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Mochilões e Mochilinhas

4 dias em Marrakech, capital do Marrocos

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Partiu conhecer nossa primeira cidade africana: Marrakech!

Dia 1 – quarta-feira (28/09/2016)

Pegamos um vôo da RyanAir em Dublin às 15h55 e chegamos na capital marroquina perto de 20h, ou seja, voamos por pouco menos de 4 horas (lá é o mesmo fuso). Assim que descemos no aeroporto, preenchemos um papel antes de passar pelo controle de passaporte (leve sua caneta, porque lá não tem) e depois de alguns minutos na fila e de atendimento ruim, fomos à procura do transfer que reservamos direto com o nosso Riad (hotel típico marroquino) pelo valor de 20 euros para nós 2.

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Quando chegamos ao saguão principal do aeroporto, tomamos um susto quando não vimos o rapaz com a placa com nossos nomes.  O saguão estava praticamente vazio, então saímos do aeroporto para ver se o cara estava lá do lado de fora. Quando não vimos ninguém, decidimos voltar para dentro do aeroporto, mas fomos impedidos por alguns policiais na porta. Falamos sobre o transfer e eles nos disseram para andar até uma muvuca no estacionamento, que era onde os caras de transfer ficavam. Gelamos na hora, né…

Andamos até aquela confusão de gente e em pouco tempo avistamos o rapaz com uma placa com o nome do Riad Signature, o nosso. Entramos com ele em uma van preta e percebemos que ele entrou na parte murada da cidade (Medina) e depois saiu, e depois entrou, e depois saiu e aí eu me dei conta que em nenhum momento ele perguntou meu nome ou escreveu meu nome na placa. Por alguns segundos tive raiva de mim por ter entrado em um carro sem confirmar esta informação e rezei para não ser um golpe, principalmente porque as ruas por onde passamos eram bem feias e escuras. Para meu alívio, algum tempo depois ele parou o carro e disse que tínhamos chegado, com uma expressão bem tranquila. Descemos do carro, fomos apresentados a um outro rapaz com um carrinho de mão para as malas e tivemos que andar com ele por umas ruelas escuras e estreitas até chegar ao nosso Riad. Achei este o momento mais tenso da viagem…

Entramos no Riad Signature – nota 9.4 (75 euros a diária com café) mega aliviados e fomos recebidos pelo dono, um francês gente boa chamado François. Deixamos as nossas malas no quarto (recebemos um upgrade…ae!!!), conversamos um pouco com ele e depois subimos para jantar no terraço. Nós também reservamos com antecedência este jantar – 18 euros por pessoa – porque lemos que sair para jantar já no primeiro dia de viagem é um pouco assustador (e é mesmo!). Provamos pratos típicos deliciosos, tomamos um vinho marroquino bem gostoso e relaxamos bastante naquele lugar aconchegante.

Algumas fotos para vocês:

Quando descemos para dormir, percebemos que o quarto estava fresquinho e nem precisamos ligar o ar condicionado. Ô coisa boa… Eu adorei a decoração, a nossa varandinha, o fato de sempre ter uma garrafa enorme de água para gente e também os potinhos do banheiro com shampoo/sabonete/condicionador. Ah, por causa da grossura da parede e da porta do nosso quarto, o wi-fi não pegava lá dentro. Isso foi chato em alguns momentos, porque tínhamos que sair para o patio central do Riad para dar notícias, mas ajudou a gente a descansar mais.

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Dia 2 – quinta-feira (29/09/2016)

Acordamos sem pressa e fomos para o pátio central do Riad, onde ficam as mesinhas de café da manhã. O mesmo funcionário que nos serviu no dia antetior colocou o café da manhã em nossa mesa e nos deixou aproveitando a refeição e admirando a decoração do pático. Achei tão agradável o lugar, mas confesso que queria mais comida…rs.

