Seguindo o roteiro da nossa viagem de uma semana em Malta, dormimos 3 noites na ilha da Gozo. Os dois dias e meio que passamos lá foram divididos em Gozo e Comino, mas neste post vou falar apenas do que fizemos na primeira das duas ilhas.

Chegando em Gozo

Nós pegamos o ferryboat de Malta até Gozo no final do dia de quarta-feira, dia 21 de junho. Falei sobre a travessia e a chegada no hotel neste post.

Quinta-feira – 22/06/2023

Tomamos um delicioso café da manhã a la carte no nosso hotel e fomos conhecer o lugar que mais me chamou a atenção nas minhas pesquisas de Gozo: o Dwejra Inland Sea.

Na verdade, no roteiro inicial da viagem eu tinha planejado este dia para irmos para a Ilha Comino, pois eu queria logo “matar a atração principal” do país, a Blue Lagoon, mas como o filhote ficou doentinho no dia anterior, pedi para o hotel remarcar o passeio para sexta-feira pela manhã.

Este foi o roteiro que fizemos no dia:

Dwejra Inland Sea

Dirigimos por meia hora até esta atração e quando chegamos no estacionamento, me vi decepcionada com a vista. Eu esperava um lugar com muito mais água naquela piscina natural. Achei que poderíamos ficar na praia curtindo a água do mar sem ondas, mas achei a praia pequena, de pedras e não curti a vibe.

Seguimos para fazer o passeio de barco pelas grutas que ficam do outro lado do paredão de pedra, no mar aberto. Entendi pelo pouco que eu vi que o forte do lugar é realmente o mergulho, e como nós não queríamos fazer isso, fiquei com uma sensação de faltou alguma coisa, sabe?

O ponto auge do passeio foi quando atravessamos a fenda no paredão de pedras. Achei impressionante. As grutas do lado do mar aberto foram legais também, mas como o sol não estava batendo ali na hora, nem achei tão impressionantes como as da Blue Grotto (contei tudo aqui).

De qualquer forma, adoramos a experiência. Sempre bom ver coisas bonitas com os filhotes!

Almoço e praia em Ramla Beach

Dirigimos por meia hora até a Ramla Beach, que foi a praia indicada pela recepcionista do nosso hotel. Lá escolhemos o restaurante Il-Kcina tar-Ramla para almoçarmos. Comida OK, atendimento bom, vista linda. Paddy começou a sentir frio e logo vimos que ele estava com febre. Marcelo achou melhor ir com ele para o hotel e eu fiquei com meu irmão e Jujuba na praia depois.

Alugamos cadeiras e sombreiro na praia, mas não ficamos muito tempo. Eu estava preocupada com o filhote, estava ventando consideravelmente e quando fomos pra água, vimos que era pedra embaixo, e não areia. Difícil curtir a praia com havaianas e não os sapatinhos indicados para isso.

Piscina no hotel

Voltamos para o hotel e ficamos curtindo a piscina com uns bons drinks e petiscos. Que ambiente gostoso! Paddy melhorou, graças a Deus, e quando foi chegando a noite, achamos que devíamos ir na festa de São João na cidade de Xewkija. Havíamos visto placas pela ilha falando da festa e os funcionários do hotel também nos falaram dela, então lá fomos nós bisbilhotar.

Festa em Xewkija

Chegamos por volta das 19h lá, depois de nos perdermos algumas vezes, e fomos logo a procura de um lugar para nós jantarmos. Escolhemos um restaurante bem em frente a Igreja Batista de São João, que tinha montado uma estrutura com bar, cadeiras e mesas do lado de fora. Pegamos uma das mesas ali fora, pedimos drinks, hamburguer e pizza e ficamos esperando a festa começar.

Enquanto a festa não começava, fui visitar a igreja e achei-a impressionante. É lindíssima por fora, simples por dentro, mas me senti muito, muito bem ali. Recomendo a visita.

As pessoas começaram a chegar, o ambiente foi ficando animado, as crianças começaram a querer brincar e correr… a ansiedade foi aumentando. Como já estava perto das 21h, decidimos ir andando em direção ao início do cortejo, onde a maioria das pessoas estava indo. Colocamos as crianças no carrinho e fomos.

No meio do caminho, encontramos barraquinhas vendendo balão com luzes e estalinhos, e foi a diversão dos pequenos. Começamos a ouvir a música e seguimos em frente. Avistamos as pessoas aglomeradas e me senti em um carnaval de rua no Brasil. Que delícia de festa, gente! Muita gente animada, educada, muita família curtindo, sabe? Sério, fiquei realizada! As crianças adoraram, os adultos também….rs

Fomos embora incrédulos com o que tínhamos presenciado. Foi uma coincidência maravilhosa estarmos naquela ilha, naquele dia de festa. Aliás, dia não…dias… Ainda bem que conseguimos pelo menos aproveitar umzinho.

Voltamos para o hotel e as crianças dormiram no carro mesmo. Quer alegria maior? 🙂

Sexta-feira – 23/06/2023

Tomamos nosso café da manhã a la carte novamente e fomos nos preparar para o passeio de barco que tínhamos reservado para a ilha de Comino.

Eis que meu irmão precisou trabalhar e nós tivemos que remarcar o passeio para o período da tarde. Eu já tinha lido que no período da manhã a Blue Lagoon ficava mais vazia, principalmente se a gente conseguisse ir cedo desde Gozo, então foi bem frustrante saber que só teríamos a sexta a tarde para conhecer o lugar. Faz parte, né… não podemos ter controle de tudo nas viagens e tudo bem.

