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Mochilões e Mochilinhas

5 dias em Berlim

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Aproveitei a vinda de meu irmão para a Europa a trabalho e fui encontrá-lo em Berlim, cidade ainda desconhecida por nós dois. Passamos 5 dias grudados, com direito a muito amor e muita perturbação, mas também encontramos uma amiga que mora lá há alguns anos. Peguei muita informação com minha amiga, no blog Simplesmente Berlim (super, ultra, mega completo!) e ainda aproveitei um roteiro de uma amiga que mora no Rio. Assim ficou mole viajar! 🙂

Deu para ver muita coisa nesses 5 dias, mas dá para ficar uma semana ou mais e ainda sair de lá sem ver tudo que a cidade oferece. São muitos museus, monumentos, parques, restaurantes legais, lojas diferentes, baladas, enfim…tem muita coisa e acho que para todos os gostos. Muitas das atrações são gratuitas (eba!), mas em compensação gastamos um tanto com transporte, porque a cidade é enormeeee e não dá para fazer tudo a pé (meus parâmetros agora são Dublin…rs).

Vou escrever os detalhes do nosso roteiro dia a dia, mas quero falar algo rapidamente sobre o transporte:

  • Para os dias com mais movimentação, nós optamos pelos passes diários que dão direito a transporte ilimitado por 7 euros por pessoa.
  • Para os dias mais calmos, pegamos os passes unitários que custam 2.70 euros e valem por duas horas.

Os dois tipos acima valem para os ônibus (M), metrôs (U), trens (S) e bondes (T) e sim, é bem possível que você use todos eles para chegar mais rápido às atrações. Alguns dos passes nós compramos com os motoristas dos ônibus e outros compramos nas estações de metrô em jornaleiros. Você tem que validar os passes unitários nas máquinas amarelas para começar a contar as duas horas. Se não validar e um fiscal te pegar, a multa é de mais de 50 euros!

BERLIM

Nós alugamos também uma bicicleta no hotel e acho que o modelo do nosso hotel se aplica para quase todos os hoteis da cidade. Pelo que entendi, eles cobram 1 euro por hora até 6 horas de uso ou então 12 euros para mais de 6 horas, mas menos de 24h. Eles te dão um locker bem potente, porque aparentemente roubo de bicicleta é algo comum em Berlim, e aí você fica livre para andar e trancar a bike onde quiser. Não é aquele sistema com várias estações espalhadas pela cidade, sabe? Minha amiga até disse que tem, mas acho que o foco não é a turistada…

Agora vamos aos detalhes da nossa trip! 🙂

Coloquei um mapa com as atrações que vimos em cada dia e os detalhes do passeio logo depois. Resumi bastante a descrição das atrações, porque os links são do site Simplesmente Berlim e a menina é fera em explicar os detalhes de tudo!

Dia 1 – quinta-feira (28/07/2016)

Peguei o vôo da Aer Lingus às 7h10 e cheguei no aeroporto Tegel em Berlim por volta das 10h. Que aeroporto horroroso e sem infra para os turistas! Nem parece aeroporto de primeiro mundo. Saí do meu terminal e fui até o outro terminal para pegar o ônibus TXL, que sai a cada 5 minutos. Comprei o bilhete unitário válido por 2 horas com o próprio motorista e desci na estação Turmstr./Beusselstr para pegar o ônibus (106) até o nosso hotel.

Ficamos hospedados no Pestana Berlin Tiergarten (nota atual 8.9) e pagamos 314 euros para 4 noites (78.50 euros a diária sem café da manhã). O hotel é super moderno e confortável, mas o wifi no nosso quarto não pegava 100% e a piscina interna não estava com água aquecida quando entramos. Não gostei muito da localização dele, porque não tem muita coisa por perto, mas não encontramos nada tão moderno e confortável por esse preço. Algumas fotos:

Como meu irmão só chegou à noite na cidade, deixei as coisas no quarto e saí para bater perna. Aproveitei que o bilhete do ônibus ainda estava válido e peguei 2 ônibus (200 e M45) até o Palácio de Charlottenburg. Este palácio foi construído no século XVII para ser uma casa de veraneio para Sophie Charlotte, a esposa do príncipe-eleitor da Prússia Friedrich III, mas foi seriamente danificado na Segunda Guerra Mundial.

Dá para passear pelos jardins de graça, mas eu quis entrar para ver os cômodos e paguei 11 euros (com áudio guia) + 3 euros para poder tirar fotos (você ganha uma pulseira vermelha e tem que mostrar em todos os cômodos – um saco isso!). Achei alguns cômodos bem legais, como a Goldene Galerie e o Cabinete da Porcelana, mas os outros são bem comuns.