Depois do café, François nos mostrou um mapa com as principais atrações da cidade e fez questão de andar conosco até a praça principal, Jemaa el-Fnaa. Ela fica bem perto do nosso Riad (550 metros, segundo ele) e o caminho é um labirinto tenso, então achei essa primeira vez com ele bem importante para conseguirmos nos localizar depois. O meu “tenso” aí em cima é porque as ruas são muito estreitas e jegues, bicicletas, motos e pedestres passam nos dois sentidos. Para piorar, as lojas deixam algumas mercadorias na rua, então andar no meio daquilo tudo junto é realmente complexo. A dica de François foi: sempre ande pela direita e nunca atravesse sem olhar para os dois lados, porque ninguém vai parar para te dar preferência. Demoramos um pouco para nos acostumar com essa falta de gentileza, mas aprendemos na marra…

OBS: Antes de começar a falar sobre o nosso roteiro, coloquei as atrações que visitamos no mapa abaixo para você ficar já por dentro (é só clicar nos pins para ver os nomes). Se quiser saber mais detalhes sobre elas e sobre o resto do nosso passeio, é só continuar lendo! 😉

Legenda: pin verde – aeroporto / pin vermelho – hotel / pins amarelos – restaurantes / pins azuis – atrações.

[googlemaps https://www.google.com/maps/d/embed?mid=1Ue04iSA-kJrtIJ-juSMXO1MZtPM&w=670&h=480]

A praça Jemaa el-Fnaa é a principal da cidade e o seu nome faz referência ao tempo em que as cabeças dos criminosos eram expostas em lanças no local (cruzes!!!). Ela tem um formato peculiar com lojas e restaurantes nos seus arredores e seu centro é ocupado por encantadores de cobras, tatuadoras escondidas em burcas, acrobatas, barracas de suco de laranja, homens com macacos acorrentados e vendedores de diversas coisas. Pela praça circulam pedestres, motos, bicicletas, charretes e carros e como não há sinalização, quase fomos atropelados algumas vezes.

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Passeamos um pouco, tiramos algumas fotos e andamos até a principal mesquita da cidade, a Koutoubia, cujo minarete de 69 metros de altura pode ser visto de diversos locais da cidade. Tiramos fotos por fora (a entrada é proibida para não muçulmanos) e voltamos para a praça depois de atravessar com cuidado a avenida principal da cidade, Mohamed V (aprendemos que toda cidade no Marrocos tem a sua avenida principal com este mesmo nome).

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Quando estávamos na praça, decidimos observar uma cobra naja em uma das barracas e logo fomos abordados por um vendedor que disse que podíamos olhar à vontade e depois pagar o que quiséssemos. Ela estava no chão da praça embaixo de um guarda-sol, então foi bem fácil vê-la naquela posição arrebitada, sabe? O vendedor chegou com uma outra cobra nas mãos e insistiu em colocá-la ao redor de nossos pescoços, mas eu consegui mostrar o meu nojo com bastante clareza, enquanto o Celo acabou aceitando depois de tanta encheção de saco. Tirei algumas fotos e rezei para a cobra não fazer nada com ele, e como já esperávamos, aquela história de “pague o quanto quiser” era uma balela. O cara cobrou 20 euros pelos 2 minutos em que estivemos lá e depois de discutirmos com ele, pagamos 5. Que momento tenso e triste…acho um horror financiar esse tipo de turismo, mas foi isso que deu ser curiosa.

Saímos da barraca estressados (não é maneiro discutir com um homem mal humorado rodeado de amigos) e a primeira coisa que fizemos foi sair da praça. Andamos em direção à primeira atração turística paga da viagem, Saadian Tombsmas é claro que nos perdemos de leve, né? Pagamos 1 euro por pessoa (10 dirham) para visitar esse lugar que abriga 66 tumbas da realeza desde o século XVI. O lugar é pequeno, mas é lindamente decorado, então aqui vão algumas fotos para você apreciar:

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O calor estava insuportável, mas como ainda estávamos sem fome, paramos em algumas lojas para ver os produtos locais. Como os vendedores são chatos…explicam tudo sem você pedir nenhuma informação, ficam te seguindo o tempo todo, sempre falam que tudo é original e barato e que a grama do vizinho é menos verde…rs. Compramos algumas besteirinhas graças a insistência deles e decidimos parar para almoçar no restaurante Le Tanjia, que tem um terraço de frente para a Place des Ferblantiers. 

