Segui mochilando sozinha desde Córdoba para Mendoza, Puente del Inca e Uspallata.
1°dia – domingo (22/05/2011)
Depois de 10 horas de viagem de ônibus desde Córdoba (veja mais detalhes aqui), cheguei em Mendoza às 9h da manhã. Passei no centro turístico da rodoviária e eles me indicaram um ônibus que passaria em frente ao meu albergue, o Hostel Suites Mendoza. Peguei o ônibus e depois que me dei conta de que precisava ter um cartão específico para pagar o ônibus, ou seja, não rolou pagar com grana. Mó mico…a sorte é que uma moça dentro do ônibus pagou para mim….
Cheguei no albergue, muito bonitinho por sinal, e fiz check in em um quarto com 5 camas e 1 só banheiro, apenas para mulheres. Adorei o clima do albergue, porque é tudo colorido, novinho e a galera que estava nele era bem animada.
Saí para andar na cidade e me dei conta de que tudo estava fechado por ser domingo, mas achei-a linda. Prédios baixinhos e casas, com muitas árvores e córregos nas ruas, com folhas amarelas e alaranjadas do outono, muitas praças, enfim…
Comprei o cartão pré-pago do ônibus e decidi ir até o Parque San Martin, onde tem o Zoológico e o Cerro de La Gloria, principalmente. Update: mais um zoológico nessa viagem…aiai.
Adorei o passeio nos dois, principalmente no Cerro por causa da vista desértica. Para chegar lá, peguei uma trilha com indicação de ser de 5 minutos, mas demorei uns 20, que subia desde o zoo até o topo do morro. Lá de cima, tirei muitas fotos, lanchei e aproveitei para ler o guia e planejar minhas atividades na cidade.
Peguei um ônibus até a Plaza Independencia, onde estava sendo exibida uma peça de comédia, com muitas pessoas sentadas na grama tomando chimarrão. Fiquei um tempo assistindo, mas depois de não achar tanta graça, decidi continuar andando. Fui no Museo Municipal Arte Moderno já que ele ficava dentro da praça, mas não achei nada demais.
De lá, decidi começar o tour em sentido horário pelas 4 praças equidistantes da Plaza Independencia, começando pela Plaza Espana. O mais legal da praça é a água azul que está na fonte central, de onde é possível ver um painel com uma grande e antiga pintura em azulejos. Alguns bancos, pessoas descansando e uma vegetação bem cuidada dão um clima delicioso à ela.
Depois de lá fui para a Plaza Itália, também muito bem cuidada. E para minha surpresa, água azul novamente na fonte central. 🙂
Depois de algumas fotos e apreciação, segui para a próxima praça, a Plaza Chile. Também com água azul em sua fonte e vegetação bem cuidada, mas agora com um plus … sol nos bancos!
Aproveitei para me esquentar e descansar um pouco, antes de seguir para a última praça, mais perto do meu albergue, a Plaza San Martin. Nesta me deparei com muitos adolescentes andando de skate e bicicletas, o que me fez ficar pouco tempo, já que era uma barulheira só.
Segui andando e fui novamente até a Plaza Independencia porque vi muitas pessoas indo para lá. A peça ainda estava rolando, mas agora tinha uma feira de artesanatos bem bonitinha, onde comprei o meu imã de geladeira, como de costume.
Voltei para o albergue, agendei o passeio do Tour Alta Montana para o dia seguinte, conversei um pouco com minhas roommates e chapei na cama. Melhor quarto da viagem até agora…
2°dia – segunda (23/05/2011)
Acordei às 6h, tomei um café da manhã bem gostosinho no albergue e esperei pela van que me levaria para o passeio agendado para às 7h. Coloquei diversas camadas de roupa, luvas e gorro e preparei minha mochilinha com câmera, bateria extra e lanchinhos. Entrei no micro ônibus com pouco sistema de aquecimento e logo logo estávamos na estrada vendo o sol nascer por trás das montanhas com neve eterna no topo. O visual é desértico e encantador, eu amei! Ah,foi nessa estrada que o filme “7 anos no Tibet” foi gravado.
Depois de quase 2 horas de viagem, chegamos a Uspallata, um vilarejo bem simpático, onde entramos em um restaurante para tomarmos chocolate quente e comprar quitutes deliciosos.
Aquecidos, voltamos para o micro ônibus e seguimos viagem. Depois de um tempo, paramos em um lugar considerado sagrado, com um riacho e uma ponte feita de pedras, muito linda por sinal. Conheci uma menina mexicana muito gente boa que também estava viajando sozinha e que acabou sendo uma boa companhia!
Seguimos até a Puente del Inca e estava rolando um feira de artesanatos bem fofinha. Imã comprado, fotos tiradas, paisagem apreciada – hora de voltar para o ônibus.
