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Mochilões e Mochilinhas

Um final de semana em Mainz e Heidelberg

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Uma amiga muito querida que conheci no meu mochilão para a Argentina está morando em Mainz, na Alemanha, há uns dois anos, mas só agora conseguimos nos encontrar pela Europa (ela já foi para o Brasil). Ela me avisou que no último final de semana de novembro começariam as famosas feiras de natal (Weihnachtsmarkts) na Alemanha, então decidimos ainda no Brasil visitá-la no final de semana que passou (28/11/2014 a 01/12/2014). Acabamos conhecendo a cidade dela e a fofíssima Heidelberg e contei tudo aqui.

Alguns links sobre essas feiras fofíssimas:

Feiras de Natal dão vida ao inverno na Alemanha

As mais bonitas Feiras de Natal da Alemanha

Sexta-feira (28/11/2014)

Voamos de Dublin para Frankfurt na sexta a noite e nem precisamos pegar o trem para Mainz, porque ela foi nos buscar no aeroporto com o namorado. (OBS: ficamos 10 minutos naquele ônibus que pega os passageiros no avião parado no meio do pátio até o lugar onde pegamos a mala…o aeroporto é enorme!!!)

Demoramos só meia hora para chegar em sua casa, porque pegamos uma autobahn (estrada sem limite de velocidade) e o namorado dela foi a 200 km/h sem eu nem perceber. Só realizei isso no dia seguinte, quando ele me mostrou as placas que mostram que não há limite de velocidade (irado!).

O namorado dela, que é alemão, fez questão de fazer um jantar típico para nós e nos deliciamos com a comida (carne de porco misturada com carne de vaca, purê de batata, espinafre, etc) enquanto colocávamos o papo em dia. Bebemos um prosecco alemão muito bom, além de ótimas cervejas nacionais, e cama!!

Dia 1 – sábado (29/11/2014)

Acordamos sem pressa e tomamos um café da manhã delicioso com muitas iguarias locais. O melhor de tudo, na minha opinião, foram as geleias de frutas típicas que a mãe dele faz em sua casa/sítio. Gente, que delícia … Celo se amarrou nas linguiças/bolos de carne.

Saímos da casa deles e fomos direto para Heidelberg, porque eles falaram que é uma cidade turística que valia a pena visitar (vale mesmo!). Pegamos novamente uma autobahn e dessa vez consegui notar os carros com velocidade acima de 200 km/h, nos ultrapassando tranquilamente… é muito irado! A nossa vontade de alugar um carro maneiro e pegar uma estrada desse tipo só aumentou. 🙂

Eu confesso que quando chegamos em Heidelberg, não fiquei muito animada não. Vi vários prédios modernos, uma estação de trem nada maneira, tudo bem diferente do que eu estava imaginando. Eis que, depois de alguns minutos dentro do carro, entramos na altstadt (cidade antiga em alemão) e fiquei APAIXONADA pelo que vi.

Conseguimos parar o carro em um estacionamento subterrâneo de 3 pisos bem embaixo do centro da cidade antiga, mesmo a cidade estando bem cheia. Decidimos ir visitar primeiro o Castelo (Schloss Heidelberg), porque teríamos que subir um morro, para depois curtirmos a cidade. Olhem que caminho lindo…

Quando chegamos no castelo, nos deparamos com algumas barracas brancas, que provavelmente seriam usadas para mais um mercado de natal da cidade, com algumas comidinhas, bebidinhas e presentes a venda, mas que infelizmente não estavam prontas.

Pensamos em comprar os tickets para entrar no castelo e passear pelas ruínas (o que deve ser bem legal!), mas ficamos com pena dos nossos hosts. Ficamos passeando apenas ao redor, o que já é impressionante. Olha só que lugar incrível:

Curiosidade: O castelo começou a ser construído em 1214, foi expandido em 1294, em 1537 e em 1764 foi atingido por raios e além disso, foi atingido durante guerras do século 18.

Descemos de lá e fomos andando até a ponte Alte Bruecke (old bridge), construída entre 1786-1788, que separa a cidade velha de uma área com mansões fabulosas, que segundo nosso host alemão, custam milhões de euros. Antes dessa ponte de pedras ser construída, existiram ali algumas pontes de madeira que sempre eram derrubadas com enchentes e guerras, até que finalmente, o Prince Karl Theodor mandou fazer uma resistente. Você tem que passar pelo Medieval Bridge Gate, que liga a ponte à cidade velha..ele é lindo demais.

Depois da ponte, passamos na Church of the Holy Spirit, que é mais linda por fora do que por dentro. Ela está bem no centro dos mercados de natal, então estava uma energia ótima por ali. Não tirei nenhuma foto decente, sorry.

Depois da igreja, decidimos passear pelos mercados e experimentar as iguarias natalinas alemãs. É claro que com duas pessoas falando alemão por nós e escolhendo o que havia de melhor, não teve com a experiência não ser deliciosa. Comemos doces, salgados e bebemos o famoso Gluhwein, que é um vinho quente. Eu não morri de amores não, mas tomei toda a minha caneca (sim, é na caneca que se bebe!).

Quer visualizar a feira de natal antes de ver as fotos? Pense em um lugar com várias casinhas de madeira decoradas para o Natal, todas vendendo comidas, bebidas ou coisas fofas, e várias pessoas encasacadas comendo e bebendo em pé, ouvindo música natalina. Achei o lugar mágico e aconchegante, com muita luz e muitos sorrisos (apesar de serem alemães). Agora, algumas fotos…

De comidas salgadas, nós provamos o famoso Bratwurst (salsicha de porco, carne ou vitela em um pão), o Kartoffelpuffer (bolo de batata com um creme de maça) e Spiessbraten (pão com um presunto muito bom). Tudo ótimo e bem servido. De doces, provamos algumas coisas, que esqueci de anotar o nome, e amêndoas + castanhas doces.