Adorei a decoração do lugar, a vista da praça, o fresquinho do terraço, as cervejas marroquinas e o mais importante, a comida, mas o atendimento foi muito ruim. Para piorar, percebemos que eles têm um esquema que parece lavagem de dinheiro: todas as contas chegavam com pratos a mais e aí eles riscavam os valores e pediam para a gente pagar o valor menor (correto), voltando com as contas lá para dentro. Eu tentei tirar uma foto da conta (adoro guardar os valores para posteridade), mas o cara me proibiu e ali o Celo confirmou a teoria dele. Gelamos na hora com o susto…

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Tentamos entrar no Palais el Badique fica bem perto dali, mas ele estava em obras e fechado ao público. Passamos em uma loja incrível de cerâmicas antes de irmos para a próxima atração. Olha que sonho:

Saímos de lá e entramos no Palais Bahiaconstruído no final do século XIX para o seu dono e suas 4 esposas e 24 concubinas,  e adoramos os pátios e quartos decorados, principalmente os tetos. Tudo por 10 dirham (1 euro) por pessoa.

Olha essas portas, que coisas mais lindas:

Voltamos para o hotel e descansamos na piscina do terraço até a hora do jantar. Não é nenhum resort marroquino (há vários!), mas achei extremamente agradável ficar lá em cima, principalmente porque não tinha nenhum hóspede além de nós.

Pegamos recomendação de restaurante com o François e sua esposa e fomos jantar no Cafe Kessabineque tem um terraço bem legal de frente para a praça principal. Adoramos a comida e o atendimento, mas o melhor foi o preço. Dá uma olhada no cardápio com os preços em dirhams (1 euro = 10 dirhams aprox). Jantamos felizes e até repetimos a dose no dia seguinte!

Dia 3 – sexta-feira (30/09/2016)

Tomamos café da manhã e depois andamos até a avenida principal da cidade (Mohamed V) para pegar um taxi até o Jardin Majorelle. O dono do nosso Riad disse que era o jeito mais fácil e econômico de ir até lá, mas nos alertou para os preços absurdos que os taxistas costumam cobrar. Sabíamos que um preço justo era 30-50 dirhams, então só aceitamos fazer a corrida quando um taxista cobrou 40. Fique atento! Você tem que negociar o preço antes de entrar no carro. (PS. Veja outras dicas para Marrakech neste post.)

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Este jardim fica na parte nova da cidade e portante o trajeto é um pouco demorado mesmo. Pagamos 70 dirhams por pessoa (7 euros – caríssimo para Marrakech) e entramos no jardim que o Yves Saint Laurent comprou e renovou em 1980. O lugar conta com mais de 300 espécies de plantas do mundo todo e tem uma paz deliciosa, principalmente quando os turistas fãs de selfies não estão por perto. Passeamos sem pressa e aproveitamos o fresquinho das sombras das árvores…

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Saímos de lá, compramos um sorvete para refrescar em uma lanchonete bem em frente e decidimos andar pela área nova da cidade, achando que teria algo de interessante para ver. Nada. Só avenidas largas e prédios grandes. Uma furada. Pegamos um taxi pelo mesmo valor da ida e voltamos para a cidade antiga.

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Andamos até a Medersa Ben Youssefque na minha humilde opinião é o prédio mais impressionante da cidade e custa apenas 20 dirhams por pessoa (2 euros). Esta universidade islâmica foi fundada no século XIV e abrigou cerca de 900 alunos enquanto existiu. Que arquitetura incrível…olha só:

Passamos depois no Maison de la Photographie de Marrakech (40 dirhams – 4 euros por pessoa) e curtimos a exposição com fotos da cidade e do país ao longo do tempo. Para terminar, subimos no terraço do museu e vimos essa vista legal:

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Na volta para o hotel, passeamos pelos souks, mas eu só consigo me lembrar o nome de um: Souk Semarine. Os souks são os mercados da cidade, com ruas que formam labirintos enormes, com lojas por todos os lados. São muitas cores, muitos cheiros, muitos sons, muita gente, muitos produtos e claro, muita negociação.

