Dia 1 – sábado (27/06/2015)
Chegamos em Amboise, na região do Vale do Loire, no final do dia e fomos direto para o nosso hotel, que ficava fora do centro da cidade. Ficamos hospedados no La Bonn Etape, por 70 euros a diária (sem café da manhã) e achamos que ele tem um bom custo benefício,
principalmente se você não for no verão e não precisar de um ar condicionado que não existe (não foi o nosso caso, infelizmente. Fritamos no quarto sem nenhuma ventilação!) O quarto é bem arrumadinho, assim como o hotel, mas para ir para Amboise, é preciso ir de carro. Sem problemas para nós, mas fica a dica aqui.
Aproveitamos que a avaliação do restaurante do hotel era boa e estávamos cansados da estrada, e jantamos por lá mesmo (52 euros, sem vinho). Eles arranjaram uma mesa do lado de fora e nós escolhemos o menu que dava direito à entrada + prato principal + sobremesa para cada um de nós. Tudo estava ótimo, mas o sol estava literalmente em nossas cabeças, então não deu para curtir 100% o jantar às 21h. Foi praticamente um almoço. 🙂
Dia 2 – domingo (28/06/2015)
Tomamos café da manhã no hotel mesmo (6.50 euros para cada) e aproveitamos que era o dia do mercado principal da cidade e fomos para lá mesmo. Paramos o carro em um estacionamento perto, Celo se acertou com a maquininha (depois descobrimos que não precisávamos ter pagado nada, porque era domingo) e lá fomos degustar dos melhores queijos, vinhos, linguiças. azeitonas e morangos. A feira tem de tudo (até roupas) e é gratuita, então dá para ficar horas andando por ali sem gastar um puto, mas confesso que é bem difícil, porque as coisas parecem ser maravilhosas e realmente são. Compramos um pouco de tudo que listei acima e fizemos depois o nosso picnic do lado de fora. Programa perfeito! Almoço perfeito! Não chegou a ser barato, mas achamos que valeu a pena pela experiência. PS: Algumas pessoas dizem que a feira de Amboise é a melhor do país. Será? 🙂
Passamos rapidamente no centro de turismo da cidade e compramos os ingressos de todos os castelos que não tínhamos conseguido comprar online (Chambord, Chenonceau, Cheverny, Villandry e Le CLos Lucé). Recomendo passar lá, porque as atendentes são uns amores e você ainda vai evitar as filas dos castelos!
Depois, seguimos para o Castelo de Amboise, que fica bem no centro da cidade de mesmo nome. Passamos por umas ruas deliciosas e ficamos encantados com a cidade (ficar hospedado ali dentro deve ser bem legal também, porque dá para fazer tudo a pé). Nós já tínhamos comprado os ingressos com antecedência (11 euros por pessoa), então foi só mostrar o papel e entrar.
A entrada não bem interessante, mas é quando você consegue ver o castelo em si que o seu queixo cai. É lindo demais, gente!
Fomos direto para a capela, onde o Leonardo da Vinci está enterrado.
Depois ficamos curtindo a vista do castelo e da cidade. Olhe que coisa mais linda:
Quando cansamos da vista e do sol em nossas cabeças, entramos no castelo para fazer o tour por ele. Confesso que esperava mais da decoração, mas dado que ele é um castelo do século XV, não há muito o que se esperar dele, né? Ele é lindo por fora e não tão belo por dentro, mas eu acho que valeu a visita. A vista, os jardins e até mesmo o seu interior são interessantes. Se desse para ficar somente nos jardins e ver a vista da cidade, acho que eu recomendaria isso, mas como não dá, aconselho a pagar os 11 euros e ver tudo.
Seguimos para o Castelo de Villandry, que fica a quase 1 hora de carro de Amboise. Compramos os ingressos apenas para os jardins (6.50 euros por pessoa) e olha, como valeu a pena! De longe, os jardins mais bonitos que vimos em todo o Vale do Loire. Coisa linda de morrer! Ficamos horas andando por ali, tirando fotos e descansando nos vários bancos espalhados. Que sol que estava fazendo!!! Deve ser melhor visitar em uma época menos quente que o verão, mas se só der para ir no verão, vá e compre muitas garrafas de água. Tudo ficará bem!
Na volta para Amboise, paramos na vinícola Plous et Fils (desde 1508) na rua do nosso hotel, porque estávamos com medo das blitz que vimos nas estradas. Ela é bem interessante, visto que a adega fica em uma rocha e a temperatura lá é sempre 13º. Fizemos o tour gratuito com o dono da vinícola e depois provamos alguns de seus produtos. Achamos tudo delicioso e até compramos uma garrafa, mas já adianto que não somos experts...
