Dia 1 – segunda- feira (29/12/2014)
Depois de quase 3 horas de viagem desde Budapeste, chegamos à Bratislávia, capital da Eslováquia. Decidimos incluir a cidade no roteiro, porque além de ter preços ótimos para esta época do ano, considerada alta temporada, esta cidade tem vários reviews interessantes e alguns até dizem, que ela vai bombar de turistas nos próximos anos. Será?
(Um resumo básico: Pressburg, como era chamada, foi capital da Hungria em 1536 e só se desenvolveu no reinado de Maria Theresa, entre 1736 e 1765. Depois da 1ª Guerra Mundial, a cidade foi incorporada à Tchecolosváquia e passou a se chamar Bratislava. Somente em 1993, com a queda da URSS e a divisão da Tchecolosváquia, a cidade se tornou capital da Eslováquia. A cidade é conhecida por suas estátuas, pelo seu Castelo e por ter o Danúbio cortando-a ao meio, separando a cidade nova da cidade antiga.)
A estação de trem é bem pequena, se comparada a todas as outras pelas quais passamos. Fomos direto para o guichê e compramos a nossa volta para Viena, só para garantir. A vendedora não falava inglês direito, mas nós conseguimos nos comunicar de alguma forma. Depois, tentamos encontrar informações para turista, mas não achamos NADA. Fomos falar com algumas pessoas e explicar que precisávamos comprar passagens de ônibus, mas de novo, no english. Os rapazes que nos ajudaram pelo menos sorriram e tentavam fazer gestos, mas no final desistiram e nos guiaram para o lugar que podíamos tentar comprar as passagens. Senti um alívio ao perceber que os eslovacos não eram tão duros como os húngaros que você não tem ideia…
Andamos até uma máquina amarela que ficava dentro do ponto de ônibus e tentamos entender o que comprar (no english, again!). O Celo chegou a pesquisar que era melhor pegarmos um bonde ao invés de um ônibus, mas com o frio que estava fazendo, decidimos pegar ônibus mesmo, já que nem sabíamos onde era a estação do bonde. Uma garota nova que estava no ponto foi um anjo com a gente e nos ajudou nos mínimos detalhes (english, finally!). Conversamos sobre amenidades e quando eu perguntei se ela gostava de morar ali, ela respondeu não muito empolgada: “It’s home, right?”.
Compramos as passagens (1.80 euros para nós dois), entramos no ônibus indicado por ela, e quando pedimos ajuda ao motorista, ele falou o nome da estação que tínhamos que descer, mas não entendemos nada. (PS: adoro a aventura de viajar para um lugar com um língua diferente!) Entramos com nossa mochilona e todo o ônibus percebeu que éramos turistas. Aproveitei que todos nos encaravam e puxei papo com um jovem que estava por perto e ele nos avisou quando descer. Descemos e andamos em direção ao que achamos que era o lugar mais movimentado da cidade. Como não achamos um mapa na estação de trem e nem tínhamos guia ou internet, fomos andando na sorte mesmo, parando algumas pessoas na rua para pedir ajuda. Não é que achamos nosso hotel até rápido? Ô sorte!
Ficamos no hotel Michalská Brana (diária de 69 euros, com café), que fica ao lado do Michael’s Gate, que é o único portal da época medieval preservado.
Ali do lado está a casa mais estreita do país, com 1,30 metros de largura. Saca só:
Adoramos o hotel, apesar de ficar em uma viela não muito amigável, e aproveitamos os lanches e vinhos na mochila, para jantar dentro do quarto mesmo.
Dia 2 – terça- feira (30/12/2014)
Tomamos um café da manhã ótimo no restaurante do hotel, que tem uma decoração interessante, com muitas fotos antigas da cidade. Finalmente com mapa em mãos, conseguimos nos localizar melhor e decidir o roteiro a ser feito, baseado em algumas anotações que fiz de blogs que encontrei. Decidimos ir primeiro no Bratislava Castle (Bratislavsky Hrad), que é a principal atração da cidade. Fomos andando, porque ficava relativamente perto e a subida não é lá muito complicada. Passamos em frente a algumas igrejas, até entramos em uma (não lembro o nome), sempre com muita neve na rua.