Depois do museu, passeei pelos jardins (nada demais), passando pelo Pavilhão Novo, Belvedere e Mausoléu (todos podem ser visitados, mas eu não quis pagar a mais).

Saí do palácio e sentei para comer alguma coisa na lanchonete em frente, ou seja, a mais turística possível. Apesar da localização, o atendente não falava inglês e achava que falar mais alto em alemão ia fazer eu entender que o sanduíche era de queijo e presunto. Ô saco…

Depois do lanche, peguei o ônibus 109 e desci na rua Kurfürstendammmais conhecida como Kudam, que foi o principal centro comercial da Alemanha Ocidental. Aqui você vai encontrar todas as lojas chiques, mas também vai ver as mais basiconas (não no mesmo quarteirão).  Desci perto do Kaiser Wilhelm Memorial Church, ou Gedächtniskircheque é uma das atrações mais marcantes da cidade. Esta igreja foi quase completamente destruída na Segunda Guerra Mundial e não foi restaurada de propósito, para que as pessoas se lembrem do ocorrido. Ao seu lado construíram uma igreja octagonal com mais de 20 mil quadrados de vidro, cuja luz azul interna é bem interessante. Gostei bastante do constraste das duas e de ver os detalhes da igreja que não foi restaurada.

Saí de lá e fui conhecer a loja de departamentos mais famosa de Berlim (talvez da Alemanha), a Kaufhaus des Westens (a.k.a KaDeWe). Ela é a segunda maior loja de departamento do mundo (só perde para a Harrods, em Londres) e tem 7 andares enormes com tudo que você puder imaginar. O destaque principal vai para o último andar da loja que tem um restaurante no estilo buffet com uma vista sensacional. Adorei o sorvete, a vista e as mercadorias, mas achei tudo caro para meus padrões.

Entrei rapidamente no shopping Bikini Berlinque é bem mais bonito por dentro do que por fora, e depois passei em um supermercado para comprar lanches para a noite. Como já imaginávamos, meu irmão chegou às 23h exausto e jantamos no conforto do nosso quarto.

Dia 2 – sexta-feira (29/07/2016)

Acordamos, tomamos café da manhã no quarto e nos arrumamos para visitar a famosa cúpula do Reichstag, mas acabamos perdendo o horário da visita porque meu irmão teve que trabalhar em cima da hora. Seguindo as sugestões de todos os blogs e amigos, reservamos pelo site oficial a visita à cúpula, escolhendo o dia, o horário e colocando nossos nomes completos e datas de nascimento. Se você tiver interesse, dá para fazer a visita completa ao prédio (dizem ser bem legal), mas você vai precisar se planejar com bastante antecedência, porque quando eu fui olhar, só tinha vaga para 2 meses depois.

O Reichstag abriga o parlamento alemão (Bundestag) e está associado a importantes momentos da história do país. Foi nele que proclamaram a República da Alemanha em 1918 e também onde os russos hastearam a bandeira da União Soviética depois da vitória na Segunda Guerra Mundial. Se quiser mais detalhes, veja esse link bem explicadinho do blog Simplesmente Berlim.

Saímos do hotel por volta das 11h e pegamos o ônibus 100 para vermos o prédio do Reichstag pelo menos por fora. Ele é enormeeeee (137 metros de comprimento e 97 metros de largura) e bem bonito.

Entramos ali pertinho no Tiergarten para visitar o Memorial de Guerra Soviético (Sowjetisches Ehrenmal Tiergarten)que foi construído pela União Soviética para homenagear os soldados do Exército Vermelho que morreram na Segunda Guerra.

De lá deu para ver o imponente Portão de Brandenburgoque foi construído no século XVIII e é um dos principais pontos turísticos da cidade (se não for o principal e mais conhecido).

Andamos um pouco até o Memorial do Holocaustoque é um monumento dedicado aos 6 milhões de judeus que morreram na guerra. É um espaço bem grande com muitos blocos cinza em alturas diferentes em uma superfície irregular que dá uma agonia retada. Este foi o objetivo do arquiteto, então não se assuste se você se sentir meio mal ali dentro. Nós visitamos o museu gratuito que tem ali e fiquei impressionada com a exposição. Vale a pena entrar lá.