A única parada chata que achei das feirinhas que visitamos (acho que em Heidelberg tem umas 3) é o frio. Nossa, não tem como não senti-lo, mesmo comendo e bebendo coisas quentes. As feiras até ficam bem cheias porque realmente são bem tradicionais e as pessoas curtem bastante, mas pelo menos, você consegue comer/beber/comprar tudo o que quer sem muito stress, porque as pessoas são educadas e os vendedores são ágeis.

Depois de lá, passeamos pela maior rua somente para pedestres da Alemanha, a Hauptstrabe. Ela estava completamente decorada para o natal, com todas as suas lojas abertas e muita gente caminhando. Achei bem legal, mas pena que só consegui tirar foto com o celular. Clique aqui para ver fotos do Google. Você vai gostar!

Voltamos para Mainz e nos arrumamos para uma festa de aniversário na casa de um casal de amigos dos nossos amigos. Fomos andando até a casa deles e no caminho para lá, percebemos que mesmo a cidade sendo a capital do estado Rhineland-Palatinate, há uma paz deliciosa ali. Nossos amigos nos explicaram que a cidade foi praticamente toda bombardeada durante a segunda guerra mundial e portanto, todos os edifícios padronizados que estávamos vendo, foram construídos nos 30 anos seguintes à guerra. Disseram  que de vez em quando, bombas da segunda guerra são encontradas e as pessoas têm que esvaziar determinadas regiões para que as autoridades possam destruí-las sem muitos impactos. Já acharam bombas dentro do rio Reno, que corta a cidade e inclusive dentro de terrenos vazios, durante a construção de prédios. Louco, né?

Algumas observações do nosso primeiro aniversário alemão: as cervejas  ficaram gelando do lado de fora da casa, as pessoas jogaram confetes no aniversariante assim que deu meia noite, o bolo com velas deles foi uma bandeja com velas apenas (acho que é porque já tínhamos comido o cheesecake) e para terminar, passou futebol na TV durante toda a festa, apesar de ninguém parar para ver. Nem comentamos sobre a Copa do Mundo né…maior mico. 🙂

Dia 2 – domingo (30/11/2014)

Tivemos novamente nosso café da manhã completíssimo, com direito a mais um casal de amigos, o que deixou o evento bem animado. Depois de algumas horas, saímos para andar por Mainz e paramos em vários lugares interessantes.

No caminho para a estação de trem, eles leram uma placa em alemão sobre um mini museu dentro de um vagão de trem antigo (de 1934), que foi simplesmente um achado!!! O nosso casal de amigos trabalha na empresa DB, que é responsável pelos trens da Alemanha, então eles sabem tudo deste setor. Olha que máximo…

O mais legal deste museu é que  a cidade tem vida! Os trens estão andando o tempo todo, os teleféricos também, o carro da polícia está ativo, está ocorrendo um enterro, etc, etc…cidade em miniatura, com o foco nos trens, claro. Olha parte da eletrônica por trás disso…

Enfim, adoramos ter entrado no vagão. Custava 3 euros por pessoa, mas o nosso amigo conseguiu que nós quatro pagássemos 5 euros. Eu não tenho ideia do que ele falou, porque foi em alemão. Devia ter perguntado né?

Encontramos mais um casal de amigos e saímos caminhando pela cidade, passando por lugares bem legais, até chegarmos à cidade antiga, que para mim é o auge da cidade. As ruas tem prédios pequenos colados uns nos outros e casas com arquitetura típica, que eu adoro, e várias pessoas caminhando.

 Chegamos finalmente ao mercado de natal da cidade e lá fomos nós comer mais iguarias! Ô vida ruim, viu…

O mercado de natal de Mainz fica ao redor da catedral da cidade, a Mainzer Dom, que é enorme, linda e tem 1000 anos. Entramos para conhecer e para nos aquecer também, porque o frio estava punk. Neste mercado, vimos uma fogueira com várias pessoas sentadas ao redor e também alguns barris enormes, com mesas dentro para as pessoas sentarem.

Voltamos andando para casa e descobrimos um fato interessante de Mainz. As ruas que são paralelas ao rio Reno possuem placas azuis e as ruas que são perpendiculares ao rio possuem placas vermelhas. Alguém imagina o porquê? Pois bem…dizem que quando os soldados franceses estavam na cidade, eles bebiam bastante e sempre se perdiam com as placas em alemão. Quando estavam bêbados, acabavam caindo no rio e morrendo afogados. Daí, as autoridades alemães colocaram esse hint para os vizinhos não morrerem mais. Ajudinha boa, né?

Segunda (01/12/2014)

Acordamos bem cedo, porque nosso vôo de Frankfurt para Dublin era às 10h30. Pegamos o trem na estação de Mainz rumo ao aeroporto e em menos de meia hora chegamos lá. Tentamos fazer check-in nas máquinas, mas nossos passaportes não foram reconhecidos por elas. Lá fomos nós para fila, com todo mundo com bagagem para despachar, menos nós. Lição: sempre fazer check-in online quando não tiver bagagem para despachar. Se até na Alemanha as máquinas podem não funcionar 100%, imagina em países que não são tão desenvolvidos, né?

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