1° dia – domingo (03/06/2012)
Pegamos o vôo de Queenstown (NZ) para Melbourne – veja mais detalhes da nossa viagem pela NZ aqui – e chegamos no aeroporto de Tullamarine por volta de 12h. Pegamos um shuttle compartilhado no aeroporto (mais em conta do que taxi) que nos deixou na porta do nosso albergue, o Melbourne Central YHA .
Ele estava em obras, então a entrada estava um caos, mas os quartos estavam OK e nosso quarto privativo era um luxo só! Confesso que ter ficado 1 semana dormindo em campervan é bem menos confortável do que um quartinho todo cozy…senti até falta.
Deixamos nossas coisas no quarto, nos arrumamos e fomos pra recepção perguntar sobre atividades no domingo. Nos falaram que ia ter um jogo de Rugby na cidade por volta de 16h e nos deram a dica de ir antes no Queen Victoria Market. Pegamos o bonde gratuito da cidade, que é uma graça com estilo todo antigo. Ele dá a volta no centro da cidade (Melbourne CBD) e é possível pegá-lo a cada quinze minutos em qualquer estação. Foi ótimo para nós, porque ele vai a uma velocidade tranquila e com o mapa em mãos, foi possível conhecer diversos lugares da cidade e não ficar tão perdido. Descemos na estação do mercado, sem nenhum problema.
Queen Victoria Market
Achei este mercado incrível! Encontra-se desde ostras até imãs de geladeira. É enorme e vende realmente de tudo a preços super acessíveis. Achamos até barraca vendendo açaí, veja só… As pessoas são extremamente educadas e os vendedores muito simpáticos. Dá vontade de comprar tudo!!!
Fomos para a seção das comidas, já que estávamos famintos. Passamos por inúmeras lojinhas, mas uma nos chamou a atenção pela quantidade de gente comprando cachorro quente de linguiça. Compramos um para cada e nos deliciamos, porque realmente estava divino.
Depois fomos em uma barraca de frutos do mar e Celo decidiu comprar ostras, porque achou que estavam com a cara boa (e realmente estavam). Preciso dizer que meu namorado é a pessoa mais fresca do mundo para comer fora de restaurantes, então para ele ter comprado ali, é porque realmente parecia seguro. (e graças a Deus foi!) Ele amou as ostras! Eu não gosto muito, mas pelo que ele falou, realmente elas eram acima da média das ostras brasileiras que ele já comeu. Depois compramos uma cerveja, mesmo depois que o vendedor nos disse que se a polícia nos visse, poderia dar algum problema. Comemos bem, pagamos pouco e curtimos muito o ambiente, como se fôssemos locais. Recomendo!
Melbourne Cricket Ground
Saímos de lá, pegamos novamente o bondinho e descemos em uma estação perto do estádio Melbourne Cricket Ground. Andamos um pouco, passando por diversas casinhas no estilo Victoriano e ao chegarmos no estágio, fomos em busca de ingressos.
Conseguimos comprar sem problemas mesmo estando muito cheio. O jogo era com os times Collingwood e Gold Coast e o primeiro era o favorito. Entramos no estádio, que é muito maneiro, e subimos algumas escadas rolantes até chegarmos à nossa seção.
Sentamos e ficamos ansiosos esperando o início do recomendado jogo de rugby! Em pouco tempo, o estádio estava todo lotado e o jogo começou. Depois de alguns minutos, nos demos conta de que não era rugby, porque os jogadores não estavam se quebrando, mas sim, jogando a bola com os pés e as mãos. Que coisa doida! Deduzimos que era futebol australiano, mas continuamos perdidos com o placar com diversos números exibidos. No primeiro intervalo do jogo, fiz questão de perguntar para a mocinha em frente o que significavam aqueles números. Depois de uma explicação simpática, foi possível acompanhar melhor o jogo. O jogo durou cerca de 2 horas e Collingwood massacrou o time de Gold Coast. Aconteceram alguns intervalos, o que foi ótimo, porque conseguimos comprar cerveja e ir ao banheiro. Impressionante como durante o jogo, por mais emocionante que estivesse, os torcedores não fizeram barracos e nem xingaram os jogadores, técnicos e afins. Povo educado é outra coisa.