Fomos até a Potsdamer Platzque é repleta de prédios modernos e cruzamentos, e decidimos almoçar dentro do Sony Center, um complexo com restaurantes, cinema, escritório e até flats de luxo, que tem um teto bem interessante. Escolhemos o restaurante mais alemãozão dali, o Lindenbrauporque queríamos provar o prato típico da cidade (currywurst) e as cervejas de trigo deliciosas. Foi um almoço bem turistão, mas super agradável. 🙂

Caminhamos até a loja de chocolate mais famosa da cidade, a Fassbender & Rausche fiz questão de comprar uma barrinha de cada chocolate. Eles têm barras com 35% de cacau até 80%! Vou experimentar aos poucos, mas já adianto que o único que eu provei de 47% (Costa Rica) é uma delícia. (Ah, nós subimos para a cafeteria da loja para provar os docinhos no café deles no último dia da viagem. Vale muito a pena também!)

Essa loja maravilhosa está na praça Gendarmenmarktque é considerada por muitos locais como a mais bonita da cidade, talvez porque tenha duas igrejas quase gêmeas em lados opostos e um prédio lindo do Konzerthaus no meio. Visitamos primeiro a igreja mais perto da loja, a Deutscher Dom (Catedral Alemã), que atualmente é um museu, e depois a Französischer Dom (Catedral Francesa). Nesta última, nós pagamos 3 euros por pessoa para subir a torre e foi uma decepção, porque a subida é bem pesada e lá em cima estão algumas janelinhas com grades e vidros sujos. A vista é bonita se você abstrair esses detalhes, mas não acho que valha a pena não…

Fomos andando até a Avenida Unter den Linden, considerada uma das mais belas e mais importantes da cidade, mas ela estava toda em obras então não deu para aproveitar a beleza dos seus prédios pomposos. Atravessamos a ponte e ficamos de cara para a Berliner Dom, que é a maior e mais importante igreja protestante da cidade, tendo sido construída no final do século XIX. Pensamos em entrar, mas como custava 7 euros por pessoa (com a subida na cúpula) e nós tínhamos que encontrar minha amiga, acabamos deixando para o último dia (vale a pena pagar os 7 euros, by the way!).

Encontramos minha amiga na estação de trem da Alexanderplatzque é uma das principais praças da cidade (onde está  destaque a enorme Berliner Fernsehturm – Torre de TV ) e pegamos o metrô até o Tempelhofer Park. Este parque é gigante e é onde está o agora desativado aeroporto Tempelhof, que serviu na Guerra Fria para transportar mantimentos para Berlim Ocidental.  Achei bem legal as pessoas andando de bike, patins e curtindo o solzinho…minha amiga disse que eles costumam fazer churrascos também.

De lá nós andamos até um lugar super diferente, o Klunkerkranich. Este bar/balada está no último andar de um shopping, onde era um estacionamento, e de lá dá para ver uma vista sensacional da cidade. Recomendo demais!

Uma amiga dela nos encontrou ali e fomos para um restaurante italiano Masanielloque tem uma pizza deliciosa e preços ótimos. Fechamos o dia super bem. 🙂

Dia 3 – sábado (30/07/2016)

Começamos o dia visitando a Topografia do Terror, um memorial que está no local onde era a sede da Polícia Secreta (conhecida como Gestapo), que documenta os horrores praticados pelos nazistas com muitas fotos e textos impactantes. A entrada é gratuita e acho que ficamos mais de uma hora ali. Não tem como não sair de lá abalado…

Andamos algumas ruas e chegamos no famoso Checkpoint Charlie, que era um posto militar na fronteira entre Berlim Ocidental e Oriental durante a Guerra Fria. Eles controlavam ali a passagem de membros das Forças Aliadas e diplomatas estrangeiros entre a Alemanha Ocidental e a Alemanha Oriental. 

Almoçamos ali perto em um restaurante de comida asiática bem gostosinho, o Kori & Fay, e para minha felicidade, com preços bons também. Comida japonesa aqui em Dublin é uma fortuna!

Pegamos o metrô e descemos na estação Warschauer, porque queríamos ver a ponte mais bonita da cidade, a Oberbaumbrücke, e também queríamos ir no East Side Gallery, onde dá para ver mais 1km do famoso Muro de Berlim. Achei o lugar bem sujo e bagunçado, mas aparentemente as pessoas se amarram naquele point.

Percebemos que estava rolando uma festa com vários trio elétricos com música eletrônica e muitas pessoas animadas, mas incrivelmente educadas. Depois descobrimos com minha amiga que era uma manifestação a favor da imigração e da diversidade cultural. 🙂

Decidimos andar até a Alexanderplatz, mas não recomendo que faça isso, porque a distância é grande e não há nada de interessante pelo caminho. Paramos em um restaurante alemão dentro de um shopping aberto, o Food Lounge Berlin, e aproveitamos para descansar, carregar nossos telefones e beber mais cerveja de trigo de qualidade.

