A viagem de Praga a Zlín, na Morávia, demorou 2 horas de carro e nós chegamos pouco depois de meia noite, direto para cama.
Dia 1 – quarta-feira (10/02/2016)
Acordamos relativamente cedo, tomamos um café da manhã caprichado na casa da Zu e saímos para passear de carro. Depois de 1 hora de estrada, chegamos a um museu aberto que imita uma vila do século XVI: Dřevěné městečko.
Compramos os ingressos (80 coroas tchecas ou 3 euros por pessoa) e lá fomos nós explorar. Entramos nas casas, nos mercadinhos, nas igrejas e foi bem fácil imaginar como era a vida ali naquela época. Achei bem legal!
Paramos para almoçar no restaurante da vila e adoramos o ambiente, a comida, os vinhos da região, a música típica, e claro, a neve caindo do lado de fora da janela. Que aconchegante! 🙂
Depois de algum tempo ali, fomos para o carro e aproveitamos que estava nevando para ir visitar um centro de ski que tem perto dali. Subimos a estrada com certa dificuldade por causa do gelo na pista, mas chegamos bem. Só um detalhe: estava tendo uma tempestade de neve e seria impossível (ou melhor, insano) esquiar ali. O jeito foi se contentar com brincar na neve que nem criança!
Tomamos um chocolate quente no único restaurante aberto e pegamos a estrada com bastante cuidado para Zlín. Já na cidade, passamos em um supermercado com muita variedade de tudo (não esperava isso!) e depois em uma loja especializada em vinhos da região. Foi lá que eu vi pela primeira vez o lance de escolher o vinho e eles colocarem uma garrafa plástica em uma torneira. É muito mais em conta e o vinho continua bom se você for bebê-lo em poucos dias/horas. Economia maravilhosa essa!
Fechamos a noite no aconchego da casa da Zu, com direito a petiscos e vinhos ótimos. Perfeito!
Dia 2 – quinta-feira(11/02/2016)
Tomamos café da manhã em casa e antes de sairmos da cidade, passamos em um estádio de hockey que fica do lado da casa dela e demos a sorte de conseguir assistir a um treino da seleção de Zlín. Bem dinâmico e barulhento! Curti. 🙂
Pegamos estrada para a cidade de Luhačovice, famosa pelas fontes de água termais e seus muitos SPAs. A água mais famosa da região é a Vincentka, que dizem ser boa para resfriados, bronquites, etc por ter muitos minerais em sua composição. Nós entramos em um local onde dá para tomar esta água de graça (ela é vendida nas farmácias) e muitas pessoas vão com garrafas plásticas para levá-la para casa. Nós a experimentamos e a achamos bem ruim…salgada e gasosa, sabe? Mas se é boa para o organismo, porque não, né?
Passeamos pelo parque e pelas ruazinhas sem pressa, aproveitando o dia ensolarado. Delícia!
Provamos o biscoito típico da região, que é uma bolacha grande bem doce com vários recheios dentro:
Quando nos demos conta que não tínhamos almoçado, já era bem tarde para os padrões tchecos e não conseguimos encontrar nenhum restaurante aberto no centrinho. Acabamos indo almoçar no Rimini, que é um restaurante com bom ambiente e boa comida, mas que infelizmente permite fumantes lá dentro. Horrível comer sentindo o cheiro de cigarro, mas não tivemos outra opção.
De lá fomos para o lago Luhačovice, onde as pessoas costumam tomar banho no verão, quando a temperatura fica na casa dos 30 graus. O lugar é bem grande e a Zu disse que fica bem cheio! Olha só:
Seguimos para a cidade de Uherské Hradiště e depois de passearmos pelo seu centrinho fofo, paramos no Bar Aquarium para tomar café e comer sobremesas típicas. O ambiente é o máximo!
Passamos em uma loja especializada em vinhos e fizemos questão de comprar o vinho favorito de nossos amigos (branco) em sua garrafa original. Ele é realmente delicioso, portanto, guarde o nome: Pálava.
Voltamos para casa e pedimos pizzas ótimas para comermos em casa. Tudibão!
Dia 3 – sexta-feira (12/02/2016)
Tiramos o dia para conhecer Zlín, que apesar de não ser turística, tem uma história bem interessante e ligada à família de um cara chamado Tomáš Baťa. Eu já escrevi sobre ela no post com o resumo da viagem, então dá uma olhadinha lá para eu não precisar repetir aqui. Começamos o passeio visitando um casa típica que fica entre os prédios da universidade. Apesar de hoje ser um escritório de arquitetura, entendi que é um prédio tombado e aberto aos poucos turistas que vão a cidade. A moça que nos recebeu fez questão de contar os detalhes das casas que o Sr. Tomas construiu e inclusive nos mostrar as maquetes e mapas da cidade. É impressionante como essa cara era um visionário!
Fomos visitar a casa onde ele morou e que hoje em dia é uma fundação, a Tomáš Baťa Foundation. De lá ele conseguia ver a fábrica e as casas que mandou construir para seus trabalhadores. Muito bom gosto!
Fomos conhecer o prédio que foi a sede administrativa de sua empresa e que na época foi o prédio mais alto da Europa. Ele fica bem no centro da cidade e tem uns 16 andares, então a vista da cidade é bem impressionante.
Eles fizeram um elevador sensacional no prédio, que não para em nenhum andar e não tem portas, então é bem excitante pegar uma carona nele.
Fomos almoçar no único restaurante de comida brasileira que tem na cidade, o Brazileiro, que é inclusive de uns amigos da Zu. Comida boa e ambiente aconchegante, além de tratamento VIP para nós. 🙂
Saímos de lá satisfeitos e fomos passear um pouco na cidade. Comprei alguma coisas na loja Tescoma, que tem todos os acessórios para cozinha que você imaginar, e fiz questão de comprar uma bota na loja do Sr. Tomas (Dê uma olhada no site da loja). São de excelente qualidade mesmo.
Quando as compras acabaram, pegamos o carro e dirigimos mais de 1 hora até a vinícola Templářské. Fizemos o tour a noite e ao ouvir os detalhes de sua história desde o século XIII, a animação só aumentou. Terminamos o passeio com uma degustação bem regada e deliciosa e depois seguimos para um jantar dentro da adega. Ambiente super agradável e diferente, comidas ótimas e vinhos maravilhosos…tudo por 16 euros para os dois. Amamos e com certeza recomendamos!
Dia 4 – sábado (13/02/2016)
Tomamos café da manhã e saímos para passear pela região onde eles compraram um terreno e vão morar daqui a alguns meses. Cidade menorzinha, mas bem fofa e perto de Zlín. Fomos até a estação de onde partia o nosso trem para Praga (compramos online com a ajuda deles) e alguns minutos depois do horário previsto, embarcamos rumo à capital tcheca. A viagem durou menos de 3 horas e nós achamos o trem excelente! Cadeiras confortáveis, Wifi funcionando direitinho e o melhor de tudo, restaurante ambulante. Compramos nossos lanches sem nem precisar levantar da cadeira. Chique, né?