Dia 1 – sábado (30/04/2016)
Aproveitamos o feriado do dia 02/05 (segunda) e a estação das tulipas na Holanda (normalmente entre março e maio todos os anos) e compramos passagens de Dublin para Amsterdã. Como não pegamos dias de folga, acabamos pagando um preço salgado pela passagem, mas no final das contas valeu a pena!
Chegamos na capital holandesa às 9h30 e ainda dentro do aeroporto, compramos nossas passagens de trem para o hotel. Fomos direto em uma maquininha amarela no meio do saguão, colocamos a estação do nosso hotel (Amsterdam RAI) como destino e pagamos com o cartão de débito 8.50 euros já com as taxas para nós dois. Depois foi só olhar nos monitores e ir para a plataforma certinha…
Descemos na estação de trem e em menos de 5 minutos caminhando, chegamos ao Motel One Amsterdam. Este hotel fica longe do centro (20 minutos no bonde 4), mas é super moderno, os funcionários são muito simpáticos e foi um dos mais baratos que encontramos para o feriado (considerando avaliações acima de 8 no Booking). Pagamos 238 euros para 2 diárias (valor de alta temporada) sem café da manhã, mas foi só pagar 9.50 euros para ter direito ao buffet livre. Adoramos!
Coloquei no mapa abaixo o nosso hotel (em azul), o aeroporto (em verde), o jardim das tulipas – Keukenhof (em laranja) e as principais atrações que visitamos ou apenas passamos em frente (em vermelho):
Ah! Compramos o guia TOP 10 Amsterdam (DK Eyewitness Travel) para ajudar no roteiro. Uma mão na roda com o mapa da cidade destacável.
Deixamos as nossas bagagens no hotel por volta de 11h/12h e como o quarto ainda não estava liberado, fomos bater perna no centro. Vimos pelo Google Maps que o melhor era pegarmos o bonde 4 ali perto, então lá fomos nós para a estação. Compramos com o funcionário que estava dentro do bonde um ticket de transporte livre para 48h por 12.50 euros por pessoa, porque o unitário custava 2.90 e pelas nossas contas valia a pena. Algumas fotos do bonde e das tarifas (ficou ruim, sorry):
Descemos em uma estação perto do Begijnhof e nos deparamos com uma barraquinha com comidas rápidas tradicionais holandesas. Pedimos o prato mais típico, segundo o nosso guia da cidade e o vendedor: arenque cru com alguns temperos no pão. Eu achei um horror (rs), mas o Celo adorou. Acho que vale experimentar, né?
Seguimos até o Begijnhof, um jardim secreto com casas elegantes, uma igreja e uma capela, que recebeu reconhecimento oficial de retiro monástico em 1346. O lugar é bem tranquilo (nem dá para perceber que você está em uma capital européia) e cerca de 100 mulheres solteiras moram nas casas ali existentes. Não deixe de reparar na casa #34, que é uma das duas únicas casas de madeira ainda existentes (ela é toda preta) e uma das casas mais antigas da cidade. Ela foi construída antes de 1521, quando criaram uma lei para banir a construção de casas de madeira por causa dos incêndios. Outro ponto interessante é que a capela que está escondida dentro de duas casas é a primeira capela clandestina da cidade, tendo sido construída na época em que a cidade virou protestante e por isso os católicos só podiam rezar escondidos.
Andamos pelo canal da avenida Singel até a Dam Square, praça considerada o coração da cidade. Nela estão o Koninklijk Paleis (Palácio Real), a Nieuwe Kerk (Igreja Nova), a loja de departamento mais famosa do país – De Bijenkorf -, entre outros prédios lindíssimos. O Nationaal Monument, um obelisco de 22 metros no meio da praça, é uma homenagem aos holandeses mortos na Segunda Guerra Mundial. Neste dia, um parque de diversão estava no meio da praça e deu para comer uns petiscos bem gostosos, como as típicas batatas fritas holandesas e um cachorro quente especial.
Passamos no Magna Plaza, um shopping bem charmoso, e fomos encontrar a família do Celo perto do Museu Anne Frank. Eles ficaram duas horas na fila, mas pelo menos conseguiram entrar! A gente tentou comprar ingressos com antecedência pela internet, mas estava tudo esgotado (e olha que olhamos uns 2 meses antes…). Vale a pena checar antes da sua viagem para evitar essa fila. Eu e Celo fugimos da fila da tarde (uma loucura!!!) acabamos voltando à noite, por volta de 21h, então a fila estava bem menor. (li essa dica em algum blog, não lembro qual). Em compensação, tivemos que nos apressar um pouco, porque o museu fechava às 22h (vou contar mais sobre a experiência daqui a pouco).