Algum tempo depois, encontramos nossos amigos e fomos jantar em um restaurante de comida vietnamita, o Lemon Leaf, que é um dos favoritos deles. Comida boa, preço bem justo e a vizinhança é uma delícia, com muitas opções de bares e restaurantes. Caminhamos sem pressa, paramos em umas lojas de conveniência para comprar bebidas que nem os locais (é bem comum isso lá!) e depois andamos até um lugar super diferente onde estão várias baladas e bares alternativos (no mapa eu marquei o Cassiopeia). Adoramos o passeio!

Dia 4 – domingo (31/07/2016)

Compramos o passe de transporte ilimitado e fomos tomar café da manhã no lugar que minha amiga considera o melhor da cidade, o Bastardque fica no bairro de Kreuzberg. Lugar bem simples, alternativo e cheio, mas com comida deliciosa. Amei as panquecas! 😛

Passeamos pelo bairro e tentamos comer o melhor cheesecake da cidade no Five Elephantmas infelizmente já não tinha mais. O local estava lotado (li em algum lugar que eles ganharam o prêmio de melhor coffee shop), o atendimento foi bem ruim, mas conseguimos comer um bolo de cenoura que estava bomzão. Fiquei com vontade de voltar lá para provar o cheesecake, mas tô entendendo que tem que ser bem cedo, então fica a dica.

berlim

Pegamos o metrô e depois o bonde para um bairro que minha amiga recomendou e que eu achei lindo demais. Descemos na estação Eberwalder Str. e caminhamos até a Senefelderplatz, passando pelas ruas menores ao redor. Os prédios são bem bonitos com suas fachadas trabalhadas, diferentes do resto da cidade. Muitos restaurantes e bares descolados, para variar…quantos bairros bons essa cidade tem? 🙂

Demos um pulo no maior Mercado de Pulgas da cidade dentro do Mauer Park, e cara, ele é bem grande mesmo! São stands de feira com peças de todos os tipos e qualidades e muita gente circulando. Achei muito massa!

Pegamos um bonde e em menos de 5 minutos chegamos no Gedenkstätte Berliner Mauer, o Memorial do Muro de Berlim. Deu para entender melhor a história do muro e ver alguns fatos tristes sobre ele, como por exemplo algumas fugas mal sucedidas.

Começou a chover pesado e nós decidimos voltar para o hotel e sair para jantar com calma mais tarde, ali por perto mesmo. Depois de um descanso merecido, fomos andando para o restaurante italiano L’Osteriacom ambiente, atendimento, comida e preços ótimos. Recomendo!

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Dia 5 – segunda-feira (01/08/2016)

Fizemos checkout, deixamos nossas malas na recepção e alugamos uma bicicleta dentro do hotel para finalmente nos exercitarmos pela cidade. Fomos tomar café da manhã em um lugar indicado pelos nossos amigos que tem uma vista bem legal da cidade. É um bandejão no último andar do prédio da Telekom Innovation Laboratories, que é o número 1 no mapa acima. A comida é de bandejão né, ou seja bem fraca, mas a vista vale a pena, olha:

Pedalamos até a Coluna da Vitória (Siegessaule), mas apesar de ser possível subir nela, nós tiramos fotos apenas de baixo.

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Continuamos pela mesma rua, passando pelo Brandenburger Tor, pela Avenida Unter den Linden e só paramos na Berliner Dom, a catedral da cidade. Pagamos 7 euros por pessoa para ver seu interior lindíssimo e também para subir até a cúpula, de onde dá para ver uma vista bem legal da cidade.

Saímos da igreja e pedalamos até a Gendarmenmarkt, onde almoçamos pratos típicos alemães no Augustiner am Gendarmenmarkt. Depois do almoço, fizemos questão de passar de novo na melhor loja de chocolates da cidade, a Fassbender & Rausch, mas desta vez fomos para o café que fica no segundo andar e comemos as tortas. Que delícia, meu Deus!

Pedalamos de volta para o hotel, nos despedimos (o vôo dele foi mais cedo que o meu) e aproveitei para passear mais na KaDeWe antes de encontrar minha amiga. Passeamos pelo antigo bairro judeu, que fica perto da Hackershermarkt. Alguns prédios foram restaurados e são lindinhos demais! Tomamos um café por ali e segui depois para o aeroporto. Quanta coisa em 5 dias, não? 🙂

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