Continuamos na estrada até que chegamos na entrada do Parque Aconcágua, com a montanha bem visível já da entrada. Que poderosa! Começamos uma trilha pelo parque e passamos por diversos laguinhos congelados. O visual é muito bacana, porque é um deserto com vegetação bem rasteira e montanhas rochosas, com neve no topo. No inverno, chega a ter até 5 metros de neve onde eu estava pisando…
Depois do parque, pegamos o ônibus de volta e paramos em um restaurante para o almoço que já estava incluído no passeio. Conheci outras meninas que também estavam viajando sozinhas, o que foi bem legal. O almoço estava delicioso, assim como o meu soninho depois dele, dentro do ônibus em movimento. Só um detalhe… Se seguíssemos aquela estrada, chegaríamos em poucas horas a Santiago. Quem aí já fez esse trajeto Mendoza-Santiago de carro?
Cheguei no albergue, tomei banho e entrei no facebook para acertar os detalhes do chopp com as meninas que conheci. Peguei um taxi, passei no albergue delas e fomos direto para a rua Aristides para um bar de tapas bem gostoso e chiquitoso (não lembro o nome). Bebemos algumas cervejas argentinas e comemos tapas e pizzas, enquanto o papo rolava solto. Saímos de lá um pouco tarde, mas nada muito absurdo que me fizesse perder a hora no dia seguinte…
Ah, só um detalhe: Existe siesta em Mendoza, então a cidade durante 12h e 16h está praticamente vazia, porque as pessoas voltam para casa para almoçar e dormir. Mas o lado bom é que ao chegar na cidade depois deste horário, está tudo aberto e tem muita gente andando pelas ruas…e fica assim até umas 20h, 21h.
3°dia – terça (24/05/2011)
Acordei às 8h, tomei café da manhã, arrumei minha mochilona e fiz checkout, deixando-a no locker do albergue. Às 10h, chegou a land rover da empresa do vôo de parapente. Passamos para pegar umas americanas metidas em um hotel chiquetoso e seguimos para o topo da montanha, onde faríamos os saltos. Que visual maneiro! Bem parecido com o visual do Cerro, mas a emoção do primeiro pulo de parapente fez tudo ficar mais legal do que o normal…
O instrutor preparou todo o equipamento, analisou o vento, conversou com os outros instrutores e me chamou…que friozinho na barriga! Depois de alguns minutos me preparando para o pulo, tinha chegado a hora de pular em direção ao precipício, na cara e coragem. Nossaaaa!!! Muita adrenalina … saí correndo junto com o instrutor e antes de cair no precipício o parapente já nos puxou para cima e a sensação foi maravilhosa. Ficamos 40 minutos voando, fazendo algumas estripulias. Oo frio na barriga passou e deu para curtir bastante o passeio. Valeu cada centavo gasto…
Depois do pulo, o motorista me deixou em um lugar bom para pegar ônibus para a região de vinícolas de Maipu. Tinha agendado um tour para as vinícolas, mas ele foi cancelado por não ter gente suficiente, ou seja, se quisesse conhecer, teria que ir explorar sozinha. E assim fui. Peguei um ônibus bem basicão até a cidade de Maipu e ao chegar lá, já fui procurar um lugar para alugar bicicleta. Li em alguns guias que passear de bicicleta por esta região é o máximo…e realmente é.
Passeei por várias vinícolas (as que mais gostei foram Tempus Alba – bem moderna e Familia di Tommaso, bem tradicional), fui no Museu do Vinho e acabei bebendo além da conta nas degustações oferecidas. Foi tão além da conta que fui escoltada por uma moto da polícia local, porque não estava conseguindo andar em linha reta na estrada. Foi uma pedalada boa viu…quase perdi a hora de pegar o ônibus de volta para Mendoza.
Tinha comprado o meu ônibus de Mendoza para Neuquén às 20h30 e cheguei no albergue às 19h50, ou seja, bem em cima da hora.
Se tivesse um trânsitozinho a mais, perdia meu ônibus…Deus é grande! <3
Essa viagem para Neuquén demorou 12 horas…nem preciso dizer que chapei legal, né? Para saber mais sobre a continuação da viagem, clique neste link.
Quer saber tudo sobre minha viagem de 30 dias pela Argentina e Chile? É só clicar nos links abaixo:
- ARGENTINA – Buenos Aires e Tigre
- ARGENTINA – Córdoba, Alta Gracia, Villa Carlos Paz e Villa General Belgrano
- ARGENTINA – Mendoza, Uspallata e Puente del Inca
- ARGENTINA – Neuquén e San Martin de los Andes
- ARGENTINA – Bariloche
- CHILE – Puerto Montt e Puerto Varas
- CHILE – Pucón
- CHILE – Cálama e San Pedro de Atacama
- CHILE – Santiago, Vina del Mar e Valparaíso