Saímos do estádio um pouco cansados e com muito frio, mas decidimos voltar andando para nosso albergue e tentar comprar ingresso para um musical que vimos a propaganda. A bilheteria do teatro estava fechada, o que foi frustrante, porque desviamos bastante do nosso caminho original para isso.
Jantando no Nando´s
Descemos a Collins Street, que é a principal da região e paramos no restaurante Nando’s, que é um fast food mais arrumadinho e super em conta. Pedimos comidinhas e apesar de ter pedido a minha sem pimenta, sofri demais com a ardência da comida “não apimentada” deles.
Voltamos para o albergue um pouco frustrados, confesso.
2° dia – segunda (04/06/2012)
Acordamos relativamente tarde e só saímos do quarto perto da hora do almoço. Saímos do albergue em busca de algum restaurante não tão caro para comer e achamos um MARAVILHOSO, apesar de ser um pouco mais caro do que queríamos.
Mitre Tavern
O nome dele é Mitre Tavern, que como o nome mesmo diz, é estilo taverna, todo aconchegante. Pagamos as bebidas e comidas antes no próprio bar e ficamos esperando chegar. Que delícia nosso frango a parmegiana com fritas…comemos muito bem!
Saímos do restaurante e infelizmente estava chovendo, mas mesmo assim decidimos continuar andando pela cidade. Passamos em praticamente todos os pontos turísticos do centro, apontados no nosso mapa dado pela recepcionista do albergue. É muito fácil e agradável andar pela Collins Street, Bourke Street e suas perpendiculares. A cidade é repleta de prédios modernos misturados com prédios antigos, com muitas lojas de jóias, eletrônicos (apesar de não ter achado nada barato) e restaurantes e bistrôs agradáveis.
Conhecendo Melbourne
Passamos por: Royal Arcade (uma galeria de lojas lindíssima!) , Capitol Theatre, Town Hall, Athenaeum Theatre, City Library, Immigration Museum, Flinders Street Station, St Francis Church (primeira igreja católica do estado de Victoria), St Paul’s Cathedral, Melbourne GPO (o shopping mais chique da cidade, de acordo com a propaganda deles), Parliament House, National Trust e por 1 minuto, quase conseguimos entrar na St Patrick’s Cathedral, que é linda por fora. Foi uma pena mesmo…queríamos entrar, mas o guarda avisou que já estavam fechando. Acho que eram 17h.
Este passeio foi um pouco sem planejamento. Pegamos o mapa e fomos seguindo para os pontos que mais chamaram nossa atenção. Nem sequer olhamos se estariam abertos no dia ou até que horário…o importante para nós naquele momento foi sentir a vibe da cidade.
Passamos no Centro de Visitantes que fica na Federation Square e lá é simplesmente incrível! É enorme, tem muitas informações sobre a cidade e região e as pessoas são super simpáticas e parecem realmente felizes em te ajudar. Amei isso na Austrália.
Tentamos comprar o ingresso para assistir a um musical da broadway que estava em cartaz, mas não conseguimos de novo, porque já tinha esgotado. Em algum momento, quando nossas pernas já estavam bem cansadas, pegamos o bonde elétrico para chegarmos mais perto do nosso destino para a noite: o CROWN CASINO.
Uma noite no cassino
Atravessamos uma ponte com um guarda-chuva quase arrebentando por causa do vento, mas estávamos achando tudo ótimo. Esse complexo Crown é demais! Tem cassino, hotel, shopping, muitos restaurantes e o melhor, tem uma vista incrível para a cidade, que a noite, ficou encantadora com todas as luzes.
