Depois do Vale do Loire, fomos conhecer as regiões de Périgord e Quercy, na França. Lindas!
Dia 1 – terça – feira (30/06/2015)
Chegamos em Sarlat-la-Caneda por volta de 21h – ainda com sol (amo o verão!) – e fomos direto para nosso hotel, pois estávamos com medo de não ter ninguém lá para nos receber por causa da hora.
Optamos por ficar fora do centro da cidade, porque queríamos curtir mais a natureza, então quando chegamos no Le Clos Vallis (nota 9.4 no Booking), tivemos uma surpresa maravilhosa! Este Bed & Breakfast é super charmoso por fora, por dentro e por todos os cantos existentes, além de ter uma paz maravilhosa. Fomos muito bem atendidos pelo dono Patrick (homenagem ao nosso futuro filho) e ficamos muito contentes com a nossa escolha. Dá uma olhada nas fotos:
Por causa da hora e das dicas do dono, corremos para a cidade para tentarmos encontrar um restaurante ainda aberto para o jantar. Fomos no restaurante que ele nos indicou, o Le Presidial, e adoramos. O restaurante é lindíssimo, o atendimento é bom (bem francês) e a comida estava ótima. Pedimos o menu que tinha direito à entrada + prato principal + sobremesa para cada um (29 euros por pessoa) e tomamos um vinho da região, indicado por um especialista. Que delícia, gente!
Dia 2 – quarta – feira (01/07/2015)
Tomamos um café da manhã bem caprichado na varanda da casa e fomos muito bem recepcionados por uma galinha e um galo super fofos. Difícil querer sair dali, hein? Que vida boa!
Mas como nem tudo que é bom dura para sempre, tivemos que sair para conhecer o famoso Mercado de Sarlat, que acontece em suas ruas desde a época medieval. Paramos o carro em um estacionamento fora do centro da cidade (somente para pedestres) e em menos de 3 minutos de caminhada, já começamos a ver os stands com todos os tipos de comida que você possa imaginar. Vimos muitos stands vendendo Foie Gras (prato típico desta região, conhecida como Périgord), vinhos, queijos, linguiças e para minha felicidade, morangos super ultra mega saborosos.
Entramos no mercado coberto, que acontece dentro do que um dia foi a Igreja Sainte Marie (construída em 1365), mas esquecemos de subir o elevador que tem lá dentro para a ver vista da cidade. Acho que ficamos tão encantados em andar pelas ruelas de Sarlat, que esquecemos esse detalhe. Que cidade linda!!!
No final do passeio pela cidade, entramos na Cathédrale St Sacerdos, construída no séculos XVI e XVII, que é bem central e imponente. O destaque desta catedral é o seu órgão do século XVIII.
Saímos de Sarlat com o coração apertado, porque ficamos encantados com a cidade. A cidade é toda medieval e andar por ela, apesar da quantidade de turistas, faz você voltar ao tempo de algum jeito. Mas enfim, tínhamos um roteiro a seguir… Dirigimos por menos de meia hora até uma cidadezinha bem menor e muito famosa, já que sempre aparece na lista de cidades mais bonitas da França: La Roque Gageac. Guarde este nome. É um must see, mesmo!
Tentamos almoçar no melhor restaurante da cidade, o La Belle Etoile, mas para o nosso azar, ele estava fechado ( parece que fecha todas as quartas). Fica a dica para vocês então! Olhamos outras opções no TripAdvisor, mas a maioria estava fechada ou não pareceu fresca o bastante, porque estava um calor absurdo. Optamos por ficar em um restaurante com área externa coberta por árvores (bem em frente ao píer) e comemos omeletes gostosinhos.
