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Mochilões e Mochilinhas

5 dias em Salzburgo no inverno

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Dia 1 – sábado (20/12/2014)

Chegamos em Salzburgo por volta de 11h e fomos ao centro de informações do aeroporto confirmar como ir até nosso hotel, que ficava fora do centro da cidade. Pegamos dois ônibus (10 e 21, pagando 2,50 euros por pessoa em cada um deles) até lá e apesar de não haver nada escrito/falado em inglês dentro do ônibus e nos pontos em que ficamos esperando, conseguimos chegar direitinho.

Nosso hotel #1

O hotel é afastado do centro, como falei acima, mas tem um ponto de ônibus bem perto com os horários dos ônibus nos dias de semana, sábados, domingos e feriados. Todos os pontos de ônibus da cidade têm essas timetables, então é só olhar antes de sair para passear para não esperar muito tempo.

Escolhemos o Bloberger Hof (nota 9.2 no Booking) para esta primeira parte da estadia na cidade.

Ele é uma casa muito aconchegante, com estilo bem chalézinho, tem um visual lindo dos alpes austríacos, um restaurante bem avaliado no TripAdvisor e os seus donos são muito simpáticos e prestativos. Nos deram um quarto com camas de solteiro juntas, mas assim que perguntei se poderia trocar para um quarto com cama de casal, a dona nos passou para um com uma vista linda da montanha. Adoramos!

Deixamos nossas coisas no quarto e saímos para passear. Pegamos o ônibus 21 em direção ao centro da cidade e descemos bem perto do rio Salzach. Este rio corta a cidade ao meio e é do lado da Cidade Antiga que fica a maioria das atrações. Foi deste lado que descemos e começamos a passear, com a ajuda de um mapa que pegamos no aeroporto e com o guia que levamos da Áustria.

Nosso primeiro Mercado de Natal

Entramos em um Mercado de Natal que tinha na praça DomPlatz e achei-o simplesmente maravilhoso com suas lojinhas fofíssimas com decorações natalinas e energia contagiante. Todos estavam radiantes! Comemos alguns lanches típicos para dar uma segurada na fome, pois não queríamos parar em um restaurante para almoçar com tanta coisa nova para ver, né?

Salzburger Dom

Depois fomos na primeira catedral da cidade, a Salzburger Dom, com capacidade para 10 mil fiéis e amamos seu interior com arquitetura barroca. A primeira catedral da cidade foi construída no século VIII, mas depois de tantas reformas e um incêndio, os arcebispos decidiram reerguê-la com a ajuda de um arquiteto italiano, deixando-a pronta em 1628. Olha só que linda:

De lá, fomos passeando pela beira do rio e passamos por uma praça com muitas charretes e um artista vestido como Mozart, que para quem não sabe, nasceu em Salzburgo e é o grande orgulho da cidade. Além dele, a cidade também tem orgulho de ter sido o cenário do filme Noviça Rebelde.

Entramos na Franziskanerkirche, que é uma igreja gótica que sofreu diversas intervenções em sua arquitetura na época em que assumiu o posto de catedral da cidade, enquanto a Dom estava sendo reerguida. Encontramos um quiosque que vendia um franguinho maravilhoso, que forrou super bem nossos estômagos. Que comida gostosa essa austríaca, hein…

Entramos depois na bela Kollegienkirche, consagrada em 1707. Ela é considerada um dos prédios barrocos mais bonitos da cidade e impressiona por causa da excelente entrada de luz em cima dela. Para nossa sorte, quando entramos nela, conseguimos ouvir o coral ensaiando e aproveitamos para relaxar. Amo corais de igreja! 🙂

Getreidegasse / Goldgasse

Saímos e fomos para a rua mais famosa da cidade, a Getreidegasse, que é somente para pedestres e todas as lojas têm seus nomes estampados em placas metálicas lindas. Uma delícia andar por esta rua, mesmo estando bem movimentada. Passamos depois por outra rua famosa, a Goldgasse, que também é uma rua de pedestres, famosa pelas joalherias. É bem bonitinha e é mais estreita que a primeira.

Ficamos andando pelo centro da cidade até anoitecer, porque a energia do lugar estava deliciosa. Quando as lojas e mercados de natal começaram a fechar, pegamos nosso ônibus de volta para o hotel. Jantamos por lá mesmo, já que vimos que o restaurante tinha uma boa nota no TripAdvisor (#9 do ranking de 493 restaurantes, na época). Adoramos a comida, mas o atendimento não é lá essas coisas, porque realmente é um restaurante familiar, com equipe pequena e sem muita extravagância. Tem que ir para lá com paciência. Pedimos o prato mais famoso da Áustria, um Schnitzel e estava ótimo! O melhor de tudo foi chegar no quarto em menos de 2 minutos, sem precisar pegar transporte.