O lugar é mágico, mas atenção! Você acha que é rico, de tanto glamour que vê…cuidado!!!
Fomos direto para o cassino e decidimos jogar primeiro nas maquininhas. Péssima escolha. Depois roleta e blackack…que sorte tivemos! Mais que dobramos nosso dinheiro (com muita emoção!) e até viramos sócios de lá, para ganhar 10 dólares para aumentarmos nossa fortuna…rs. Depois da sensação de ” we did it! “, fomos gastar nosso dinheiro em um restaurante chiquérrimo do complexo, que estava participando de um festival de frutos do mar, o The Atlantic. Que lugar top! Celo pediu ostras de entrada (que segundo ele, estavam divinas) e para jantar, pedimos salmão e peixe empanado. Tudo delicioso (também, pelo preço né…)!!
Saímos de lá felizes e satisfeitos e fomos direto para o albergue descansar! Ah, fomos andando. Atravessamos a ponte e logo logo chegamos, mas há um detalhe: ninguém nas ruas. Confesso que deu medo. =(
3° dia – terça (05/06/2012)
Acordamos, fizemos o check out e fomos colocar nossas roupas para lavar na lavanderia do albergue. Simples e barato, do jeito que gosto! Ia demorar meia hora para lavar, então decidimos descer e tomar café da manhã onde o nosso albergue tinha desconto. Tempo para panquecas deliciosas e atualizações no Facebook para amigos e família.
Voltamos e colocamos nossas roupas nas máquinas de secar…mais meia hora. Aproveitamos para ligar para a JUCY para saber se estava tudo OK com nossa reserva. Perguntamos se podíamos fazer um upgrade na nossa campervan para termos aquecedor (depois da experiência trágica em Christchurch), mas nos informaram que eles não trabalhavam com carros com aquecedor na Austrália. Quase tive um troço…bateu um pânico de passar frio novamente. Tentei explicar para a moça sobre o ocorrido na NZ, mas ela me tranquilizou dizendo que a AUS era mais quente que NZ. Ufa! Conversamos um pouco com os recepcionistas sobre a nossa viagem para a Great Ocean Road, Phillip Island e Yarra Valley e ficamos bem animados com o que ouvimos. Fizemos hora no terraço do albergue e quando chegou perto da hora de tirar as roupas da secadora, voltamos para a lavanderia. Guardamos as roupas nas mochilas e seguimos com elas para a Flinders Street Station, de onde pegamos um trem que nos deixou bem pertinho do escritório da Jucy.
Nos decepcionamos um pouco com o tamanho e conforto do escritório deles, já que tivemos como referencial os escritórios da NZ, que são muito bacanas. Masssss…não era hora de nos preocuparmos com isso. Pegamos nossa campervanzinha (menor que a da NZ) e fomos sendo guiados pelo bendito GPS até a estrada em direção à lindíssima atração da estrada: 12 Apóstolos.
A estrada é excelente, como já era esperado. Paramos em Torquay, uma cidadezinha fofa para almoçar e esticar um pouco as pernas. Almoçamos em um restaurante familiar bem perto do supermercado Woolworths e depois passamos no super para comprar snacks e refeições para fazermos na campervan durante a viagem. Como as coisas eram caras…o pacote de pão de fôrma mais vagabundo que tinha: R$9, o tubo de maionese: R$7 (pequeno). A melhor compra foi um quebra cabeça de 1000 peças (isso mesmo!) por AUS$3. Já até o montamos no Brasil! =D
Na estrada para os 12 Apóstolos
Saímos da cidadezinha e fomos direto para a cidade onde tem os 12 Apóstolos. Queríamos ver o pôr do sol de lá, mas como a estada era LINDA nós fizemos questão de apreciá-la com calma, com todas as suas curvas e o penhasco bem desenhado. Nos demos conta de que tinha muito chão pela frente e quando percebemos que não conseguiríamos chegar a tempo para o pôr do sol, ficamos muito frustrados. O pôr do sol de lá é altamente elogiado.