Sentamos com nossos queridos no ‘t Smalle, um café bem recomendado de frente para um canal charmoso. Descansamos um pouco até que eles precisaram sair para resolver uns assuntos e nós continuamos passeando pelas ruas dos canais. Que bairro agradável! Que vontade de morar em uma das casinhas fofas e fazer tudo andando ou de bicicleta…
Informação importante: CUIDADO COM OS CICLISTAS!!! Eles estão por todos os lados e não são muito pacientes. Acho que estão de saco cheio dos turistas desavisados que atravessam as ruas sem olhar para os lados, tipo nós. Ah, além das bicicletas circulando por todos os cantos, é bem comum ver motos nas calçadas e ciclovias também, então atenção redobrada!
Paramos na loja De Kaaskamer para comprar uma das coisas que a Holanda tem de melhor: queijos! Pedimos ajuda à vendedora e acabamos comprando um Gouda maravilhosoooooo, que inclusive teve a sua metade devorada durante o nosso passeio a pé. Recomendo!
Seguimos andando com calma para a região do Rijksmuseum, Van Gogh Museum e o famoso letreiro I AMSTERDAM. Passeamos pelo parque florido aproveitando o sol (algo raro em Dublin!) e acabamos nem entrando em nenhum dos museus, que são muito bem avaliados e estavam inclusive no nosso guia de TOP 10 atrações da cidade. Cogitamos entrar no museu do Van Gogh, mas como a fila estava enorme e não somos fãs dele, acabamos desistindo na mesma hora. Se realmente quiser ir, recomendo a compra com antecedência pela internet (principalmente se você for na alta temporada). Quem sabe um dia a gente entre, né? Neste dia, preferimos aproveitar para passear.
Encontramos a família de Celo novamente e almoçamos no restaurante italiano Dante, que é bem moderno e espaçoso (estávamos com dois carrinhos), se comparado aos outros abertos naquele horário estranho de almoço (16h). Comida boa, mas nada que tenha mudado a nossa vida… Ah, atenção aos horários de funcionamento dos restaurantes! A maioria não fica aberta depois das 14h/15h. 🙁
Passeamos com calma pela cidade, passando pelo Red Light District (bairro onde as garotas de programa se exibem em vitrines com luzes vermelhas em cima) e quando era perto de 21h, eu e Celo entramos na fila do Museu Anne Frank. Eles colocaram placas ao longo da fila avisando quanto tempo faltava para entrarmos, então não ficamos sem saber se íamos conseguir ou não. A nossa plaquinha dizia 30 minutos, então como o museu fechava às 22h e eles dizem que você precisa de 45 minutos para ver tudo, fizemos as contas e achamos que valia a pena a espera. Para nossa sorte, acabamos entrando um pouco antes do previsto e conseguimos ver tudo com uma certa pressa.
Para quem não sabe, este museu é famoso por ser a casa onde uma garotinha judia chamada Anne Frank e sua família se esconderam dos nazistas durante a Segunda Guerra Mundial. Eles ficaram escondidos com mais outra família no anexo da casa por aproximadamente 2 anos, até que alguém os entregou e os nazistas os capturaram. Anne e sua irmã morreram no mesmo campo de concentração de tifo, mas o pai delas sobreviveu dentro do seu campo e quando voltou para Amsterdã, encontrou o diário de sua filha. Neste diário, a garotinha escreveu tudo que estava vivendo, pensando e sonhando e todo o tour é realmente muito tocante. Recomendo assistirem ao filme (ou lerem o livro) antes de irem para lá. Ah, NÃO PODE TIRAR FOTO LÁ DENTRO. Por favor, respeite isso! Vi algumas pessoas sem noção fazendo selfie. Ô raiva…
No caminho para pegarmos o bonde 4 para o nosso hotel, paramos na Dam Square e compramos lanches deliciosos de parque de diversão. Jantar prático para fechar o dia! 🙂
Dia 2 – domingo (01/05/2016)
O dia mais esperado da nossa primavera: visita ao jardim mais lindo do mundo! <3
Tomamos um café da manhã maravilhoso no hotel e saímos por volta de 10 horas em direção à praça Leidseplein. Fomos até lá porque é de lá que sai o ônibus para o jardim das tulipas Keukenhof. Na verdade, são várias etapas…vou explicar melhor abaixo.