Ah, reparem que só visitamos lugares gratuitos neste dia. Foi de propósito! Continue lendo para entender o porquê…

Dia 2 – domingo (21/12/2014)

Aproveitamos este dia para entrar nas atrações pagas da cidade e compramos o Salzburg Card, que permite que você entre em vários pontos turísticos de graça, além de ter transporte incluído. Custou 23 euros por pessoa para 24h e pelas nossas contas, valeu bastante a pena. Existem cartões para 48h e 72h também, então vale a pena olhar no site os valores e as atrações incluídas.

Festung Hohensalzburg

Fomos direto para a fortaleza Festung Hohensalzburg, que é a atração principal da cidade e fica bem no topo da montanha de Festungsberg, na Cidade Antiga. Ela foi construída no séc XI, durante as guerras entre o Sacro Império Romano Germânico e o Papado, mas a aparência atual dela é do século XVI. Ela é linda por fora, lá de baixo, e de perto também, quando você faz o tour por ela, mas não vá esperando um castelo com salas impressionantes. Ela é uma fortaleza, então as instalações são bem mais simples, claro. A vista que você tem de lá de cima é de tirar o fôlego – muito, muito linda! Ah, detalhe importante: subimos com o funicular FestungsBahn, que também saiu de graça com este cartão, e voltamos a pé pelas ruelas que existem ao redor da fortaleza. Achei ótima a combinação, porque a subida a pé pareceu bem cansativa, principalmente com a quantidade de roupa que estávamos usando por causa do frio.

Residenz

Depois da fortaleza, entramos na Residenz, que é a sede do príncipe-arcebispo de Salzburgo, regente secular e religioso de toda a província e fica bem em frente à catedral da cidade e à ResidenzPlatz . Fizemos o tour lá também e achei que valeu muito a pena, porque os State Rooms são lindos de morrer. Pena que não dá para tirar fotos, então se quiser ter uma ideia, veja as fotos do Google aqui. Esse tour leva você para uma galeria com obras do século XVI a XIX, para essas salas que estão no link, para dentro da Dom, só que no andar superior onde está o órgão, e para dentro do mosteiro que tem ali, com uma exposição bacana sobre a vida deles.

Andamos até o Museum der Moderne Monchsberg, de onde pegamos um elevador até o topo, para ver a vista da cidade lá de cima. O museu em si não nos interessou, mas para quem gosta de Arte Moderna, pode ser uma boa. A vista lá de cima, conforme esperávamos, é linda também e vale muito a pena! Andamos lá por cima e passamos uma uma muralha muito bacana, que depois descobrimos que tem uma trilha que vai até a fortaleza.

Stift St Peter

Descemos pelo elevador mesmo e fomos para a abadia beneditina Stift St Peter, que é a única abadia do século VII que está intacta na Europa. A igreja e o mosteiro foram construídos nos séculos XII e XIII, respectivamente, mas foram reformadas depois, nos séculos XVII e XVIII. Ali é onde está o cemitério mais antigo da cidade, onde está enterrada a irmã de Mozart, para quem se interessar. Você pode visitar também o restaurante mais antigo da Áustria, o St Peter Stiftskeller, que é o restaurante mais antigo da Europa com mais de 1200 anos de história.

Mozart Geburtshaus

Depois de lá, fomos na casa onde o Mozart nasceu em 1756 e morou até os 17 anos, a Mozart Geburtshaus, que fica naquela primeira rua de pedestres que comentei aí em cima (Getreidegasse). É um prédio de 5 andares e a casa dele ficava no último andar. Senti falta do material real da família dele, mas achei que valeu a pena a visita. Saímos de lá, atravessamos o rio e fomos para a outra casa de Mozart, a Mozart Wonhaus (ou Mozart Residence), que foi reconstruída depois da segunda guerra. Faltava menos de meia hora para fechar quando nós entramos, então tivemos que dar uma corridinha para ver tudo.

Pegamos o ônibus para o hotel, porque tínhamos que nos arrumar para o nosso super jantar com concerto no restaurante mais antigo da cidade, o St Peter Stiftskeller. Tivemos uma péssima surpresa com o horário do nosso ônibus no dia de domingo, pois ele só passava praticamente de hora em hora, então acabamos pegando um táxi (10 euros).