Em seguida, fomos para o centro da cidade a procura de restaurantes para o jantar. Acho que eram umas 20h e sério, a cidade parecia fantasma, com tanta loja/restaurante fechado. Como sempre, olhamos no TripAdvisor pelos melhores restaurantes, mas vários estavam fechados e o jeito foi entrar em algum aberto que encontrássemos. Achamos o Le Patio aberto e depois de ver a avaliação do TripAdvisor (está no guia Michelin também!), entramos confiantes. Achei o atendimento péssimo, principalmente porque nos olharam de cima a baixo e porque não tínhamos reserva, mas a comida não foi de todo o mal. Foi boa, mas cara para o que recebemos, na minha opinião. Enfim, uma experiência não tão interessante, mas pode ter a ver com o fato de estarmos com as expectativas altas…
Dia 3 – segunda (29/06/2015)
Não tomamos café da manhã no hotel e fomos direto para o Castelo de Chambord (11 euros por pessoa + 4 euros do estacionamento), o maior da região. Dirigimos por quase 1 hora e aproveitamos os restaurantes do castelo para tomarmos o café da manhã com a vista dele. O castelo é realmente impressionante pelo seu tamanho, mas na minha humilde opinião, deixa a desejar com o seu jardim sem graça. Não sei se é porque visitamos o Villandry no dia anterior, mas eu estava esperando muito mais do jardim do Chambord, que é um dos castelo mais visitados da região, senão o mais visitado. Enfim.
Fizemos o tour por ele e nos impressionamos mesmo com a escada do Da Vinci, que eu acho que é a principal atração do castelo. Ela é bem interessante, porque possui duas escadas dentro de uma só, sendo que elas não se encontram em nenhum momento. É meio doido explicar, mas é bem legal. As vistas das varadas do castelo são bem interessantes também, mas é só isso. A decoração do castelo deixa a desejar, assim como os jardins, então só resta mesmo a vista.
De lá, dirigimos por menos de meia hora até o Castelo de Cheverny (10 euros por pessoa). Paramos o carro no estacionamento gratuito do castelo e fomos à procura dos restaurantes bem indicados do TripAdvisor. Adivinha? Como eram quase 15h, não encontramos nenhum aberto, então o jeito foi almoçar no único disponível, bem colado ao castelo. Fomos atendidos por uma chinesa e a comida não foi lá essas coisas, mas pelo menos conseguimos almoçar. Ufa! Fica a dica: Chegue cedo para conseguir almoçar nos restaurantes bons das cidades!
Fizemos o tour pelo castelo e gostamos bastante do que vimos. Os cômodos são bem decorados e adorei saber que a família dona do castelo ainda vive ali, em uma das alas não abertas ao público. Não sei porquê, mas fiquei contente por ainda morarem ali. Há um certo glamour e tradição nisso. 🙂
Passeamos depois pelos jardins e fomos para o local onde alimentam os cães. Acho que esta é a principal atração do castelo e para quem tem interesse, acontece todos os dias às 17h. O legal é que dá para assistir e não é preciso pagar nada a mais para ver. Basicamente, o cuidador dos cães entra na área onde os cães estão, faz um fuzuê, tira os cães dali, lava o local, joga comida no chão e depois libera os cães naquele local. É uma movimentação braba, mas bem interessante.
Saímos do castelo um pouco cansados e decidimos parar para jantar na cidade de Blois, que fica bem perto dali. Estacionamos o carro e recorremos ao TripAdvisor novamente, para encontrar restaurantes bem avaliados. Acho que nem eram 20h, mas de novo, não conseguimos encontrar os melhores restaurantes abertos, porque muitos estavam fechados para o período de férias. Revoltante!!! Ficamos muito frustrados com esta experiência gastronômica. Acabamos indo em um restaurante oriental aberto (Osaka) e bem cheio (talvez porque era o único aberto?) e pedimos comida japonesa, para variar um pouco. Nada demais.
Saímos de lá ainda de dia e decidimos subir a ladeira para conhecer o Castelo de Blois, que já estava fechado para a visitação. Podíamos esperar 2h para assistir ao show de luzes e sons, que iria acontecer por volta de 23h, mas achamos melhor voltarmos para o hotel, visto que o castelo não pareceu nada demais para nós e que o dia seguinte seria bem cheio.
Na volta para o hotel, nos deparamos com vários balões sobrevoando o Vale do Loire. Que legal, hein? Nós já voamos de balão na Austrália e eu confesso que não foi o meu passeio favorito, mas recomendo para quem nunca fez algo do tipo na vida. Acho que são bem seguros ali na França e a vista deve ser incrível, com todos os castelos, vinícolas e com o rio Loire cortando tudo. Fora que é na França, né gente? <3
Algumas empresas que fazem isso e cobram cerca de 200 euros por pessoa:
www.aerocom.fr e Ballon Plaisir
Dia 4 – terça (30/06/2015)
Fizemos checkout em nosso hotel e partimos para Amboise para visitar o Le CLos Lucé (12 euros por pessoa). Tomamos café da manhã em uma padaria da cidade, maravilhosa por sinal, e fomos caminhando embaixo do sol a pino até o lugar onde o Leonardo da Vinci passou os seus últimos anos de vida. É uma boa caminhada, mas o conjunto da obra faz valer a pena. As principais invenções do gênio estão espalhadas pelos jardins, fora a casa dele que ainda tem os móveis da época em que ele morou. Bem interessante.
Dirigimos por menos de 1 hora até o último castelo da região, que por sinal foi o meu favorito, o Castelo de Chenonceau (12.50 euros por pessoa). Além de ter um jardim lindo e um rio passando por baixo dele, o seu interior é super bem decorado. Pena que tinha tantos grupos de turistas ali…poderia ter sido a melhor experiência da viagem. Aproveitamos que já eram quase 14h e que íamos pegar 4h de estrada e almoço por ali mesmo, em um restaurante do tipo self service. Sem nenhum glamour, eu sei, mas foi por causa do desespero mesmo. “Não dá para se ter tudo na vida”, como diz o Celo. 🙂
Rumo à Sarlat!
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