Dia 1 – segunda – feira (30/03/2015)
Morro de São Paulo é uma ilha na Bahia que fica a três horas de catamarã/lancha de Salvador, mas para quem não gosta tanto de barco, dá para dirigir 2 horas até Valença e de lá pegar um barco por apenas 30 minutos.
Nós saímos direto da capital e compramos o transfer com antecedência no site da empresa Rota Tropical, pois lemos relatos de pessoas que não conseguiram comprar na hora. Pagamos 150 reais por pessoa para a ida e a volta e tivemos que reservar os horários das duas viagens no site, sem nenhum stress. Chegamos meia hora antes do embarque para pegar os vouchers e aproveitamos para passear no Mercado Modelo, que fica em frente ao terminal de onde sai o barco para Morro. A lancha saiu pontualmente às 10h30 e o trajeto durou 2h30 com menos balanço do que o esperado.
Morro é uma ilha linda que impressiona os turistas logo de cara. A água do mar transparente e a ladeira bem na entrada da ilha deixam os turistas boquiabertos (positivamente e negativamente, claro). Assim que desembarcamos, pagamos uma taxa de 15 reais, que independe da duração da estadia (idosos não pagam) e tomamos coragem para subir o ladeirão. Fomos abordados por muitos homens com carrinhos de mão, oferecendo frete para nossas bagagens até o hotel por R$30/R$40, mas dispensamos porque estávamos com pouca coisa. A caminhada até nosso hotel demorou uns 20 minutos e para nossa sorte, existia uma especie de calçada de madeira que ajudou bastante na hora de empurrar uma das malinhas.
A ilha tem um centro bem badalado que fica perto do píer e depois de algumas descidas, você chega até a Primeira Praia, Segunda Praia e assim sucessivamente. A Primeira Praia é mínima e bem sem graça, mas a Segunda em compensação é a mais animada da ilha, com muitos restaurantes transadinhos. Nós ficamos na Terceira Praia, que é menos movimentada que a Segunda, mas eu sinceramente acho que é o melhor lugar para ficar. Tem restaurantes mais baratos e fica ao lado da Quarta Praia, que é uma delícia por ser pouco movimentada.
Nossa Hospedagem
Ficamos na pousada Bizu Aradhia, pois precisávamos de um quarto triplo e as opções eram poucas na Terceira Praia. As fotos no Booking.com não mostraram o acabamento ruim dos banheiros, assim como outros problemas que vimos, então rolou uma decepção no final das contas. Alguns exemplos de problemas que vimos: não tinha chuveirão para depois da praia, a piscina ficou fechada durante o dia para limpeza, o café da manhã é bem básico e com moscas, o hotel não oferece sabonete/shampoo e ainda faltou água no primeiro dia. Tirando esses problemas, preciso dizer que a localização é excelente e que o restaurante do hotel é bem gostosinho, mas não sei se ficaria lá novamente.
Almoçamos no restaurante do hotel, que fica de frente para o mar e estava com preços ótimos. Pedimos uma moqueca de camarão para duas pessoas e pagamos R$50 reais no prato! Que delícia, hein? Pedimos lagostas e caipirinhas também, e tudo estava bem gostoso. Para minha surpresa, encontrei um amigão da adolescência, que acabou ficando com a gente até ele ir embora da ilha. Tudo de bom!
Fomos na agência ao lado da nossa pousada, a CoralTur, e reservamos para o dia seguinte o passeio de lancha que dava a volta na ilha. Pegamos uma lancha para nós 6 por R$600 o dia todo, com direito a paradas em vários locais para mergulho e almoço. O melhor? Tudo com o nosso ritmo e privacidade. O rapaz disse que podíamos levar o isopor da empresa com as nossas bebidas, então passamos em um depósito que tinha ali perto e compramos 2 packs de 15 latinhas de SKOL (R$25 cada pack) e outras bebidas. Deixamos já gelando, para garantir para o dia seguinte.