Nós compramos os ingressos pela internet com bastante antecedência, porque ficamos com medo dos ingressos se esgotarem já que o lugar é lindo demais e só abre durante 2 meses do ano (março a maio – veja as datas específicas de cada ano antes de se programar). Depois de ter visto a quantidade de gente no nosso dia, começo a achar que não há limite de quantidade de ingressos por dia. Não sei se isso é bom ou ruim… 🙁
Compramos os ingressos no site oficial (clique aqui) e pagamos 29 euros por pessoa para ter direito ao transporte desde Amsterdã. O ingresso apenas para o jardim, sem transporte algum envolvido, era 16 euros por adulto, e se eu soubesse de todo perrengue para chegar lá, acho que teria alugado um carro e comprado esse ingresso mais barato. Menos stress e talvez saísse só um pouco mais caro. Olha os detalhes do nosso ingresso (sem nossos detalhes, claro):
Descemos na tal praça Leidseplein, encontramos a família do Celo e caminhamos até o ponto de ônibus indicado pelo Google Maps para pegarmos o ônibus 197, conforme indicado no nosso ingresso. Mostramos nossos ingressos para o motorista, que quase nos ignorou, e a jornada que era para durar 40 minutos, durou 1 hora.
O ônibus 197 nos deixou no aeroporto Schiphol e quando vimos a fila para o próximo ônibus do lado de fora do aeroporto, foi desanimador. Cogitamos pegar um táxi que coubesse todo mundo, mas os preços estavam entre 60 e 80 euros. O jeito foi ficar na fila, algo que levou pouco mais de uma hora. Finalmente pegamos o segundo e último ônibus (número 858) para o Keukenhof e thank God pegamos lugares sentados: a jornada que era para levar uns 20 minutos levou mais de 1 hora por causa do trânsito. Mas pelo menos uma parte da estrada teve essa vista, olha:
Quando chegamos ao jardim, foi desanimador também ver a quantidade de gente acumulada para entrar, mas não demorou nem 10 minutos para conseguirmos estar lá dentro. Me senti na Disney em época de férias, sabe? O bom é que uma vez lá dentro, todo o perrengue parece valer a pena! Olha que entrada linda:
Os canteiros são encantadores, com muitas cores intensas, e os caminhos vazios passam uma paz deliciosa. Pena que foram raros os momentos que conseguimos curtir o visual sem ter uma pessoa sem noção pisando no jardim no meio das flores, mesmo com vários avisos pedindo o contrário. Fora os 500 mil paus de selfie que ficam no seu caminho e as poses ridículas das pessoas que só pensam em postar no Instagram e Facebook. Sério, cada vez que vejo essas caras e bocas e 500 fotos na mesma posição, penso em como meus avós e pais foram felizes sem essas bizarrices. Parem com essas bocas de pato ridículas!!! Precisei desabafar, sorry. 🙂
Agora algumas fotos lindas para você se apaixonar também (espero que possa visitar esse lugar um dia!) :
Paramos para comer em um dos restaurantes de fast food dentro do jardim e apesar de bem cheio, conseguimos sentar em uma das mesas e sair de lá pouco depois de 1 hora. Passeamos pelo lago principal, pelos canteiros, brincamos no parquinho com as crianças e até visitamos um moinho daqueles bem holandeses. Ali perto do moinho, tem uma fazenda de tulipas com cores lindíssimas, mas se você quiser ir lá, vai ter que pagar mais por isso (acho que entre 20 e 30 euros, pelo que vi). Tem um canal entre o jardim e a fazenda, então nem pense que vai dar para dar uma escapadinha…rs. Nós decidimos não pagar e tirar fotos de longe…olha que coisa mais linda!!!
Depois do moinho, entramos em uma loja de souvenirs ali perto e olha a surpresa que tive: um senhorzinho fazendo em tempo real aqueles tamancos de madeira bem tradicionais! Muito legal 🙂
Saímos do jardim por volta de 18h e o percurso da volta foi o inverso do da ida, mas menos demorado para a nossa sorte. Quando chegamos em Amsterdã, rodamos um pouco nas ruas com canais e depois sentamos no restaurante Trattoria Caprese. Ambiente aconchegante e cara de restaurante dos locais, sabe? Tipo aquele italiano favorito da família. Tudo que comi e bebi estava ótimo!