Quando entramos no castelo, achamos a vista da cidade sensacional e o castelo em si bem bacana também. Acho que fiquei mal acostumada com a arquitetura das duas cidades anteriores (Viena e Budapeste), então não me impressionei tanto com este daqui. Mesmo assim, pagamos 14 euros para entrar e curtimos uma exposição bem completa sobre a primeira guerra que estava rolando ali. Depois, ficamos pelo jardim mesmo, apreciando a vista e curtindo a neve.
Descemos por outro caminho, que deu bem em frente à St Martin’s Cathedral, construída em 1452.
Andamos pela Hviezdoslavovo Namastie, que é uma das praças principais da cidade, com prédios barrocos e renascentistas lindos, que dão lugar a algumas embaixadas até. É nessa praça que fica também o Slovak National Theather, aberto ao público em 1886, em frente a uma pista de patinação não muito atraente. Viramos a direita e fomos até a margem do Danúbio, que dá um charme à cidade.
Voltamos pela mesma rua, pois queríamos conhecer a Hlavne Namestie, que é a praça principal da cidade. No meio do caminho, paramos para tirar a a foto clássica do Cumil, estátua mais famosa da cidade.
Depois de alguns passos, mais uma estátua: Schone Naci, o senhorzinho que oferece o chapéu:
Entramos no Cafe Mayer, que fica bem atrás dele, mas não achamos nada demais, talvez porque o atendimento tenha sido péssimo.
Na praça, mais uma estátua: Napoleon’s Soldier.
Passamos pela Old Town Hall, Franciscan Church and Monastery e até tentamos entrar no Primate’s Palace, mas ele estava fechado. Ali há uma sala chamada Hall of Mirrors, que é uma versão reduzida do que existe em Versalhes, que foi onde Napoleão assinou o Tratado de Pressburg em 1805.
Começou a escurecer e voltamos para o hotel, porque o frio estava de rachar, com temperaturas negativas. Descansamos, procuramos restaurantes no TripAdvisor e nos arrumamos para sair. Acabamos indo no terceiro melhor restaurante da cidade, o Zeleny Rodriguez, que nos surpreendeu. O atendimento, os pratos sugeridos e o vinho eslovaco estavam perfeitos. E o melhor de tudo, foi a conta para tudo isso: 35 euros para nós dois! Perfeito 🙂
Dia 3 – quarta- feira (31/12/2014)
Último dia do ano e último dia inteiro na cidade. Comemos nosso super café da manhã, fizemos checkout e lá fomos nós para o nosso segundo hotel, o Art William Hotel. Pois é, tivemos que mudar de hotel, porque quando eu fiz a primeira reserva no hotel anterior, o plano era passar o Reveillon em Praga. Mas, depois de pesquisarmos as atrações e hoteis da outra cidade, desistimos e achamos melhor ficar pela Brats mesmo. Como nosso hotel já estava lotado para o dia 31, tivemos que zarpar. Sempre é chato fazer checkout/checkin, mas pelo menos este hotel tinha um quarto mais maneiro. A área do hotel é estranha, porque ele fica dentro de um shopping, mas o quarto compensa!
Deixamos nossas coisas e fomos andando até o Grassalkovich Palace, que é a residência do presidente da Eslováquia. Construído em 1760, possui um jardim barroco que fica aberto ao público mesmo com o presidente estando lá. Tudo muito lindo, principalmente com muita neve ao redor. Voltamos a ser crianças! 🙂
Andamos até a Church of St Elizabeth, ou Blue Church, que é linda demais por fora e certamente, a mais fofa que já vi até hoje (e talvez que eu verei para sempre). Ela parece de boneca, com os detalhes perfeitinhos azuis. Olhem só:
Seguimos andando até o Danúbio, passando por vários prédios interessantes. Na margem do rio, muitas estátuas bacanas, com placas somente em eslovaco, infelizmente.
Andamos pela ponte até chegarmos ao UFO, um observatório com restaurante bem bacana, no formato de nave espacial. Demos azar e pegamos uma fila enorme, por causa de um grupo de estudantes de quase 40 pessoas que estava na nossa frente. O pior de tudo é que a fila era do lado de fora, então foi quase impossível manter o bom humor depois de 1 hora esperando. A vista lá de cima é linda e realmente vale a pena (custou 13 euros para nós dois), mas os lanche que comemos no bar, assim como o vinho, estavam overpriced. Eles possuem um restaurante mais chique também, que precisa de reserva para ir. Dá uma olhada depois se você quiser ir.