Nos colocaram em uma mesa com mais 5 mulheres, 3 da África da Sul e 2 da Austrália. Conversamos bastante enquanto esperávamos pela comida e concerto. Eu achava que jantaríamos e depois veríamos o concerto (ou vice versa), mas logo percebemos que as músicas se intercalavam com os pratos do jantar, deixando a espera pela comida muito mais agradável e dinâmica. Os músicos eram excelentes e a sala que jantamos estava lindamente decorada! (Custou 65 euros, sem bebida)

Saindo na segunda-feira (22/12/2014)

Tomamos um café da manhã delicioso no hotel, fizemos check-out e aproveitamos que nosso cartão ainda estava válido para pegar ônibus de graça até o centro da cidade. De lá, pegamos um ônibus até Bad Ischl e depois um trem para Hallstatt, mas você pode ler tudo sobre esse passeio neste outro post aqui.

De lá depois fomos para Melk, Viena, Budapeste e Bratislávia (veja o resumo da viagem de 16 dias aqui) e voltamos para Salzburgo para aproveitar mais uns dias e pegar o vôo de volta para Dublin. Continue lendo para saber o que fizemos por lá. 🙂

Voltando na quinta-feira (01/01/2015)

Pegamos um trem na Bratislávia e chegamos na estação principal de trem de Salzburgo por volta de 18h, completamente rodeada de neve. Que delícia ver a cidade agora com neve! Pegamos o ônibus #2 até nosso segundo hotel na cidade, o Best Western Plus Amedia Art, que foi o mais barato que encontramos para o fim da nossa viagem.

Nosso hotel #2

Ele fica longe de tudo, mas se você souber os horários dos ônibus que passam ali perto e te levam para as atrações, é tranquilo. O Best Western Plus Amedia Art é moderno, confortável, mas achei um absurdo ter apenas uma pessoa para a recepção e bar em um dia que certamente estava cheio, porque o recesso de fim de ano terminaria apenas no dia 04/01. Pegamos algumas filas para falar com este único atendente da recepção e ainda por cima, ele não era a simpatia em pessoa. Não estávamos nos sentindo bem para sair para jantar, então eu fui até uma lojinha de conveniência (SPAR) bem perto e comprei algumas coisinhas para lancharmos no quarto mesmo e tomarmos café da manhã no dia seguinte.

Dia 3 – sexta-feira (02/01/2015)

Saímos do hotel super animados com a quantidade de neve que tinha nas ruas. Deu vontade de fazer boneco de neve em todo lugar. <3

Palácio Mirabel

Fomos direto para o famoso Palácio Mirabel, que fica na Cidade Nova, pois é onde filmaram o filme Noviça Rebelde e nós adoramos o filme. Em 1606, a área onde está hoje o palácio foi usada pelo arcebispo Wolf Dietrich para construir uma mansão bem mais simples para sua amante e seus 15 filhos. Em 1727, von Hildebrandt reconstruiu o palácio em estilo barroco, que foi quase totalmente destruído em um incêndio em 1818. Os jardins são muito famosos, assim como a Escadaria dos Anjos, mas infelizmente não conseguimos ver tantos detalhes porque estava tudo coberto de neve. Ah, não é possível entrar no palácio porque agora é um prédio do governo.

Entramos na igreja em frente ao palácio, a Andrakirche, e depois seguimos para o outro lado do rio, para visitarmos o convento beneditino Stift Nonnberg, fundado em 714, mas destruído quase que integralmente em um incêndio no século XV. Este convento é o da Maria Von Trapp, personagem principal do filme Noviça Rebelde. Só visitamos a igreja, que é bem bonita, mas subimos para apreciar a vista que é linda.

Fomos andando até o Kapuzinerkirche und Kloster, que é uma igreja e um mosteiro em cima de uma montanha também, a Kapuzinerberg, que fica na Cidade Nova. Achamos uma escada perto de onde o mapa nos mandava subir e lá fomos nós. Depois de alguns minutos, chegamos até a igreja St Johann am Imberg, de 1681, e para nossa felicidade, já deu para ver uma parte da vista. Continuamos subindo até o topo (total de 250 degraus) e ficamos apaixonados pelo visual. Acho que foi a vista mais linda de toda a viagem, porque é a Cidade Antiga bem na sua frente, com a fortaleza, Dom, etc. Ficamos bastante tempo lá…

Fomos almoçar/jantar no restaurante Sternbrau, de 1542, e pedimos pratos típicos deliciosos. Não lembro o nome do que eu comi, mas Celo pediu de novo o Schnitzel, que segundo ele, não estava tão bom quanto o do Bloberger Hof.  Voltamos para o hotel com a esperança de acordar cedo no dia seguinte para irmos esquiar.