Com a noite chegando, comecei a procurar por Holiday Parks no guia que a Jucy nos deu e achei um em Peterborough, cidade um pouco depois de Port Campbel, onde ficam os 12 apóstolos. Fomos direto para lá e ficamos chocados com o breu que estava. De novo, só nossa campervan estacionada e uma casa bem na entrada do holiday park, de onde saiu o dono para nos receber. Cozinhamos nosso jantar e fomos dormir com todo o silêncio ao nosso redor. Era baixa temporada mesmo…
4° dia – quarta (06/06/2012)
London Arch e Loch Ard Gorge
Acordamos e fomos ver os 12 apóstolos desanimados com o tempo nublado. No caminho, paramos em um mirante com rochas bem bacana e depois na London Arch, ponte de pedras bem legal que vem sendo moldada pelo vento. Seguimos e paramos no Loch Ard Gorge, que é uma formação rochosa bem interessante.
12 Apóstolos
Saímos de lá e fomos para, finalmente, os 12 Apóstolos. Paramos o carro no estacionamento indicado e pagamos nossas entradas para andar pela região. Andamos pelo caminho construído e conseguimos ver as rochas no mar que são lindíssimas. Elas também estão sendo moldadas pela erosão, então com o passar do tempo, vai existir cada vez menos delas. =/ Achei bastante interessante, mas por causa do tempo nublado, confesso que não achei nada demais. Talvez eu tenha que voltar para melhorar minhas impressões de Melbourne e arredores..
Nosso quase acidente
Saímos de lá e no meio da estrada, nos deparamos com um tanque de gasolina quase vazio. Até paramos em uma cidadezinha por perto, mas achamos o preço muito caro (quase o dobro do normal) e depois de fazer nossas contas, decidimos seguir até a maior cidade, Apollo Bay. Só que, não contávamos com ladeiras, então o pânico bateu. A luz da reserva acendeu e ficamos com muito medo de encalharmos na estrada. Detalhe: além de termos que ligar para a Jucy e esperar por alguém para nos resgatar, teríamos que pagar uma multa por ter ficado sem combustível. Dado que tudo na Austrália é caro, fiquei mais desesperada ainda com o possível valor dessa multa.
Eis que, meu namorado muito malandro, decide brincar com o carro automático e fica colocando-o em “neutro”, quando estamos descendo as ladeiras, achando que vamos economizar combustível. Depois de algum tempo fazendo isso, o carro desligou no meio da descida e ficamos sem freios. Pânico total. Achei na hora que íamos descer ladeira abaixo e poderíamos nos estrepar, mas graças a Deus, o Celo conseguiu parar o carro no acostamento e ficamos aliviados. Depois de algum tempo, tentamos ligar o carro e ele funcionou! Que alívio, viu…ligou e andou, o que significou para nós que o combustível ainda estava lá. Fomos devargazinho, sem brincar com a marcha automática e felizmente conseguimos chegar a Apollo Bay, onde logo fomos para o posto de gasolina. Ufa!
Ferry Boat até Sorrento
Enchemos o tanque e seguimos estrada, até Queenscliff. De lá, pegamos o último ferry boat (ô sorte!) até Sorrento. Que passeio delicioso… O ferry boat é lindo, todo moderninho, fazendo jus ao preço cobrado (AUS$69 para o carro e nós dois). Olha só:
Sorrento
Chegamos em Sorrento e procuramos por hotéis e Holiday parks, mas não encontramos nada aberto, por causa da hora. Tivemos a brilhante ideia de procurar pelo GPS (isso mesmo!) e encontramos um ainda em funcionamento. Ligamos para lá para confirmar se ainda podíamos fazer o check-in e graças a Deus disseram que sim. Fomos muito bem recebidos por uma senhora e sua gatinha linda, que nos mostrou todas as instalações e nos deu a chave do portão. Precisávamos comer alguma coisa sem fazer muito esforço, então saímos de carro pela cidade e paramos no Subway, que caiu super bem. Voltamos para nosso cantinho e nos arrumamos para dormir. Foi um dia cansativo e estressante.
