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5 dias em Jericoacoara e Fortaleza

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1° dia – sábado (18/02/2012)

Chegamos em Fortaleza às 15h e o Jean (motorista do transfer 4×4 que contratamos ainda no Rio)  já estava nos esperando com uma Hilux prateada para irmos direto para Jericoacoara. Na estrada, excelente apesar de ser mão dupla, ouvimos desde RHCP até Aviões do Forró, passando por Chicana Kuduro (axé) e nos divertimos.

Depois de algumas horas de estrada, paramos em uma vila com alguns restaurantes e aproveitamos para comprar lanches típicos da região. Vale a pena dar uma olhada…tem muita coisa diferente, principalmente frutas locais. Seguimos viagem até a entrada da APA (área de proteção ambiental) onde Jericoacoara está e nos deparamos com diversos homens aguardando carros comuns chegarem. Eles são conhecidos como mulas e levam carros que não são 4×4 pelas dunas da APA até a entrada de Jeri. Continuamos no nosso carro e seguimos na escuridão (eram umas 19, 20h) pelas dunas da APA. Alguns jegues apareciam no meio do caminho, mas como fomos devagar não tivemos problemas.

O céu estava simplesmente maravilhoso, todo estrelado, assim como a temperatura. Ao chegarmos em Jeri, depois de 5h de estrada, nos deparamos na entrada da vila com um estacionamento enorme com muitos carros. SURPRESA: Só entram carros autorizados para manter a paz na vila. Sorrisos abertos! =)  Dá uma olhada aqui para saber como chegar até Jeri. Tem opção para todos os gostos e bolsos.

Nossa hospedagem em Jeri

Ao entrarmos em Jeri, passamos por ruas de areia estreitas, repletas de lojinhas, pousadas e restaurantes, que são responsáveis por iluminar a cidade. Que lugar aconchegante! Chegamos no nosso hotel Capitão Tomaz (bomzinho, mas nada de muito luxo não), nos arrumamos e tiramos alguns sapos do banheiro (rs…isso mesmo).

Fomos jantar em um restaurante perto do hotel e comemos pratos com frutos do mar maravilhosos, por preços bem mais em conta que no Rio de Janeiro. O meu camarão no abacaxi estava divino! Voltamos para o hotel cansados porém satisfeitos, com o feeling de que o carnaval em Jeri seria totalmente na paz, como queríamos.

2° dia – domingo (19/02/2012)

Acordamos e tomamos café da manhã do hotel de frente para praia…e que praia! Quilômetros e quilômetros de areia até chegar ao mar verdinho, com dunas bem brancas do lado esquerdo e um sol a pino. Visual paradisíaco. O café da manhã estava ótimo, com muita variedade de sucos, bolos e frutas.

Como já tínhamos reservado os passeios pela própria pousada por e-mail, saímos do café direto para encontrar o nosso bugueiro Geoules e o seu buggy vinho. Que amor de pessoa! Ficou conosco nos 2 dias de passeio, parando nos melhores lugares para passeio/fotos e sendo extremamente paciente com a nossa demora nos lugares mais encantadores. E o melhor, não atolou nenhuma vez, coisa que vimos acontecer com outros buggys.

O passeio de Buggy

O passeio do Geoules da Lagoa Paraíso inclui a Pedra Furada, a Árvore da Preguiça, a Lagoa Paraíso e a Lagoa Azul. Outros bugueiros não fazem tantas coisas…atenção hein!

Primeira parada: Pedra Furada

O buggy ficou parado em cima do penhasco, junto com todos os outros buggys e nós descemos e andamos pela praia até chegarmos à Pedra Furada. Caminhada de 30 minutos, bem tranquila. Visual bem legal e o principal, mergulho com direito a água do mar morna, super agradável. Fotos tiradas e seguimos em frente.

Segunda parada: Árvore da Preguiça

Depois de lá, paramos na Árvore da Preguiça, um dos símbolos de Jeri. Ela fica no meio das dunas, perto do mar,  sozinha, toda torta por causa do vento…parece que está deitada. É bonita, mas não achei nada demais.

Terceira parada: Pequena Lagoa para Ski Bunda.

Paramos em uma duna com uma pequena lagoa adjacente, para praticar ski bunda. R$5 podendo descer 3 vezes e cair na água. Experiência legal, apesar de não ter muita água na lagoa e não poder mergulhar com tudo.