Saímos do almoço direto para o passeio de barco (gabarre) pelo rio Dordogne. Como vimos que tinha passeio a cada meia hora, compramos o nosso na hora com a empresa Caminade, porque o Celo leu em algum lugar que era mais bem avaliada que a Norbert. O passeio durou 1 hora e teve um audioguia em inglês não muito sincronizado com a guia francesa na frente do barco. (OBS: Eu particularmente acho que o passeio seria muito mais agradável se todo mundo tivesse o seu audioguia e escutasse somente uma voz, mas paciência né, o jeito é abstrair a francesa falando ao mesmo tempo.) Passamos por paisagens lindíssimas, que incluem 5 castelos, e por muitas pessoas andando de caiaque pelo rio. O dia realmente estava lindo e o rio estava chamativo, mas com o calor que estava fazendo, acho que eu desmaiaria se tivesse que fazer algum exercício debaixo daquele sol. Em um dia menos quente, com certeza este passeio chamaria a nossa atenção.
Seguimos para a cidade de Domme, que fica no alto do vale do Dordogne e tem uma vista espetacular. A cidade é uma fofura também, com sua arquitetura medieval, ruelas charmosas e portões imponentes intactos. Paramos o carro em um estacionamento com sombra para o carro, compramos algumas garrafas de água, sorvetes e fomos passear pela cidade. O principal dela é o mirante, que tem uma vista do Vale do Dordogne.
No caminho de volta para Sarlat, decidimos parar na vinícola Vin de Domme, que parecia ser a única ainda aberta, segundo os panfletos que pegamos no hotel. Primeiro, fizemos a degustação gratuita (achamos os vinhos ótimos) e compramos o nosso vinho favorito. Depois, seguimos a recomendação do dono e fomos fazer o tour pela vinícola por nossa conta, subindo inclusive uma torre enorme que tem uma vista linda da região e da vinícola.
Antes de chegarmos em Sarlat, cruzamos por plantações de girassóis e quase enlouqueci de felicidade! Que coisa mais linda!!! Eu amo girassol e ver tantos assim, um do lado do outro, no final de um dia tão completo, com a pessoa que mais me completa ao meu lado, fez eu me sentir a pessoa mais sortuda e feliz do mundo. <3
Chegamos em Sarlat famintos e fomos direto para outro restaurante indicado pelo dono do nosso hotel, o L’instant Délice. Apesar de não ser tão bonito quanto o restaurante do dia anterior, achamos a comida até melhor e felizmente, mais barata. Pedimos o menu com entrada + prato principal + sobremesa para cada (21.90 euros para cada) e o vin de la maison, que era uma delícia. Aliás, fica a dica: normalmente esses vins de la maison (vinhos da casa) são mais baratos e costumam ser bem bons. Um ótimo custo benefício!
Dia 3 – quinta – feira (02/07/2015)
Tomamos café da manhã na varandinha de novo e dirigimos por 1 hora até a caverna mais famosa e mais visitada da Europa: La Gouffre de Padirac. Compramos o tour na hora, que custou 10.50 euros por pessoa, e apesar de ser alta temporada, não achei que estava tão cheio. Descemos uma parte de elevador e outra parte de escada, e quando chegamos lá embaixo, caminhamos um bom percurso até pegarmos um barquinho. Tivemos que esperar um tempo com outros não franceses pelo guia que falava inglês, mas olha, talvez fosse melhor ter feito o tour em francês mesmo. Não deu para entender nada que o cara falava! 🙂
As paisagens do passeio de barco são lindas, mas o melhor ainda estava por vir, depois que descemos do barco e fizemos o tour andando com um guia que estava à nossa espera. Gente, que lugar maravilhoso! A água azul e ao mesmo tempo transparente, as paredes brancas com formações interessantes, as luzes indiretas colocadas pelos humanos (hahahah), tudo combina perfeitamente. A minha câmera não é profissional e o uso do flash é proibido, então as minhas melhores fotos do lugar são essas aqui:
Se quiser ver fotos profissionais, clique aqui. É de morrer, não? Não é a toa que é a caverna mais pop da Europa!