5° dia – quinta (07/06/2012)
Acordamos, tomamos banho, comemos café da manhã na nossa campervan e saímos em direção a Phillip Island.
Moonlit Sanctuary
Dirigimos um pouco e paramos no Moonlit Sanctuary, muito bem indicado por algumas pessoas com quem conversamos. Esse santuário é uma espécie de zoológico aberto, com animais meio soltos (com exceção dos perigosos) em que é possível interagir bastante com eles. Assim que entramos a moça nos explicou que poderíamos dar comida para os cangurus, então tratamos de comprar alguns saquinhos de comida própria para eles. Fomos direto vê-los!
Logo nos deparamos com 3 cangurus lindos, muito bem cuidados e alegres, bem diferentes do que vimos em Sydney. Aleluia! Era isso mesmo que queríamos ver: eles saltitando, que nem nos desenhos e documentários que já vimos. Nos aproximamos com cuidado, porque nos avisaram que eles eram ariscos, e conseguimos ficar bem perto deles. Nos agachamos com comida e câmera em mãos (não na mesma pessoa…rs) e logo um serelepe saltou até nós interessado na comida, claro. Que delícia a sensação de alimentá-los…ficamos muito animados! Passamos algum tempo ali curtindo esse contato incrível com eles, até que nos demos conta de que tínhamos que ver os outros animais.
Andamos um pouquinho e vimos muitos wallabies saltando e andando livremente. Esses são marsupiais também e a melhor forma de descrevê-los, na minha opinião, é dizendo que são mini cangurus muito mais charmosos. Os cangurus são meio desengonçados, eu acho, e esses mini são mais jeitosinhos. Achei-os muito fofos. Ficamos muito tempo alimentando-os também, muitas vezes 3 a 4 de uma só vez. Como são famintos…rs.
Saímos da região deles e encontramos um wombat solitário, que é um bichinho engraçadinho, apesar de ser muito perigoso (pelo menos era o que dizia a placa). Depois encontramos um diabo da tasmânia solitário também, que a placa foi bem explicativa: “Não adianta correr, nadar ou subir em árvore. Eu faço tudo muito melhor que você”. Tenso, né? Encontramos dingos também, que são os cães selvagens típicos da Austrália. Um era até caolho, coitado…
Depois, se não a melhor parte, mas uma delas, foi o contato delicioso com um coala muito, muito, muito gostoso. Quase chorei de tanta emoção ao ficar pertinho dele. No estado de Victoria, infelizmente para nós e felizmente para os coalas, não é possível segurá-los, mas somente alisá-los. Paguei uma graninha para isto, mas digo que valeu cada centavo! Esses bichos são incríveis mesmo!!! Eles só comem eucalipto, dormem 18 horas por dia e têm um pelo de colocar inveja em qualquer gato ou cachorro alimentado com a ração mais cara do mercado. Simplesmente divino! =D
Ficamos alguns minutos alisando o coala, tiramos muitas fotos e logo fomos expulsos do canteiro, pois tinham algumas pessoas na fila que queriam fazer o mesmo. Voltamos para brincar com os cangurus e nos despedimos do diabo da tasmânia também. Recomendo muitooooooooo este santuário!! É incrivelmente organizado e os animais são muito lindos. Saímos felizes de lá!
Vendo pinguins em Philip Island
Continuamos na estrada em direção ao parque de onde é possível fazer a excursão para ver a chegada de milhares de pinguins pequeninos. Estávamos muito ansiosos e como não encontramos nenhum lugar aberto para comer e não tínhamos os ingressos da excursão, decidimos ir até o local de onde saem as excursões.