Compramos duas garrafas de espumante, que segundo a vendedora da loja de bebidas, eram as melhores do país (11 euros a garrafa). Voltamos para o hotel para descansar para a super noite de Reveillón na Bratislávia e provamos o um espumante: bom mesmo! Nos arrumamos para jantar no único restaurante aberto perto de meia noite, o Bratislava Flagship Restaurant, e apesar de sua entrada escondida estranha, adoramos a experiência. Ao entrar pela porta do restaurante que fica na calçada de uma praça, você volta ao tempo por causa da decoração de uma vila típica eslovaca. Vai entrando e vai se deparando com umas coisas diferentes, até que chega ao salão principal, que tem uma energia deliciosa. Pedimos várias coisas para comer e achamos tudo ótimo, assim como o atendimento. Não é um lugar chique, longe disso, mas valeu muito a pena. Pode ser mega turístico e tals, mas eu me senti eslovaca…hahaha.
De lá, voltamos para o hotel para pegar a outra garrafa de espumante e seguimos para a praça principal. Fomos barrados por guardas, assim como vários outros turistas com bebida na mão, pois vidro é proibido na região do show. Ainda bem que nosso hotel era pertinho, pois voltamos para deixar lá. Seguimos para a praça principal, onde uma banda de rock local se apresentava. Parecia um pouco Paralamas/Skank/Capital, então foi maneirinho. Pena que os caras não cantaram uma música que eu conhecesse!
Perguntamos para algumas pessoas sobre os fogos e fomos para a margem do Danúbio. (Acredita que teve um babaca que falou para a gente ir para uma praça que ficava do lado oposto?) Chegamos perto da meia noite lá e estava bem cheio. Um apresentador deu as boas vindas aos turistas (eeeee!!!) e fez a contagem regressiva em eslovaco. Os fogos começaram ao som de Mozart, bem em cima de nossas cabeças. Acho que saíam de barcos que estavam no rio, mas não tenho certeza. Duraram uns 10 minutos (eu acho) e foram lindos. Acho que a música clássica imponente ao fundo ajudou a tornar o momento mais mágico….
Depois que os fogos profissionais terminaram, algumas pessoas começaram a soltar fogos toscos e balões. Coisa de louco! Saímos de lá com certa pressa, com medo de alguma merda acontecer, até que chegamos naquela praça das embaixadas. abe aquela pista de patinação não muito atraente? Pois é, ela virou pista de dança! Nos jogamos lá e entramos na festa com os turistas e locais. Achei o máximo dançar no gelo e para nossa surpresa, não caímos. Vimos muita gente ali com garrafas de vidro, então entendemos que devem ter algumas áreas restritas, como a praça do show. Se a gente soubesse, teria dado a volta por outra rua e ido direto para o Danúbio, mas enfim, passou. Fica a dica, caso um dia passe o reveillon lá.
No geral, achei que o nosso primeiro reveillon na Europa foi melhor do que eu esperava. Não achei as pessoas frias e desanimadas e nem a queima de fogos tosca, como alguns falaram. É claro que como o frio estava muito punk (acho que -11º), só conseguimos ficar duas horas do lado de fora, mas achei que foi uma boa experiência. É claro que os fogos não são os de Copacabana e eu não consegui pular as ondinhas, como sempre gosto de fazer, mas valeu a pena! Que venham outros lugares 🙂
Dia 4 – quinta- feira (01/01/2015)
Acordamos não muito cedo, fizemos checkout e pegamos o ônibus até a estação de trem Petrzalka, bem menor, que fica do outro lado do rio. Dessa vez, para nosso orgulho, compramos sozinhos os tickets! 🙂
Quer saber mais sobre a nossa viagem de 16 dias pela Áustria, Hungria e Eslováquia? É só clicar nos links abaixo:
- Resumão da viagem de 16 dias – veja aqui
- Salzburgo em 5 dias – veja aqui
- Hallstatt e Bad Ischl em 1 dia – veja aqui
- Melk em 1 dia – veja aqui
- Viena em 3 dias – veja aqui
- Bratislávia em 3 dias – veja aqui
- Budapeste em 2 dias – veja aqui
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