Sábado (23/05/2015)
Alugamos um carro com a empresa Budget no aeroporto de Dublin e fomos para a Irlanda do Norte com o mapa da locadora e com um livro guia que temos de toda a Irlanda.
Apesar de estar na mesma ilha que a República da Irlanda, a Irlanda do Norte é outro país. Ela faz parte do Reino Unido junto com a Grã Bretanha (Inglaterra, Escócia, País de Gales e algumas ilhotas) e utiliza a libra como moeda. A República da Irlanda não faz parte do Reino Unido e utiliza euros.
Como estávamos com visitas, o plano era conhecer o Giant’s Causeway (Calçada do Gigante), o Carrick-a-Rede (uma ponte do estilo “rio que cai”), a capital Belfast e passar também em uma atração menos conhecida, o Beaghmore Stone Circles, não necessariamente nessa ordem. Tudo isso em um final de semana.
Beaghmore Stone Circles
O caminho até Beaghmore Stone Circles foi bem interessante, porque passamos por várias cidades fofas e muitas fazendas de vacas e ovelhas, com casas, pastos e jardins impecáveis. A sensação que tive foi que a Irlanda do Norte é mais rica que a República da Irlanda, mas que as pessoas são tão simpáticas quanto, porque tivemos que parar em alguns lugares para pedir direções e elas foram encantadoras, mesmo com um sotaque muito mais carregado. Ficamos desanimados quando as pessoas disseram que não conheciam o lugar, mas não desistimos e depois de algum tempo, conseguimos chegar lá.
Como já esperávamos, o lugar não é lá grande coisa e talvez seja por isso que muita gente nunca tenha ouvido falar, mas a sua história é interessante. O complexo possui 7 círculos de pedras de até 1,20m de altura que datam de 2000 a.C. e até 1945, estava enterrado sob uma grossa camada de turfa. Ninguém sabe explicar o que são os círculos, mas sabem que algumas pedras estão alinhadas com o ponto onde o sol nasce no solstício de verão.
Dunluce Castle
Seguimos para o Giant’s Causeway, passando por cidades litorâneas fofíssimas como Portstewart e Portrush, que são conhecidas por serem destino de férias de famílias de classe média. Passamos por casas incríveis e por muitos estacionamentos com caravans, até que chegamos ao Dunluce Castle, fortaleza do século 13 que fica encravado em um rochedo bem íngreme.
Giant’s Causeway
A quantidade de placas para o Giant’s Causeway é enorme, sendo quase impossível alguém não conseguir chegar lá. Conseguimos parar o carro bem ao lado da entrada, graças a placas indicando que haviam vagas, e pagamos 9 libras por pessoa para visitar este Patrimônio da UNESCO.
Para quem não sabe, este lugar tem formações bizarras e regulares de colunas de basalto, que parecem ter sido encaixadas de propósito, de tão perfeita que são. A lenda principal do lugar é que um gigantes irlandês construiu esta calçada até a Escócia para travar uma batalha com um gigante escocês.
O visual até chegar à famosa Calçada é muito lindo e merece ser explorado a pé, com a ajuda do áudio guia que está incluído. Nós começamos o caminho pela trilha por baixo e depois subimos para ver o visual, mas eu acho que a melhor opção é o contrário. Para quem prefere mais conforto, eles oferecem ônibus com cada trajeto custando 1 libra e dá para pagar em euros também.
Saímos de lá às 19h, com o centro de visitantes fechando, e infelizmente não deu tempo de visitar a ponte Carrick-a-rede, que fica bem pertinho da Calçada. Li que esta ponte liga o continente a uma ilhota a apenas 25 metros acima do mar e ela é do tipo que balança quando você pisa, sendo uma das atrações mais ousadas do país. Dizem que vale a visita! =)
Nosso Bed and Breakfast
Seguimos viagem para o nosso hotel, que teve ser fora de Belfast, porque as poucas opções que encontramos em cima da hora estavam caríssimas (acima de 300 euros!). Optamos por dormir no Down Royal House, que fica em Maze, a menos de meia hora de Belfast. De novo, tivemos que pedir várias direções para chegarmos até ele, mas graças a Deus os irlandeses do Norte também são extremante simpáticos e solícitos. Chegamos ao hotel por volta de 21h e ficamos surpresos com o conforto e limpeza deste Bed & Breakfast. A nota 9,1 do Booking fez todo sentido para nós!
Deixamos as nossas coisas e saímos em busca de algum lugar para jantar, sem muita expectativa, pois o dono nos avisou que a maiorias dos restaurantes estariam fechados a esta hora. Passamos por alguns pubs que não serviam mais comida e por sorte, achamos um restaurante chinês bem arrumadinho aberto na cidade de Lisburn, o Golden Garden. Foi lá mesmo que jantamos e olha, não sei se foi porque estávamos com fome, mas a comida estava uma delícia.
Domingo (24/05/2015)
Tomamos nosso café às 9h em ponto, conforme combinado com o dono do hotel. Ele nos perguntou assim que fizemos o check-in que horas gostaríamos de comer e avisou que sairia para a igreja por volta de 10h (Uma fofura, não?) Eles prepararam um típico Irish Breakfast para cada um de nós e tudo estava uma delícia! É realmente um pequeno almoço, pois só fomos sentir fome depois de muito tempo.
Belfast
Chegamos em Belfast sem muita dificuldade, mas tivemos que pedir direções para chegarmos até a principal atração da cidade, o Museu do Titanic. O museu fica na área conhecida como Titanic Quarter, do lado direito do rio Lagan, enquanto o centro histórico da cidade fica do lado esquerdo dele.
Pagamos 15.50 libras por pessoa para entrar no museu, fora as 4.50 libras para estacionar lá dentro. Sim, é caro, talvez o museu mais caro que já visitamos, mas achamos que valeu a pena. Ficamos cerca de duas horas lá dentro e aprendemos bastante sobre a história da cidade de Belfast, sobre a empresa que fez o Titanic e sobre o Titanic em si. O museu é bem dinâmico e completo, com muito material exposto para ser lido, visto e ouvido. Tem até uma mini montanha russa dentro para impressionar os visitantes! Chega a ser um exagero, mas deixou a experiência mais interessante.
Fomos de carro até a região Cathedral Quarter e por ser domingo, paramos de graça em uma das ruas. Andamos pela Royal Avenue, repleta de lojas e restaurantes, e paramos no final dela, onde está a Prefeitura (Town Hall). Demos sorte de estar havendo uma feirinha com comidas de todos os tipos e foi lá mesmo que almoçamos. Andamos até a Grand Opera House, de 1894, e passamos no pub mais famoso da cidade, o Crown Liquor Saloon, de 1880, que fica em frente à Opera. A fachada é lindíssima, assim como o seu interior.
Pegamos o carro e passamos em frente à St Anne’s Cathedral, que é a principal da cidade. Ela é anglicana e levou cerca de 100 anos para ser finalizada, ficando pronta em 1904. É impressionante por fora e li que é encantadora por dentro, principalmente por causa os mosaicos coloridos feitos em 1930.
No caminho para Dublin, encontramos uma ponte parecida com a do Harry Potter (a original fica na Escócia):