Chegamos lá e aproveitamos logo para almoçar (fish and chips, as always), porque a fome estava absurda. Depois, fomos até a bilheteria e compramos o Ultimate Penguin Tour, que era a excursão mais cara, mas em compensação, ficaríamos ao lado dos pinguins (na areia mesmo), quando eles chegassem do mar a noite. Valeu cada centavo!
Primeiro fomos chamados para uma salinha, onde o nosso guia explicou a excursão e toda a história do lugar. Há algum tempo atrás, o homem trouxe raposas para a região e elas são hoje a maior ameaça aos pinguins. É totalmente liberada a caça às poucas raposas que ainda existem na ilha. O que acontece é que essa ilha não é bem uma ilha, ou seja, dá para chegar de carro lá. Daí o que eles fizeram, para proteger os pinguins, foi retirar todas as casas e moradores da região e deixar o lugar somente para os pinguins fazerem seus ninhos (e para os turistas visitarem este fenômeno de migração). Os carros, animais domésticos e outros fatores foram responsáveis por uma grande queda no número de pinguins da espécie que visita a ilha, então nada mais justo do que expulsar essa galera toda para salvá-los. Muito lindo isto, né?
Bom, a explicação da excursão é a seguinte: Nós vestimos roupas corta vento (porque venta muito!!), usamos lanternas binóculos próprios para a noite e levamos cadeirinhas portáteis para montar na areia, quando estiver na hora de assistir à chegada dos pinguins do mar.
Saímos de lá com um carro deles, que nos levaram para ver onde as pessoas que pagaram para sentar na arquibancada (mais barato) ficam. Depois nos deixaram do outro lado da ilha, onde fizemos uma caminhada até uma área estratégica na areia. Sentamos e ficamos esperando os pinguins chegarem. Em questão de 10 minutos, eles começaram a surgir do mar e andar até seus ninhos, criados na areia ou na vegetação bem rente à areia. Foi muito legal vê-los de tão perto, naquela escuridão, com todo o equipamento especial que nos deram. Não podíamos fazer barulhos e nem movimentos bruscos para não assustá-los, então foi praticamente 1 hora congelados assistindo essa coisa linda acontecer. AMAMOS!!! Os movimentos deles, os sons, o breu, o vento…toda a experiência foi incrível. Recomendo muito!! É uma pena não poder tirar fotos sem flash ou gravar os sons dos pequenos…só indo mesmo para entender. Só consegui tirar algumas fotos da vista.
Saímos da areia e no caminho até a casa, foi possível cruzar com alguns pinguins indo até seus ninhos. Ouvimos muitos sons também, que segundo nosso guia, variavam de sons de acasalamento até brigas entre eles. Nós andando com nossas lanterninhas e uma escuridão imensa, com um barulho danado… Achei demais!
Yarra Valley
Voltamos para a estrada e dirigimos até Yarra Glen, porque tínhamos agendado a nossa excursão de balão para o dia seguinte, às 5h da manhã. Isso mesmo…cedo pra caramba. Depois de algumas horas na estrada, chegamos na cidade, mas estava tudo um breu. Começamos a ligar para alguns hotéis que tinham no nosso guia, mas nenhum nos atendeu talvez por causa da hora. Encontramos um no meio do caminho e decidimos arriscar, entrando com o carro. Fomos recebidos por um senhorzinho sonolento, que nos acolheu super bem. Pagamos mais para ele até, porque pedimos qualquer comida que ele tivesse no hotel. Êta fome! Tanto o quarto quanto o jantar caíram super bem. Dormimos super bem, pena que por poucas horas por causa do passeio.
6° dia – sexta (08/06/2012)
Acordamos às 4h30, nos arrumamos rapidamente e saímos correndo para a vinícola de onde sairia nossa excursão do balão, da empresa Global Ballooning. Chegamos 5 min atrasados, mas o grupo todo nos esperou, ufa!! Seguimos para o carro da empresa, que carregava em sua caçamba o nosso balão.