Quarta parada: Lagoa Paraíso

Seguimos para Lagoa Paraíso. Passamos pelo primeiro restaurante, mas nem descemos do buggy, porque estava bem cheio. Fomos na parada seguinte, do Hotel/Restaurante Ouro Verde. Decidimos andar um pouco até a lagoa para apreciar o lugar e voltar logo depois para o restaurante. Não rolou…ficamos lá por muito mais tempo do que previmos. Este nome realmente é merecido. Lagoa paradisíaca, com redes presas a troncos de madeira na sua beira, podendo regular a altura delas e escolher o nível de imersão do seu corpo. Algumas barraquinhas com cadeiras de madeira, com ombrelones bem grandes e o melhor: o restaurante, que fica dentro do hotel no meio da mata, leva petiscos deliciosos e bebidas geladinhas na água até você. O auge da viagem. Ficamos horas lá,  beliscando e bebendo, até que nos demos conta de que tínhamos que almoçar lá no restaurante e seguir com o passeio. Saímos da lagoa, comemos no restaurante do hotel uma comidinha boa demais e seguimos em frente.

Quinta parada: Lagoa Azul

Seguimos para a Lagoa Azul, um pouco tarde até. Acho que já eram umas 16h. Paramos o buggy e pegamos uma jangada até o restaurante principal da lagoa. Só tinham uns 3 carros estacionados. A Lagoa Azul é bonita também, mas como chegamos tarde, a água não estava mais tão bonita, porque não tinha o reflexo do sol. Paramos no único restaurante que tinha, beliscamos uns petiscos e voltamos para o buggy, passando novamente pela jangada. Da Lagoa Azul fomos direto para a vila.

Chegamos no hotel, ficamos na piscina e depois nos arrumamos para jantar. Chuva forte de 30 minutos, alagando a cidade, toda de areia. Conseguimos chegar até o restaurante Pimenta Verde, que tinha sido indicado e realmente é uma delícia. Fica numa ruazinha calma e é bem pequenino, mas a comida vale a pena. Ao chegarmos no quarto, mais sapos no banheiro… fazer o que né? Natureza… Depois veio a pior parte: ver o estrago do sol nas nossas peles. Passar protetor 50 2x durante o dia não foi suficiente…lição aprendida. =P

3° dia – segunda (20/02/2012)

Acordamos e tomamos café da manhã novamente de frente para praia. Encontramos o Geoules e fomos fazer o passeio de Tatajuba.

Mais passeio de Buggy

A parte mais legal do passeio é andar rápido de buggy bem pertinho mar, por quilômetros e quilômetros…um vento danado, um sol mais do que forte e o melhor, um visual a-l-u-c-i-n-a-n-t-e. Cabelos arrumados para quê, né? Rolou sensação Titanic (ficando de pé no bug com braços abertos) e tudo o mais.

Primeira parada: Mangue

Paramos em um mangue que está quase todo destruído por causa dos ventos. Bem triste por sinal. Fotos aqui e lá, seguimos em frente.

Segunda parada: Travessia de barca

Tivemos que parar quando chegamos em um braço do rio, que desaguava no mar. Existe uma espécie de barco que leva os buggys em cima, apenas com os homens enfiando uns paus na areia e empurrando. Coisa de louco! Seguimos em frente até a antiga cidade de Tatajuba.

Terceira parada: Vila soterrada de Tatajuba

Chegamos na tão famosa vila de Tatajuba, que foi soterrada pelas dunas com o passar dos anos. Lá paramos para ouvir uma senhora, antiga moradora da Vila, que com muitas, mas muitas palavras, descreve como era a vida na Vila. É muito difícil de entender o que ela fala…não só pelo sotaque forte, mas também pela rapidez. Ela tem um papagaio que fica em seu ombro e interage com os ouvintes, indo até seus braços, comendo nas mãos e até mordendo a orelha e pescoço da senhora, sem ela se importar. Achei agoniante, mas a senhora pareceu feliz com ele. Seguimos em frente.

Quarta parada: Duna de Tatajuba

Paramos em uma duna que tem uma vista bem legal. Dá para ver algumas ruínas da antiga vila e muitas outras dunas menores.

Quinta parada: Lagoa de Tatajuba

Paramos finalmente na Lagoa de Tatajuba, que deixou a desejar, na minha opinião. A água é escura e como fomos para a Paraíso no dia anterior, estávamos com as expectativas lá em cima. A Paraíso e a Azul dão de mil a zero. Pedimos comida no restaurante e aproveitamos as redes dentro d´água. A comida estava mais ou menos…a lagosta estava sem gosto, mas em compensação, o camarão no alho e óleo estava ótimo. É sorte né? Ficamos lá por algumas horas e seguimos para ver os cavalos marinhos…ou pelo menos era o plano.

Sexta parada: Caranguejo + Cavalos Marinhos (?)

Paramos em um restaurante que fica bem no meio do mangue e que possui caranguejo. Já pedimos logo 10 caranguejos, que é umas das minhas comidas favoritas. Fomos fazer o passeio para ver cavalos marinhos, mas infelizmente não deu certo. Chegamos muito tarde no mangue e a maré já tinha enchido, não deixando os bichinhos a mostra. Passeio um pouco frustrante, confesso, mas o caranguejo valeu a parada. Comemos bem e depois seguimos para Jeri. No meio do caminho de volta, encontramos um buggy que tinha atolado e o Geoules fez questão de ajudá-lo, puxando-o com uma corda amarrada nos dois buggys até Jeri. Muito gente boa mesmo.