Ficamos na dúvida se passaríamos a manhã conhecendo a capital da ilha, Victoria, ou se iríamos em mais uma “casa do papai do céu” com as crianças, e acabamos escolhendo a última opção.

Este foi o roteiro do dia:

Basílica de Ta’ Pinu

Esta basílica foi construída na década de 1920 e impressiona pelo seu tamanho em uma região que não tem quase nada. Nós paramos o carro em um estacionamento logo em frente e atravessamos a estrada para conhecê-la. Esperamos uma missa terminar e lá fomos nós. Ela por dentro não é tão trabalhada assim, mas valeu a pena a visita. Se quiser saber mais, tem uma história interessante neste site.

Almoço em Hondoq Bay

Como nosso passeio de barco saía de Hondoq Bay e a recepcionista tinha dito que era um lugar bem interessante com um restaurante delicioso, decidimos almoçar e ficar fazendo hora por lá mesmo.

Conseguimos parar o carro bem perto da praia, no que parecia ser a última vaga disponível, e se não estivéssemos com tanta fome, teríamos ficado na praia mesmo. Que lugar gostoso e tranquilo, que água azullllllll…

Fomos no restaurante recomendado pela moça, o Hondoq Bay Cafe, e pedimos o prato de camarão que ela disse ser o melhor da ilha. Nossa senhora, que delícia!!

Demos a sorte de conseguir uma mesa rápido e pedimos uns 4 pratos desse camarão super bem temperado. Meu irmão depois se juntou a nós e curtimos bastante o ambiente cheio de plantas, para quebrar um pouco a aridez da ilha.

Quando chego a nossa hora, lá fomos nós para o tão aguardado passeio para Ilha de Comino. Vou dedicar um post só para ele, tá?

Jantando em Xaghra

Voltamos do passeio para o hotel, nos arrumamos e saímos para jantar. Meu irmão escolheu um restaurante chamado Al Sale, que tem boas avaliações para frutos do mar, e ligamos para fazer uma reserva. Nós adoramos o menu, a vista, o ambiente, a história, a comida que chegou na hora certa, mas demos azar de dois pratos demorarem muitooooo e fomos quase os últimos a sair de lá, com duas crianças caindo de sono. Enfim…acho que vale recomendar com essa ressalva, claro.

Voltamos super tarde para o hotel, mas felizes com o dia.

Sábado – 24/06/2023

Nosso último dia em Gozo, em Malta… dia de voltar para Portugal.

Tomamos nosso último café da manhã a la carte no nosso hotel boutique, arrumamos nossas malas e carros, fizemos o checkout e partimos para conhecer a nossa última atração na ilha.

Templos de GGantija

Dirigimos por uns 10 minutos até o principal sítio arqueológico de Gozo, os Templos de GGantija, que são considerados Patrimônio da Humanidade.

Esta é a construção humana erguida mais antiga do mundo e acredita-se que tenha sido construída entre 3600 e 3200 a.C !!!

Trata-se de dois templos com forma de mulher de grandes proporções que poderiam representar a fertilidade. Alguns dos megálitos que compõem essa construção têm mais de 50 toneladas, o que nos faz pensar que os construtores do Neolítico utilizavam técnicas muito avançadas de construção.

Ainda que o seu estado pareça mais deteriorado que os seus templos irmãos em Malta (Hagar Qim e Tarxien), é incrível que a base do templo tenha permanecido de pé até aos nossos dias. À semelhança de outros templos de Malta, em Ggantija foram encontrados ossos de animais, o que indica que o lugar seria utilizado para fazer rituais religiosos que incluíam sacrifícios animais. Os estudos arqueológicos também puderam detalhar que era bastante comum o uso de fogo dentro do templo.

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Compramos os ingressos e fomos explorar por nossa conta o lugar. Com o calor que estava fazendo, não deu para aproveitar com calma, mas achei bem interessante a exposição dos objetos encontrados e a construção em si. Acho que vale a pena explorar com calma esses lugares pelo país, e de preferência alugar um áudio guia para entender os detalhes. Quem sabe um dia a gente volte sem as crianças pedindo colinho o tempo todo…rs.

Ferry para Malta

Dirigimos para pegarmos o ferryboat para a ilha de Malta, pois tanto nosso vôo para Portugal como o vôo do meu irmão para a Itália eram no período da tarde.

Foi um trajeto triste, uma despedida ruim como sempre, mas ficaremos sempre com essas memórias gostosas de mais uma viagem juntinhos!

Almoço em Mdina

O marido pediu para darmos uma paradinha em Mdina para almoço rápido e ainda bem que eu tinha lido sobre um lugar bom que vendia os quitutes típicos do país, os pastizzis e qassatats.

Paramos o carro no mesmo estacionamento fora da muralha, entramos no Is-Serkin – Crystal Palace Bar e pedimos alguns de cada um deles. Atravessamos a rua, sentamos em um banco no jardim em frente e nos deliciamos com a vista da muralha de Mdina. Os dois são bem gostosos, mas bemmmm gordurosos…rs.

Aeroporto

Abastecemos o carro em um posto perto do aeroporto, entregamos o carro na locadora, estouramos um balão que o Patrick queria levar no avião mas a funcionária da Ryanair confirmou que não poderíamos levar (foi um dramaaaaa) e lá fomos nós para o vôo de 3h30 diurno mais longo de nossas vidas… Santa revistinha de atividades com brinquedos baratinhos!!! 🙂

Malta deixará saudades, com certeza!!!