Nosso passeio de balão
Uma grande cesta de piquenique e toda a parafernália do balão eram levados dentro de uma caçamba puxada pelo nosso carro. Dirigimos por alguns minutos e paramos em um local, junto com outras empresas concorrentes, para soltar um balão de hélio com um sinalizador vermelho. O guia da excursão ficou observando a direção e a intensidade do vento, assim como os outros guias. Depois de algumas conversinhas, ele voltou para o carro e dirigiu até outro local.
Daí parou e pediu para nós descermos pois a aventura ia começar. Uhulllll !
Por volta de 6h da manhã, todo mundo teve que ajudar a montar o balão, que consistiu em: tirá-lo da caçamba do carro, desenrolar o tecido do balão, segurar as cordas, aguardar o piloto do balão enchê-lo…etc. Neste processo, confesso que não ajudei muito. Estava sonolenta e queria registrar o momento, então fiquei um pouco afastada, fazendo vídeos e tirando fotos de todos. Coitado do Celo…rs
Depois de quase 1 hora de montagem, estávamos prontos para voar. O piloto mandou nós entrarmos, um de cada vez, só que rapidamente, para que não corrêssemos o risco do balão sair voando sem alguém. Fizemos isso, e em menos de 5 minutos, já estávamos muito no alto. Muito mesmo…é assustador como o balão sobe rápido.
Preciso dizer que deu medo sim. O lugar onde ficamos em pé, com mais 8 pessoas, é uma grande cesta de piquenique toda de madeira e parece que vai desmontar (só eu pensei nisso, eu acho). As pessoas que ficam bem embaixo da paradinha onde o fogo acende têm seus cabelos queimados (não deixe de levar boné) rs. Ainda bem que fiquei na lateral e não tive muitos problemas.
Bom, a vista de lá é incrível… Uma cidadezinha fofa embaixo, com casas bem maneiras e depois de um tempo, vinícolas e fazendinhas. Pena que o tempo estava nublado. Imagino que com sol deva ficar muito melhor! =D
Depois de 40 minutos de voo bem agradável, começamos a nos preparar para descer. Só que, nos deparamos com ventos de surpresa e com algumas árvores e vacas que não deixavam a gente pousar onde queríamos. Ficamos mais de meia hora tentando pousar em um lugar seguro, o que foi bem emocionante e frustrante, principalmente porque o guia dizia que em algum momento o gás ia acabar. Fiquei nervosa, claro.
Acompanhamos de cima o carro com a caçamba que carrega o balão desmontado. Ele nos seguiu por terra durante todo o processo de pouso. Assim que pousamos, tivemos que desmontá-lo todinho e colocá-lo no carro, para que o próximo voo pudesse ser feito.
Seguimos com o carro da excursão até a vinícola, onde brindamos com champagne e tomamos um café da manhã maravilhoso. Também…estávamos com uma fome danada, dado que acordamos 4h30 da manhã.
Esqui no Mount Baw Baw
Depois do café da manhã, decidimos ir até o Mount Baw Baw, para esquiarmos. Seriam algumas horas de estrada, mas não estávamos cansados, então achamos que seria bacana. Fomos indo, indo, indo…até que nos deparamos no meio da estrada, quase chegando no Mount Baw Baw, com placas sobre a obrigatoriedade do uso de correntes nas rodas dos carros. Entramos em pânico, porque não tínhamos correntes na campervan (deveríamos ter pedido) e os lugares que diziam vender, estavam fechados. A multa se fôssemos pegos pela polícia sem correntes era de alguns mil dólares australianos. Achamos que não valia a pena arriscar e decidimos voltar, muito frustrados.