Depois da reserva do passeio, fomos para a Quarta Praia. Que delicia de mar, viu…água quentinha, ondas pequenas, pouca gente, sol a pino…ah, a minha Bahia! <3 Ficamos algumas horas ali e quando começou a escurecer, voltamos andando pela Terceira Praia, mesmo com a mará já cheia, sem muita areia para andarmos. Para meu azar, pisei em uma abelha que estava na areia e o ferrão entrou no meu pé e machucou pacas. Que dor e coceira horrorosas!!! Voltamos para o hotel e tivemos a desagradável surpresa de não ter água para tomar banho. Esperamos o rapaz ligar a bomba e depois de meia hora, nos arrumamos para jantar. Fomos na Pizzaria Chez Max, que ficava bem pertinho do nosso hotel e ficamos surpresos com qualidade da pizza. Pedimos duas grandes com 4 sabores deliciosos e a conta deu R$50 por casal. 🙂
Dia 2 – terca – feira (31/03/2015)
Tomamos um café da manhã bem básico na pousada e fomos em direção à nossa super lancha para o passeio de dia todo. As bebidas estavam geladíssimas, o tempo estava lindo e todos estavam bem animados, inclusive o nosso marinheiro Patrick.
A primeira parada foi em GARAPUA, um lugar com piscinas naturais maravilhosas. Olhem que visual demais:
Ficamos uma hora curtindo o lugar, aproveitando a máscara de snorkel (R$10 o aluguel) para ver os poucos peixes que ainda estavam ali, mesmo com os barcos de turistas por perto. Água do mar quente e transparente, sem nenhuma onda, perfeita para relaxar. De lá, fomos para BOIPEBA, bem no encontro do rio com o mar. Não achei tão bonito o lugar onde paramos, mas valeu para petiscarmos frutos do mar gostosos e tomarmos um banho de mar com ondas. Achei bem carinho o restaurante, mas pelo menos não pagamos pelas bebidas, já que estávamos com nosso isopor (acho que é bem comum isso). Boipeba tem piscinas naturais e outras praias maravilhosas também, mas dessa vez, não passamos por elas, pois o marinheiro disse que estavam fechadas. Devem valer a pena pelas fotos que já vi!
Navegamos pelo rio, com um visual de mangue incrível, com muito verde ao redor. Paramos em um restaurante flutuante, conhecido pelas ostras frescas. Comemos muito ali! Foi ostra, caranguejo e lambreta a rodo, sempre com muita caipirinha gelada e água de coco. Olha que delícia:
O único detalhe é que se você quiser ir no banheiro, tem que mergulhar ali mesmo e ir. Nojento, né?
Passamos depois em um vilarejo para abastecer a lancha e depois fizemos a nossa última parada antes de voltar para a ilha principal. Descemos em uma ilhota super gostosinha, pouco antes do sol se pôr. Que surpresa agradável, viu.. Pôr do sol lindo demais! Só um detalhe aqui: para meu azar novamente, uma água viva encostou em mim e fiquei toda ardida. Atenção quando estiver lá!
A lancha parou bem em frente ao nosso hotel e nós fomos descansar antes de sairmos para jantar. Dessa vez, fomos no restaurante Marilyn, que fica na Segunda Praia, e pedimos carne de sol e frango, para variar um pouco dos frutos do mar. Estava tudo bom, mas nada demais não. Achei caído pois cobraram couvert artístico para o DJ que estava tocando umas músicas muito nada a ver. =/
Dia 3 – quarta – feira (01/04/2015)
Depois do café, fomos mergulhar na Terceira Praia e quando cansamos de lá, mudamos para a Quarta Praia. Que vida dificil, hein… 🙂 Voltamos do banho de mar exaustos e paramos para almoçar no restaurante Santa Luzia, onde pedimos uma moqueca de polvo e outra de camarão bem gostosinhas. Nesse dia nós conhecemos uma criança de 11 anos que mora na ilha e que trabalha nas suas horas vagas ajudando agências de viagens, lanchonetes de açaí e outras pessoas conhecidas. Passamos o dia todo com ele e pudemos ver como uma criança local pensa, brinca, estuda etc. Ficamos tristes quando ele nos falou que sua escola estava sem aulas porque a professora que vem de Valença não conseguia chegar em Morro por causa de uma greve dos caras que fazem transporte entre esses dois locais. No entanto, ficamos mais tristes ainda quando sentamos com ele no restaurante e pedimos para ele ler o cardápio, e ele depois de muito esforço, não conseguiu.
Descansamos no hotel e saímos para jantar no restaurante número 1 da ilha segundo o TripAdvisor, Cantina Barolo, que fica ao lado do nosso hotel, de frente para o mar. É um restaurante italiano com menu degustação que custa R$49 por pessoa e varia de acordo com o dia, mas sempre tem duas entradas, prato principal e sobremesa. O lugar é bem pequeno e o dono é o próprio garçom, sempre com muito humor e muito sotaque italiano. Bebemos um vinho indicado por ele e a experiência foi super agradável. Recomendo muito!