Depois do jantar, nos despedimos da família e pegamos nosso bonde para o hotel. Apesar dos perrengues iniciais, tivemos um dia lindo, principalmente porque estávamos com pessoas muito queridas com a gente. Obrigada pela companhia, amores! <3
Dia 3 – segunda (02/05/2016)
Tomamos novamente o café da manhã maravilhoso do hotel e descansamos um pouco antes do check out. Deixamos nossas mochilas com os funcionários e saímos para passear pela cidade, já que nosso vôo de volta para Dublin era apenas às 22h.
Quando entramos no bonde 4, nossos ingressos não valiam mais, porque acabamos perdendo um pouco a hora. Acabamos comprando a opção de bilhete único (2.90 cada) e meia hora depois, estávamos andando pelo Bloemenmarkt, famoso mercado flutuante de flores da cidade. Confesso que estava esperando algo mais impressionante e flutuante de um jeito que balançasse um pouquinho, sabe? Mas não…é uma daquelas ruas com canais com lojas que na verdade estão dentro dos canais, mas estão bem seguras. Flores e produtos de todos os tipos para todos os gostos. Como deu vontade de ter um jardim! 🙂
Passeamos pela cidade sem pressa, compramos alguns queijos gostosos para petiscar e depois entramos no SexMuseum. Lemos algumas avaliações boas e como custava apenas 4 euros e parecia interessante, lá fomos nós. No final do tour, falamos “ainda bem que só custou 8 euros para nós 2”, if you know what I mean (fraco, fraco, fraco).
Em frente ao museu, estão várias empresas de barcos que fazem passeios pelos canais e nós fizemos a m*&¨% de escolher a mais barata e provavelmente a pior delas, a PLAS. Barcos enormes com poucas janelas abertas, vidros sujos e arranhados e muita madeira para estragar toda a experiência. Fora que os funcionários não são nem um pouco simpáticos e você é obrigado a ouvir o tour em umas 4 línguas. Não é cada um com seu fone de ouvido e o idioma escolhido, sabe? Enfim…custou 10 euros por pessoa, ao invés dos 15/20 das outras empresas e se eu pudesse, teria insistido mais no barquinho pequeno sem cobertura, porque o dia estava lindo. Não caia nessa roubada, por favor! Eu só caí porque o Celo disse que vendia bebida no barco…acho que me imaginei em um daqueles passeios de saveiro com música de micareta, sabe? Hahahaha. Olha que igual *sqn*:
Mas, independente do barco, tripulação e áudio, passeamos por lindos canais, aprendemos algumas coisas sobre as casas e outras construções, e uma hora depois já estávamos de volta.
Andamos até a Oude Kerk (Igreja Velha), mas quando íamos entrar, vimos que tinha que pagar. Acho bem chato pagar para entrar em igreja, então ficamos só apreciando por fora mesmo. Passamos na Dam Square e tentamos entrar na Niewe Kerk (Nova igreja), mas ela atualmente abriga exposições e você tem que pagar para entrar. Só fomos até a bilheteria. Ah, os outros prédios da praça, que antes estavam escondidos pelo parque de diversão:
Atravessamos o canal e fomos na loja de queijos Reypenaer, que tem uma opção mais deliciosa que a outra. Quando fizemos escala em Amsterdã no dia que nos mudamos para Dublin, compramos um kit com 3 queijos e todos eram maravilhosos – falei mais sobre isso neste post. Isso me marcou e fiz questão de entrar lá de novo e comprar umas delícias para nossa casa. Recomendo muito!
Atravessamos o canal e decidimos sentar no Café Van Zuylen, que tinha umas mesas do lado de fora bem em cima do canal. O dia estava lindo, então sentamos ali fora, bebemos umas cervejas e pedimos uns petiscos que estavam maravilhosos. Antes de pegarmos o bonde 4 para o nosso hotel, paramos no bar De Drie Fleschjes, que parecia bem interessante com os seus muitos barris. Algumas cervejinhas depois, pedimos a conta e fomos embora. Pegamos o bonde 4 para o hotel, pegamos as nossas mochilas e na estação de trem compramos o trem para o aeroporto em uma maquininha amarela típica. Em menos de 20 minutos, já estávamos dentro do aeroporto e aproveitamos para beber umas últimas cervejinhas holandesas antes de voltar para casa.
—
Gostou do post? Comenta aqui embaixo e compartilha depois com os amigos! Se for viajar para Amsterdã, veja logo abaixo o que a cidade tem de melhor de atrações: