isso. Eu fiquei muito frustrada, mas acho que minhas amigas curtiram. Eu prefiro passeios ao natural, como foi em Nobres (MT) ou como vejo que é em Bonito, Noronha, Ilha Grande ou Abrolhos (fiz com meus pais na infância). Depois que saímos das piscinas, passamos por várias praias maneiras, como a de Búzios, que é repleta de casarões de veraneio e por ter muito vento, tem muita gente praticando kite surf. O mais maneiro ali foi ver vários golfinhos nadando! Foi muito mais emocionante para mim, estando “protegida” na lancha. Passamos até por uma praia que é praticamente privativa (cujo nome não me lembro, mas que é bem bonita).

Voltamos renovadas do passeio e fomos direto para o famoso cajueiro. Gente, ele é realmente incrível. Uma semente só, plantada há mais de 120 anos, gerou uma ÚNICA árvore que ocupa um quarteirão (e continua crescendo). Olha que lindo:

Achei o lugar extremamente organizado, com guias que tiram todas as suas dúvidas. Eles disseram que no verão é possível colher os cajus (+ de 70.000 frutas) e tudo é oferecido aos visitantes. Legal, né? Ao redor do cajueiro, tem uma feirinha com muito artesanato bacana, mas não sei até quando ficará lá, pois pelo que o guia falou, eles devem ser retirados de lá para dar mais espaço para o cajueiro crescer. Maneiríssimo, vale muito a pena a visita!

Pegamos o carro e fomos rumo às Dunas de Genipabu, que fica a meia hora de Natal, só que ao Norte. Quando chegamos em Natal, estávamos famintas mas com pressa, então paramos para comer rápidas tapiocas em um restaurante que vimos por acaso. No caminho para Genipabu, passamos em frente às praias que ficam bem perto da favela Mãe Luiza, em Natal. Evitem ao máximo ficar nelas, apesar de elas terem piscininhas e serem bastante atraentes. Ouvimos que são bem perigosas.

Depois da ponte, andamos um pouco e paramos no posto de gasolina Shell, que minha amiga já conhecia. Neste posto, tem uma placa enorme sobre os passeios de buggy nas Dunas de Genipabu, com vários telefones. Ligamos para o primeiro celular  (84 8805 7098) e para nossa sorte, um bugueiro estava disponível e foi nos buscar lá no posto. Compramos o passeio das Dunas Móveis e Dunas Fixas e pagamos R$180 para as 4 (pelo que entendi, o preço independe da quantidade de pessoas no buggy e o máximo que dá no carro são 4 pessoas, para nossa sorte). Seguimos no buggy para as dunas, mas confesso que estava com expectativa baixa, talvez pelo cansaço da correria dos passeios. Quando chegamos nas dunas móveis, tivemos uma SURPRESA MUITO AGRADÁVEL. O lugar é lindo, tem uma paz incrível e as estripulias do guia com o buggy realmente são de arrepiar. Achei várias vezes que fôssemos capotar, mas nada ruim aconteceu, felizmente. 🙂

Eu fiquei sentada na parte traseira do buggy, na ponta esquerda e acho que é a pior posição, porque praticamente todas as curvas são daquele lado. Pedimos com emoção e realmente foi com muita emoção! Para nossa tranquilidade (e sua também), o guia nos explicou que os bugueiros que rodam nas dunas têm que fazer um curso que dura 8 meses e a licença dura somente 1 ano, ou seja, eles sempre são avaliados para continuar trabalhando por lá. Deu um alívio quando ele falou isso, mas não verifiquei a veracidade…rs.

Seguimos para as dunas fixas e paramos depois numa lagoa, sempre tirando muitas fotos. No final, fomos para a região onde estão os dromedários (animais semelhantes aos camelos, mas possuem somente uma lombada).Vimos um pôr do sol FABULOSO de lá, com a praia de Genipabu embaixo e com pouquíssimas pessoas ao redor para atrapalhar a paz do lugar. Foi perfeito! Nossa amiga que mora em Natal até nos disse que acha que é o melhor horário para visitar ali, porque até o início da tarde está tudo cheio sempre. AMEI TUDO NESTE LUGAR! As dunas são lindas, o visual da cidade de Natal ao fundo é demais, a energia do lugar é leve, as manobras do guia são realmente com emoção, enfim, passeio completo. Se tivesse que voltar e só pudesse escolher entre 1 dos 3 lugares que visitei nessa viagem, com certeza seria Genipabu.

Saímos de lá com a ajuda do GPS, fomos para casa nos arrumar e depois fomos jantar no restaurante Camarões no bairro de Ponta Negra, para fechar a viagem com chave de ouro. Que restaurante lindo, que comida deliciosa, e o melhor: o preço é tranquilaço, se comparado aos preços praticados no Rio de Janeiro. Um prato com muitos camarões para 2 custou uns R$80/ R$90. Bom, né? Mas ó, se liga…não dá para ir com trajes de banho não. A parada é chiquetosa.

A hora de ir embora estava chegando e um aperto no peito começou, como sempre. Eu adorei as cidades que visitei, adorei matar a saudade de minha amiga e gostei muito do povo potiguar. Lembrou a minha Bahia <3

Fizemos uma horinha até irmos para o aeroporto, que agora seria no novo terminal, recém inaugurado. Saímos da casa de nossa amiga meia noite, pois o taxista que agendamos disse que precisaríamos de 1h até lá (o vôo era às 02 e pouco). Saca a distância pro cara dizer que precisa de 1h na madrugada, sem trânsito? Bizarro. E para piorar, ele ficou falando o tempo inteiro como o trajeto para lá era perigoso e que tinha muito assalto. Péssimo. Pra completar, a conta deu R$150 para nós 4. Furada. Fiquei com pena de pessoas que vão viajar para Natal e vão descer neste aeroporto. Os taxis de ida e volta darão R$300, que é quase o preço da passagem promocional que eu paguei. É muita coisa para uma pessoa só.

É isso, gente. Em um final de semana, acho que deu para ver os pontos principais ao redor de Natal, mas ficou faltando explorar a capital potiguar mesmo. Acho que tem muitos lugares legais para conhecer no RN e por isso, pretendo um dia voltar com mais calma para explorar e contar aqui.

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Comentários

0 resposta

  1. Oie adorei seu post, li tudinho com muita atenção, vou estar por lá dia 08/12 e quero curtir bastante com meu esposo e filho. Minha preocupação só é que pegamos um pacote pela CVC pela falta de conhecimento e vamos ficar em um hotel em pipa, super distante de tudo, a CVC leva até o hotel e de lá agente se vira, já procurei e juntei o máximo de informações sobre buggys para passeoi e etc, mais mesmo assim se tratando de um lugar totalmente desconhecido fica aquele medinho básico rs. E para fazer passeios até Ponta Negra e Genipabu de onde vamos ficar é super longe não sei se vai ser possivel fazer o passei e voltar antes de anoitecer para o hotel. Bom, mais não vejo a hora, sou casada a 20 anos, e por incrível que pareça esse será nosso primeiro passeio juntos, meu marido tinha esse desejo de conheçer pipa, então lá vamos nós.
    Abraços e obrigada por sua dicas. bjs

  2. Adorei o seu relato,eu até consegui viajar com vc,mas só puxando sardinha pro meu estado do Piauí, principalmente ao nosso litoral o maior cajueiro do mundo fica em Cajueiro da Praia, litoral do meu Piauí, mas fora isso,vc arrasou nas descrições, amei e quando vier ao Nordeste venha conhecer o Litoral do Piauí e Venha em minha barraca na Praia de Atalaia-Pi: Sorriso Das Ondas, será bem recebida

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