Dia 4 – quinta – feira (02/04/2015)
Decidimos ir de bicicleta até a Quinta Praia, ou Praia dos Encantos, tendo como guia o nosso amigo mirim que conhecemos no dia anterior. Pegamos 4 bicicletas sem marchas e até sem freios, mas estávamos tão animados com a ideia que nem ligamos muito para isso. Pagamos R$120 para o passeio que deveria durar 2 horas (15 reais por hora por bicicleta) e lá fomos nós! Saímos relativamente cedo, quando a maré ainda estava baixa, e por isso a gente conseguiu ir pedalando pela areia das praias. Atravessamos dois rios e um mangue, até que chegamos no nosso destino. Praia linda também, mais deserta ainda, com água quente e sem ondas. Paraíso, meu Deus!
Ficamos de bobeira e depois voltamos por dentro da ilha, pois a maré já tinha enchido e pedalar na areia ficou impraticável. Foi aí que tudo desandou. Achei o percurso por dentro da ilha muito sem graça e com muita terra fofa. Atolamos algumas vezes, engolimos muita terra dos carros que passaram e o pior, tudo isso com muito sol na cabeça e poucas sombras no caminho. O que mais me deixou chateada é que eles falaram na agência que tanto a ida quanto a volta de bicicleta demoraria trinta minutos, algo que ao meu ver é impossível de acontecer indo por dentro. Me senti enganada e ainda tive que pagar mais quando voltamos para a agência, já que no final das contas, ficamos umas 3 horas com as bicicletas. Não recomendo este passeio, definitivamente.
Fomos almoçar no restaurante argentino Peter II, que fica no centro e é bem interessante. Pedimos dois lomos argentinos, empanadas e caipirinhas e tudo estava delicioso. Saiu mais caro que os restaurantes anteriores (R$50 por pessoa com as bebidas), mas achamos que valeu a pena porque comemos uma boa carne. Aproveitamos que ainda estava sol e fomos mergulhar na Segunda Praia.
Voltamos para o hotel, descansamos e nos arrumamos para jantar. Decidimos ir jantar no restaurante da pousada mais gracinha que vimos na ilha, a Minha Louca Paixão. Pedimos uma moqueca de polvo e uma moqueca de camarão e nossa, estavam ótimas. Foram as melhores moquecas que comemos em toda viagem. Recomendo também.
Dia 5 – sexta – feira (03/04/2015)
Depois do café da manhã, fomos andando até a Quarta Praia. A maré ainda estava bem baixa, com o mar a quilômetros da gente, então só ficamos na barraca Piscinas Naturais apreciando o visual, deixando a preguiça tomar conta da gente. Tomamos cervejinhas geladas e comemos queijos coalhos, uma paixão de infância minha. Que manhã deliciosa! 🙂
Saímos de lá por volta de 14h e fomos almoçar no restaurante Santa Luzia de novo. Dessa vez pedimos dois peixes grelhados com vários acompanhamentos, todos ótimos também. (R$75 reais para duas pessoas, com as bebidas).
Andamos pelo centro da cidade e aproveitamos para ver o pôr do sol de um mirante que fica bem perto do lugar de onde as pessoas descem de tirolesa, bem perto do farol. As duas vistas são lindas, então a subida bem cansativa vale super a pena.
Nessa noite, acabamos não saindo para jantar, porque o cochilo durou mais que o previsto. Ê canseira boa…
Dia 6 – sábado (04/04/2015)
Tomamos café da manha, arrumamos nossas coisas e por volta de 10h saímos do hotel. Dessa vez, aceitamos pagar R$20 para levarem nossas bagagens até o píer e fomos andando sem muita pressa apreciando os últimos detalhes da ilha. Antes de embarcarmos, tivemos que pagar uma taxa de R$0.90 por pessoa (porque este valor, né?) e às 11h30, nosso barco zarpou rumo a Salvador. Dessa vez, fomos de catamarã, barco quase totalmente fechado e por isso, muito abafado. Tive que sair algumas vezes para a parte da frente descoberta, para tomar um vento e melhorar do enjôo. Eu achei bem pior do que a lancha, mas meus pais acharam a melhor opção… Vai de cada um, né?
Foi isso. Espero que tenha gostado! Qualquer dúvida, me manda uma mensagem ou deixa um comentário aí em embaixo! 😉
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