Conhecendo as vinícolas
Chegamos depois de algumas horas em Yarra Glen e fomos conhecer as vinícolas. Conhecemos a Graeme Miller, um vinícola menorzinha, familiar e a Balgownie Estate, maior e mais chique. Nas duas, nós provamos os vinhos e compramos os que mais gostamos depois de sermos bem atendidos. Saímos da última vinícola e fomos para Healesville, cidade maior que Yarra Glen, em busca de um lugar legal para comermos. Paramos em uma pizzaria muito legal, meio rústica, que não consigo lembrar o nome de jeito nenhum. Fomos muito bem atendidos e servidos. Pedimos até recomendações de hotéis baratos para ficarmos. Recebemos uma lista de indicações e depois de ligarmos e visitarmos alguns, paramos em um motel bem na estrada, que foi bem em conta e era muito aconchegante. Dormimos muito bem =D
7° dia – sábado (09/06/2012)
Acordamos relativamente cedo, tomamos café da manhã improvisado e pegamos a estrada em direção a Melbourne, porque tínhamos que entregar a campervan até 12h para não pagarmos multas. Dirigimos com calma e pouco antes de chegamos em Melbourne, pegamos retenção no trânsito. Ficamos um pouco preocupados, mas tudo correu bem…chegamos na loja 15 minutos antes de 12h. Arrumamos nossas coisas e deixamos o carro em perfeito estado para a entrega.
De lá, com os mochilões na costas, pegamos o trem para a região do nosso antigo albergue e cassino. Chegamos lá e tentamos deixar nossas mochilas no locker, mas não deixaram pois não estávamos mais hospedados. Perguntamos sobre o transporte para o aeroporto de Avalon, que é em outra cidade, já que nosso vôo para Brisbane era naquele dia 22h. Descobrimos que o ônibus que faz o trajeto até esse aeroporto não estava funcionando neste dia (não lembro exatamente o motivo) e que taxi até lá custaria entre AUS$100 e AUS$150, ou seja, fora de cogitação. A recepcionista do albergue nos deu a dica de um trem diário que vai até lá e do locker na estação de trem, onde poderíamos deixar nossas coisas.
Saímos do albergue direto para a estação do trem, porque não víamos a hora de nos livrar das nossas mochilas pesadas. Compramos o tal trem indicado e depois alugamos os lockers necessários. Livres, fomos direto para o cassino, para fazermos hora até nosso trem, que era às 18h40. Chegamos lá e depois de algumas partidas na roleta e no blackjack, ganhamos AUS$150! Nos sentimos tãaaaao ricos =D
Decidimos gastar boa parte desse dinheiro comendo um banquete de frutos do mar, oferecido no restaurante dentro do cassino mesmo. Comemos muito bem!!!
Saímos do restaurante e voltamos pro jogo. Quase perdemos o trem, por causa da empolgação com a roleta. Saímos do cassino 18h25 (dez minutos depois do combinado) e por um milagre, conseguimos chegar na estação de trem, retirar nossas mochilas e entrar no trem. Questão de 2 minutos para o bichinho partir. (OBS. Nunca mais quero passar por isso!)
Chegamos bem na estação de trem perto do aeroporto e de lá pegamos um taxi. Fizemos o check in e ficamos mofando na sala de embarque. Deu tempo de jantarmos, jogarmos em maquininhas safadas (porque só perdemos dinheiro) e de entrarmos na internet para dar notícias para nossos amigos e família. Nosso vôo saiu na hora para Brisbane e nós dormimos que nem pedras durante todo o trajeto.
Para saber mais sobre o resto da viagem, veja este post.
Todos os posts desta viagem
- Resumo dos 30 dias na Austrália e Nova Zelândia
- Roteiro – Sydney e Blue Mountains (5 dias)
- Roteiro – Auckland, Waitomo e Rotorua (3 dias e meio)
- Roteiro – Christchurch, Arthur’s Pass, Franz Josef e Fox Glacier (4 dias)
- Roteiro – Queenstown e Milford Sound (4 dias)
- Roteiro – Melbourne, Great Ocean Road, Philip Island e Yarra Valley (7 dias)
- Roteiro – Brisbane, Surfers Paradise e Gold Coast (5 dias)
- Roteiro – Alice Springs (outback australiano) (5 dias)