Chegamos no hotel e decidimos entrar no mar, com o sol se pondo. Vimos o pôr do sol da água, que estava maravilhosamente morna. Foi difícil sair de lá. Nos arrumamos e fomos jantar no restaurante do hotel Mosquito Blue, logo ao lado da nossa pousada. Que comida boa! O restaurante/hotel fica na praia e tinha uma música ao vivo deliciosa. O hotel é um luxo só…mas para quem não quer gastar com a hospedagem, como eu, consegue pelo menos curtir a comida bem caprichada.

4° dia – terça (21/02/2012)

Acordamos e tomamos café da manhã novamente de frente para praia…rotina chata, sabe? =)

Fomos andar na praia e acabamos caminhando até o farol, longe pacas. Não tinha ninguém fazendo o que a gente fez, mas achamos que poderia ser legal.

Chegamos no farol e nos deparamos com muros brancos, um mini farol dentro (frustrante) e um visual lindão, com dunas, mar, pedras, jegues, a vila de Jeri e lagoas…muito legal. Foi uma caminhada de quase  duas horas…subindo, que é o pior. Na volta, encontramos alguns cavalos com charrete parados, pois tinham acabado de deixar pessoas na Pedra Furada. Pegamos uma charrete emprestada, que nos deixou na base da vila e voltou para buscar o casal que tinha realmente reservado a charrete ..rs. (Obrigada, casal!)

Chegamos na pousada, lanchamos no próprio restaurante e fomos fazer o passeio de quadriciclo, para Barrinhas.

Passeio de Quadriciclo

Passeio alucinante! Primeiro porque o quadriciclo corre muito (pode chegar até 90km/h) e segundo porque o visual é surreal. Passamos por lagoas, praia, Jijoca e paramos no final, nas dunas de Barrinhas, que são lindas! Amei muito…pra mim, tão bom quanto a Lagoa Paraíso.

Tomamos banho de mar, apostamos algumas corridas, quase caímos, tomamos chuva, ficamos imundos com tanta areia que voou na gente e no final, para fechar com chave de ouro, assistimos a um pôr-do-sol lindo, bem laranja, por trás das dunas.

Voltamos para a vila cansados demais, porque afinal, você faz muita força nos braços e pernas para segurar a direção e passar marcha/se equilibrar, respectivamente. Nada mais merecido do que uns “bons drink” no melhor e mais caro hotel da cidade (Chilli Beach Hotel). O lugar é espetacular…fora dos meus padrões também, mas vale a visita para se ter um momento de glamour, sem precisar pagar milhares de reais na diária. =) Depois do drink, fomos jantar num restaurante dentro de um hotel super simpático, de frente para o mar também, bem perto do nosso hotel: Geribá. Comida boa retada! Aff…sério, difícil dizer qual foi o melhor restaurante da viagem…todos muito bons! Voltamos para o hotel pela praia, apreciando o céu super estralado. Nem um pouco romântico. =P

5° dia – quarta (22/02/2012)

Repetimos a rotina chata de tomar café da manhã em frente a praia e depois do café, fomos tomar banho de mar na praia em frente. O mar estava super recuado e portanto, tivemos que andar bastante até chegarmos à água. A areia perto de chegar na água é meio lamacenta e eu senti que podia ser legal me lambuzar na lama, como se fosse algo medicinal. E como fez bem. =) Depois da sujeirada, tomamos banho de mar morno e fomos arrumar nossas coisas para fazer o check out.

Depois do check out, petiscamos no restaurante da pousada e aproveitei para comprar umas lembrancinhas na lojinha ao lado, também na praia. Muita coisa diferente lá, vale a pena conferir. Depois almoçamos novamente no restaurante do hotel Mosquito Blue e encontramos o Jean, nosso motorista, para voltarmos para Fortaleza. Sair de Jeri foi difícil…mais difícil do que eu imaginei. Foi um “até logo” triste para todos os sapos, jegues, frutos do mar, ventos, pessoas simpáticas, lagoas e praias gostosas.

Em Fortaleza

Chegamos em Fortaleza depois de quase 5 horas de estrada e fomos para o Hotel Vila Galé na Praia do Futuro, que não sabíamos que era tão perigosa. Tanto o Jean como o taxista que nos levou do aeroporto  até lá falaram muito mal da segurança nesta praia. Falaram para nem ousarmos sair do hotel a noite, caminhando. Foi o que fizemos. Quando agendamos este hotel, achamos que íamos conseguir sair de Jeri cedo e poderíamos aproveitar a praia do Futuro, mas Jeri nos segurou. Chegamos no hotel, bem grande por sinal, jantamos e fomos dormir. O vôo no dia seguinte era cedo, mas pelo menos direto para o Rio. Chegamos no Galeão e fomos direto para o trabalho. Um baita “back to reality”.

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