Saímos de lá exaustos mentalmente e achamos melhor almoçar por perto. Escolhemos o Cafe Restaurant Arganaque fica na praça Jemaa el-Fnaa e tem uma vista bem legal. A mesma comida dos outros restaurantes com preços nem muito caros nem muito baratos. Restaurante turistão, sabe?

Voltamos para o hotel para descansar e quando a fome apertou de novo, saímos para jantar em um restaurante bem avaliado perto do nosso hotel, o Arnica Montana. Nós éramos os únicos clientes e pedimos uma massa para variar um pouquinho do Tajine/Couscous de sempre. Comida boazinha, música ambiente legal também…foi bom ir em um lugar menos turístico. Em menos de 5 minutos já estávamos no quarto. 🙂

Dia 4 – sábado (01/10/2016)

Tomamos café da manhã sem pressa e subimos para descansar na piscina. Tomamos bastante sol, bebemos cervejinhas geladas (!!!), comemos petiscos e colocamos a leitura em dia. Quando não deu mais para enganar a fome, fomos almoçar no Un Dejeuner a Marrakech. Sentamos no terraço, pedimos pratos típicos, sucos de laranja e depois saímos para passear.

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Reservamos a tarde para passear sem pressa pelos souks, com direito a parar em várias lojas para negociar os preços absurdos que os vendedores cobram para gringos. Eu achei um barato pedir desconto em tudo que queria comprar, mas o Celo ficou muitas vezes com pena dos vendedores e aceitou os preços mais caros.

No final do dia, entramos no restaurante mais turístico da cidade, Cafe de Francemas foi por um bom motivo. A vista do terraço é simplesmente sensacional durante o pôr do sol. Valeu a pena fica sem wi-fi e ficar disputando lugar nas melhores mesas…

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Saímos de lá e até pensamos em comer alguma coisa na feira que é montada na praca todas as noites, mas andar na rua das barracas é impossível, porque todos os garçons ficam querendo que você pare ali, experimente isso ou aquilo, veja os preços, etc. Achamos um saco, ficamos estressados e acabamos apelidando aqui ali de “rua da morte”rs. É claro que não conseguimos ter paz para tirar uma foto…Se você quiser ir lá visitar, essas barracas ficam em frente ao restaurante Argana.

Decidimos jantar de novo no Cafe Kessabine, mas dessa vez pedi um omelete de queijo muito sem graça. Talvez o forte deles realmente seja comida marroquina…

Na volta para o hotel, experimentamos um biscoito de coco vendido por vários ambulantes no meio da praça. Não sei o nome, mas recomendo! Tente achar pela foto abaixo.

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Dia 5 – domingo (02/10/2016)

Tomamos o último café da manhã no Riad, fizemos checkout, deixamos nossas malas por lá e saímos para bater perna no último dia da viagem. Andamos até o museu  Dar Si Said (10 dirhams – 1 euro por pessoa) e olha, não sei se é porque estávamos com expectativas baixas, ficamos impressionados também. Ele foi construído pelo irmão do cara que construiu o Bahia Palace e apesar de o primeiro andar não impressionar muito, o segundo compensa. Achei tudo lindo demais!

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Depois do museu paramos para almoçar em um restaurante super transadinho e colorido, o Bakchich Cafe. Atendimento e comidas ótimos, e para o bem dos meus ouvidos, músicas internacionais de qualidade. Fechamos com chave de ouro o nosso passeio!

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Voltamos para o Riad a tempo de descansar um pouco no pátio central e às 17h, pegamos o taxi que o François reservou para nós por 7 euros (ele disse que o preço é tabelado). Chegamos em menos de meia hora no aeroporto, carimbamos os bilhetes da Ryanair, passamos pela segurança/imigração e depois lanchamos na sala de embarque enquanto nosso vôo não chegava.

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É isso!

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Se quiser saber mais sobre o que o Marrocos tem a oferecer, dá uma olhada nos passeios oferecidos pela Civitatis abaixo:

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