De lá, dirigimos por menos de meia hora a cidade de Rocamadour. O seu portão imponente na entrada e a ruazinha medieval com várias lojinhas charmosas já me fizeram babar pela cidade. Tudo isso, com uma rocha enorme do lado. Cenário de filme, né não?
Almoçamos em um dos poucos restaurantes abertos da cidade às 14h, o La Maison de Famille, que inclusive faz propaganda sobre a questão de ficar aberto 24h. Finalmente algum restaurante que se importa com turistas que perdem a hora visitando as atrações lindíssimas que existem na região. Comemos crepes tradicionais e bebemos uma cerveja francesa bem boa e gelada, a Pelforth, que caiu como uma luva para amenizar o calor que estava fazendo.
Passamos no centro de turismo para pegar um mapa da cidade e dicas do que fazer e fomos direto comprar o elevador para ver subir até o topo. (dá para fazer tudo a pé, mas estávamos exaustos com tanto calor). Pagamos 4.70 euros pelos dois elevadores por pessoa, somente para subir, mas dá para pagar menos do dobro para subir e descer. Paramos primeiro para visitar o Santuário de Rocamadour, importante ponto de peregrinação desde o século XII que recebe mais de 1 milhão de visitantes todos os anos. O lugar tem uma energia peculiar e capelas bem diferentes entre si, sendo a Capela de Nossa Senhora (Notre Dame) a mais impressionante, na minha opinião.
Saímos do santuário para pegar o segundo elevador até o château, que fica bem no topo da rocha. Pagamos 2 euros por pessoa para entrar, mesmo sabendo que só dava para ficar na muralha, porque sabíamos que a vista ia ser espetacular:
Ficamos um tempo ali em cima curtindo o visual e depois descemos pelas escadas, agradecendo pela decisão de não ter subido por elas. Compramos mais águas, sorvetes e dirigimos de volta para Sarlat, ansiosos pelo jantar em mais um restaurante indicado pelo Patrick. Dessa vez, fomos no Le Bistrot, que fica bem em frente à Catedral, e para nossa sorte, conseguimos a última mesa do lado de fora. Menus completos para cada um + um vinho recomendado por nossa garçonete, com atendimento diferenciado. Achamos o melhor custo benefício dos 3 que visitamos.
Dia 4 – sexta – feira (03/07/2015)
Tomamos nosso último café da manhã na varandinha, pagamos pelas diárias e cafés em dinheiro (260 euros tudo) e seguimos para os Jardins de Marqueyssac. Pagamos 8.80 euros por pessoa para entrar e confesso que não achei o jardim nada demais. É bem grande e tem várias trilhas, mas nada que realmente chamasse muito a minha atenção.(Pode ser porque eu tenha visitado os jardins do Castelo de Villandry e nada agora me impressione tanto). Vejam aí:
Mas, uma coisa não dá para negar: a vista de lá de cima do jardim é espetacular! Valeu a pena, no final das contas. Nós somos fissurados por vistas. 🙂
Como já estava na hora do almoço, aproveitamos para comer uma saladinha rápida ali mesmo, antes de seguir viagem para mais uma cidadezinha fofa da região: Beynac et Cazenac. A cidade foi cenário do filme Chocolate e o castelo, que fica em seu topo, foi cenário do filme Joana D’Arc. Cogitamos não entrar no Château de Beynac, mas no final, acabamos pagando 8 euros cada um e ficamos felizes com a escolha. O castelo foi construído no século XII e passear por ele faz você voltar ao tempo mesmo. Graças a Deus, não tinha praticamente nenhum turista com a gente, então deu para ler os detalhes do panfleto (custa 20 centavos de euro) e imaginar tudo com calma e paz. Foi uma visita maravilhosa. Para variar, como ele está no alto da cidade, a vista dele também é linda!
Saímos de lá e passeamos um pouco pelas ruas da cidade, principalmente à procura da casa onde era a loja da Juliette Binoche no filme. Não encontramos. 🙁
Voltamos para a estrada rumo à Saint Emilión!
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