Dia 4 – sábado (03/01/2015)

Não conseguimos sair cedo do hotel e quando chegamos na estação de trem, por volta de 11h, fomos até o guichê da OBB e falamos que queríamos esquiar no lugar mais perto dali. A vendedora nos explicou que poderíamos pegar um trem ao meio dia para St Johan im Pongau, que demoraria 1 hora, mas como os lifts fechavam por volta de 16h,  teríamos na prática umas 2 horas de diversão. Dado o custo do trem (60 euros por pessoa, ida e volta) e o custo de aluguel do equipamento (uns 20/30 euros por pessoa), achamos que não valia a pena gastar tudo isso só para 2 horas de diversão. Saímos um pouco frustrados de lá, mas assim que passamos no guichê de informações para ver o que poderíamos conhecer a mais, a atendente nos deu uma dica ótima, que preciso compartilhar: Cable-Car Untersberg.

Cable-Car Untersberg

Este teleférico fica um pouco fora da cidade, custa 21 euros e acredite, sobe mais de 1800 metros em uma montanha da região. Com o cartão Salzburg (23 euros), ele sai de graça. Compramos o cartão ali mesmo com a atendente, pegamos o ônibus 25 em direção ao teleférico e quando subimos fomos surpreendidos por um visual de tirar o fôlego. Os alpes estavam ali na nossa frente e nós podíamos brincar a vontade na neve, como queríamos fazer quando estivéssemos esquiando. Aliás, se você tem o seu material de ski, pode esquiar ali na montanha mesmo, pagando só o teleférico. Acho que vale bem a pena, porque vimos várias pessoas fazendo isso. Depois de muita brincadeira na neve, paramos para comer em um restaurante que tem lá em cima, bem aconchegante por sinal. Acho que a família que nos atendeu mora ali no segundo andar, ou seja, a 1800 metros de altura. Fiquei com vontade de perguntar, mas fiquei só na vontade mesmo… Será que moram mesmo? Como será a vida ali?

Quando chegou perto da hora de pegar o teleférico de volta, o tempo começou a fechar e a neblina tomou conta. Ainda bem que chegamos cedo e conseguimos aproveitar o visual, porque teve gente que chegou quando estávamos descendo e, portanto, não viu nada. 

Palácio HellBrunn

Pegamos o ônibus 25 de volta para a cidade e decidimos parar no famoso Palácio HellBrunn, que era a antiga residência de verão do arcebispo Marcus Sitticus. Ele fica no meio do caminho entre o teleférico e a cidade e como sabíamos que o próximo ônibus passaria em 20 minutos, foi o tempo que tivemos para conhecer o Palácio apenas por fora. O legal dele é o jardim e as fontes ornamentais, mas como estava tudo nevado, não conseguimos ver tão bem.

Voltamos para o hotel, descansamos e saímos para jantar no Augustiner Brau, que é uma cervejaria fundada em 1621 por monges. Lá é meio esquema self-service, então você vai até o balcão pedir as canecas enormes da cerveja que eles mesmos fazem, e do outro lado você escolhe o que comer das lanchonetes que estão lá. No verão, rolam umas mesas enormes do lado de fora, no estilo Biergarten, mas nós ficamos dentro do salão mesmo, que tem uma decoração interessante. Tanto a comida como a cerveja estavam ótimos. Valeu a pena!

Dia 5 – domingo (04/01/2015)

Nosso vôo para Dublin saía por volta das 14h, mas chegamos umas 11h no aeroporto (ônibus 2), porque queríamos aproveitar a gratuidade do ônibus do Salzburg Card. Pensamos também em comprar bebidas no duty free, porque vimos que nos supermercados da cidade elas eram muito mais baratas se comparadas a Dublin, mas só nos deparamos com coisas caras e desconhecidas. Foi mega frustrante. Para piorar, o aeroporto é mini, então tivemos que ficar sentados esperando, porque não tinha mais nada para vermos. Não rolou chave de ouro nesse final…rs.

Se pudesse voltar ao tempo, eu ficaria brincando na neve e pagaria pelo bus!

Para saber mais sobre essa viagem que fizemos, veja os posts abaixo:

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